quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Visa a derrota no Afeganistão incomodar a Rússia e a China?

Thierry Meyssan*

Os grandes média dividem-se em dois modos quanto a interpretar a queda de Cabul. Para uns os Democratas são covardes e a saída do Afeganistão desmoraliza os aliados. Para os outros, eles manobraram bem e colocaram uma espinha no pé dos Russos e dos Chineses. Estas duas maneiras de ver correspondem ao paradigma tradicional do Império americano. Mas para Thierry Meyssan, Washington está, desde o 11 de Setembro de 2001, nas mãos dos adeptos da Doutrina Rumsfeld/Cebrowski. Agora, os Estados Unidos comportam-se como mafiosos extorsionistas. O caos irá continuar de forma permanente no Afeganistão. As empresas russas, chinesas e europeias que o desejarem poderão explorar minas neste país, mas exclusivamente se confiarem a sua segurança às Forças dos EUA. Os que recusarem esta protecção serão eliminados.

A queda de Cabul dá origem a terríveis cenas de fuga e desespero. Deixemos de lado o facto (fato-br) de que os fugitivos não sejam maioritariamente pacíficos tradutores de embaixadas ocidentais, mas Colaboradores da contra-insurreição norte-americana com mãos a escorrer sangue. O que estamos a ver é uma debacle que deverá fazer-nos perder a fé no poderio da « América ».

- 51 % dos Norte-americanos desaprovam a política externa do Presidente Joe Biden.
- 60 % desaprovam em especial a sua política vis-à-vis do Afeganistão
- 63 % afirmam que esta guerra não valia sequer a pena [1].

A quase totalidade dos Norte-americanos que combateram no Iraque está muito chocada.

No entanto, na pior das hipóteses, está claro que Washington sabia muito bem que o Exército afegão não aguentaria face aos Talibã, em teoria três vezes menos numerosos e muito menos bem equipados. O CTC de West Point tinha publicado um estudo, em Janeiro, para anunciar esta previsível catástrofe [2]. A questão não era pois saber se os Talibã iam ganhar, mas quando é que o Presidente Biden os deixaria ganhar.

Talibã recuperam sistema de identificação biométrica dos EUA

Os Talibã recuperaram o sistema de identificação biométrica dos EUA, HIIDE (Handheld Interagency Identity Detection Equipment), segundo o The Intercept [1].

Durante 20 anos, as forças de ocupação dos EUA estabeleceram um arquivo biométrico de quase toda a população afegã, incluindo scans (varreduras-br) da íris e impressões digitais completas. Todas as pessoas entrando ou saindo do Afeganistão, todas aquelas que alguma vez haviam sido detidas ou que tinham trabalhado para os Estados Unidos foram registadas.

Não está claro se os Talibã tem o conhecimento suficiente para manejar de imediato esta base de dados ou se terão que pedir ajuda aos Serviços Secretos paquistaneses.

Os Talibã capturaram também as listas completas pessoas que foram torturadas ou assassinadas pela contra-insurreição norte-americana (Força de Proteção Khost e Direção Nacional de Segurança).

Voltairenet.org | Tradução Alva

Aeroporto de Cabul: "Parece um formigueiro de grandes aviões"

Pilotos descrevem dificuldades da operação em Cabul

Com Cabul sob controlo dos talibãs desde 15 de agosto, o aeroporto da capital tem sido o principal ponto de fuga de milhares de estrangeiros e afegãos.

Pilotos envolvidos na operação de resgate de estrangeiros e afegãos em Cabul descreveram um cenário de caos em terra e de condições de voo difíceis, em que cada um está praticamente "por sua conta e risco".

"Fiz alguns voos não convencionais, mas este foi exigente e bastante longo", disse o piloto de um A319 da Força Aérea Checa, que transportou 62 pessoas de Cabul na passada quarta-feira.

Com Cabul sob controlo dos talibãs desde 15 de agosto, o aeroporto da capital tem sido o principal ponto de fuga de milhares de estrangeiros e afegãos, numa "ponte aérea" sob controlo de militares dos Estados Unidos e seus aliados.

Portugal | O franco-atirador e o negócio da TAP

Rafael Barbosa* | Jornal de Notícias | opinião

O líder da Ryanair é um franco-atirador. Mais do que uma questão de estilo, percebe-se que as frases cortantes de Michael Leary se transformaram numa imagem de marca que ajuda até a vender os bilhetes da companhia aérea de baixo custo.

É certo, também, que a empresa irlandesa tem telhados de vidro. O pior de todos, os cíclicos atropelos aos direitos dos seus trabalhadores.

Mas, independentemente das desconfianças que possamos ter (as já referidas ou outras), é alguém cuja opinião sobre a aviação tem peso. Que mais não fosse, porque é uma das mais importantes companhias aéreas a operar em Portugal (pela dimensão e porque, para o consumidor, o preço é quase tudo, e mais ainda num setor que já foi tão elitista).

Aliás, se Lisboa fosse retirada da equação, seria mesmo a mais importante companhia aérea do país. Basta ter atenção a alguns números que demonstram essa preponderância na economia do Porto e do Norte: opera em cinco aeroportos nacionais (incluindo dois nos Açores); vale 8533 empregos em Portugal (3399 dos quais no Porto); e tinha, em julho, 122 destinos a partir dos nossos aeroportos (55 no Porto).

Portugal | Falcatruas em milhões, sim. Pagar milhões, não

BES: MP pede manutenção de coimas a Salgado, Morais Pires e Rui Silveira

O Ministério Público pediu hoje ao Tribunal da Concorrência que mantenha a condenação de Ricardo Salgado, Morais Pires e Rui Silveira nos processos BESA e Eurofin, nos quais lhes foram aplicadas pelo supervisor coimas que totalizam 10,9 milhões de euros.

Nas alegações finais do julgamento iniciado no passado dia 02 de junho, e que apensou os processos BESA e Eurofin, o Ministério Público (MP) pediu ao Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), em Santarém, que as coimas aplicadas a José Manuel Espírito Santo Silva (1,250 milhões de euros) e a Gherardo Petracchini (150.000 euros) sejam substituídas por admoestações.

No primeiro caso, a procuradora Edite Carvalho teve em conta o facto de José Manuel Espírito Santo se encontrar em situação de maior acompanhado pelo que, apesar de o estipulado no direito penal para estas situações não se aplicar no processo contraordenacional, pede que seja sinalizada a gravidade da sua conduta perante a sociedade e considerada a incapacidade de entendimento da decisão que vier a ser tomada pelo tribunal, dado o seu estado de saúde.

Mais 16 mortos em dia com 3.062 novos casos de Covid-19

PORTUGAL

Mais 16 mortos em dia com 3.062 novos casos de Covid-19. Incidência sobe

A Direção-Geral da Saúde partilhou o novo balanço epidemiológico de evolução da Covid-19 em Portugal, de acordo com o qual o Rt mantém-se abaixo de 1 (0,98) e a incidência sobe. 

Portugal regista, esta quarta-feira, mais 16 mortes e 3.062 novos casos de Covid-19. Segundo dados oficiais, o indicador de transmissibilidade mantém-se abaixo de 1 (0,98) e a incidência sobe. 

Em relação a ontem, há uma variação de 0,09% no número de vítimas mortais e de 0,30% no número de infetados.

O boletim divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS) revela que, com esta atualização, Portugal tem um total acumulado de 17.674 óbitos e 1.025.869 contágios. 

A análise da matriz de risco, atualizada hoje, mostra que o indicador de transmissibilidade mantém-se em 0,98, mas há uma subida nos valores da incidência. Segundo as autoridades, a incidência, a nível nacional, está em 312,8 (estava em 310,4) casos de infeção por 100 mil habitantes. Já no continente, está em 317,1 (estava em 314,6) casos de infeção por 100 mil habitantes.

O boletim epidemiológico desta quarta-feira mostra ainda que estão internadas 688 pessoas com Covid-19, menos 28 em relação a terça-feira, 144 das quais em cuidados intensivos, menos quatro. 

Os dados divulgados pela DGS indicam também que há mais 810 casos ativos, totalizando 44.990, e que 2.236 pessoas foram dadas como recuperadas nas últimas 24 horas, o que aumenta o total nacional para 963.205 recuperados.

A área de Lisboa e Vale do Tejo, com 966 novos casos e a região Norte, com 1.124, têm 68,2% do total das novas infeções verificadas nas últimas 24 horas.

As mortes ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo (7), na região Norte (5), na região Centro (1) no Algarve (3).

Relativamente às idades das vítimas, oito tinham mais de 80 anos, quatro entre os 70 e os 79, uma entre os 60 e os 69 e três entre os 50 e os 59 anos.

Notícias ao Minuto

Brasil | Bolsonaro aposta tudo em atos de 7 de Setembro

Bolsonaro aposta tudo em atos de 7 de Setembro para salvar seu governo

Planalto vê o 7 de Setembro como “divisor de águas”

# Publicado em português do Brasil

O presidente Jair Bolsonaro se isolou ainda mais após pedir, na sexta-feira (20), o descabido pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). O novo ataque à Corte e à democracia não será terá vida longa. Mas o que Bolsonaro quer, na prática, é radicalizar o discurso para fidelizar a própria base de apoio e garantir mais público nos atos golpistas chamados pelo governo para o 7 de Setembro.

Em outras palavras, o bolsonarismo, isolado, aposta tudo nas manifestações para dar uma sobrevida ao governo. Até a PF (Polícia Federal) já investiga se a Presidência da República está diretamente envolvida na organização e no financiamento dos eventos golpistas.

De acordo com a colunista do Estadão Eliane Cantanhêde, o Planalto vê o 7 de Setembro “como um ‘divisor de águas’, com expectativa de recorde de bolsonaristas nas ruas, mas sem risco de ataques a tiros contra instituições e seus representantes. ‘Isso, não’, diz um ministro. Fora do Planalto, inclusive nos governos estaduais, não há essa certeza”.

Juristas avisam para risco de golpe, promovido por Bolsonaro

# Publicado em português do Brasil

Na véspera, o chefe do Comando de Policiamento do Interior-7 (CPI-7), coronel Aleksander Lacerda, foi afastado de suas funções depois de convidar “amigos” para a manifestação bolsonarista do dia 7 de setembro em Brasília.

O grupo Prerrogativas, que inclui juristas, advogados, professores e ex-membros do Ministério Público (MP), divulgou nota nesta terça-feira em que alerta para os riscos da escalada de atos ofensivos ao Estado de Direito praticados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus apoiadores.

“Não bastassem as reiteradas ameaças dirigidas por Bolsonaro ao STF, culminadas pela abusiva e irresponsável apresentação ao Senado de pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, surgem agora sinais de que o presidente da República está engajado em fomentar a sublevação de oficiais das polícias militares em favor de seus delírios golpistas”, afirma o Prerrogativas.

Na véspera, o chefe do Comando de Policiamento do Interior-7 (CPI-7), coronel Aleksander Lacerda, foi afastado de suas funções depois de convidar “amigos” para a manifestação bolsonarista do dia 7 de setembro em Brasília.

Moçambique | Chang presente no julgamento “dividas ocultas”

Juiz confirma participação de Chang no julgamento principal das dívidas ocultas

Interpol organiza transferência do antigo ministro das Finanças do Centro Correcional de Modderbee, em Joanesburgo, para Moçambique. Audição que contará com a presença de Manuel Chang ainda não tem data marcada.

O antigo ministro das Finanças de Moçambique Manuel Chang vai ser ouvido como declarante no julgamento do processo principal das "dívidas ocultas", decidiu esta terça-feira (24.08) o juiz da causa, Efigénio Baptista.

Segundo decisão de Baptista, Chang será ouvido "na qualidade de declarante, quando estiver em  território moçambicano, momento em que será marcada uma data para o efeito". O juiz da causa anunciou o despacho em resposta a um requerimento do antigo bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) Gilberto Correia, que participa no julgamento em representação desta entidade na qualidade de assistente do Ministério Público.

O pedido de Gilberto Correia para a audição do antigo ministro das Finanças como declarante no julgamento do processo principal das "dívidas ocultas" foi igualmente secundado pelo Ministério Público e pelos advogados dos 19 arguidos do caso.

Abate de árvores e poluição preocupam ambientalistas

Moçambique | Abate de árvores e poluição preocupam ambientalistas em Tete

Abate indiscriminado de árvores sem o devido reflorestamento e poluição devido à exploração do carvão mineral podem colocar Moçambique em situação de vulnerabilidade extrema aos desastres naturais, alertam especialistas.

Entre 2017 e 2021, Moçambique foi assolado por cerca de seis ciclones, com maior destaque para o Idai, que teve o seu epicentro na cidade da Beira, na província de Sofala, região central do país.

Segundo cientistas, por trás das catástrofes naturais que estão a ocorrer pelo mundo estão as mudanças climáticas. Em Moçambique, ambientalistas também buscam entender por que é que o país tem sido tão castigado por estes fenómenos naturais. 

Simão Sebastião, da Associação de Apoio e Assistência Jurídica as Comunidades (AAAJC), lamenta a paralisia dos órgãos de fiscalização ante aos diversos danos ambientais em Moçambique, como o abate de árvores e a destruição dos mangais.

O ativista aponta ainda a atuação das mineradoras na província de Tete, que extraem carvão em minas abertas, como sendo uma atividade que deveria merecer rigorosa fiscalização dos órgãos competentes.

"A indústria extrativa, assim como o abate indiscriminado das árvores, acaba de certa forma criando uma espécie de desertificação, estamos a esgotar a vegetação", considera Sebastião.

Segundo o ativista, "não vai ser possível nas zonas em que de facto há esses desmandos garantir a produção do oxigénio". Para Sebastião, é necessária uma reflexão profunda sobre o desmatamento porque "as mudanças climáticas são uma realidade" e é necessário agir "para que o amanhã não seja ainda pior".

"Falta vontade política" no combate à seca no sul de Angola

Sobreviventes clamam por mais ajuda para os populares das zonas rurais, que continuam a morrer devido à falta de alimentos e água. Grito de socorro foi lançado na Conferência sobre a Seca e a Insegurança Alimentar.

A seca e fome continuam a matar angolanos na região sul de Angola e muitos continuam a refugiar-se na vizinha República da Namíbia. Elvira Cohala, uma das representantes das comunidades afetadas pela seca no município do Curoca, província do Cunene, diz que a fome mata porque os apoios publicitados pelo Governo não chegam a todos.

"As pessoas sofrem, comem raízes e frutos silvestres. A maior parte das crianças, jovens e adultos refugia-se na Namíbia e está a abandonar os quimbos  [aldeias]. Sempre que vamos ao município pedir apoios, não há respostas", conta. Perante a situação, decidiu ir a Luanda "assim que foi convidada" para a Conferência sobre a Seca e a Insegurança Alimentar no sul de Angola, a decorrer na capital angolana desde segunda-feira (23.08).

A seca afetou toda a província do Namibe, afirmou um líder comunitário que se identificou apenas por Manuel e que pediu à imprensa que apresente a realidade das zonas rurais afetadas pela crise alimentar. "O Namibe pede que pressionem mais com imagens das zonas rurais para confirmar a realidade, porque nem todos sabem como vivem as comunidades. Lá tem problemas graves", sublinhou, no encontro.

Islão já pode ser uma religião reconhecida pelo Estado

ANGOLA

Posse da direção do Conselho Islâmico de Angola e nova designação permitem o reconhecimento do Islão pelo Estado. Cumprimento de critérios legais ocorre depois de anos de marginalização da comunidade muçulmana.

Ao que tudo indica, o Islão está pronto para ser reconhecido legalmente como religião em Angola. A direção do Conselho Islâmico de Angola (CONSIA) tomou posse neste domingo (22.08) e passa a representar os muçulmanos diante do Estado.

Depois de diversas tentativas frustradas de fusão com outros grupos representativos, a direção da Comunidade Islâmica de Angola (COIA) tomou a dianteira da representação no diálogo com o Governo e agora passa a designar-se Conselho Islâmico de Angola.

Um dos problemas para a unificação ser reconhecida pelo Estado era a existência de duas instituições representativas com o mesmo nome, apesar de terem siglas distintas. A CISA (Comunidade Islâmica de Angola), criada em 2011, foi o primeiro projeto de unificação dos muçulmanos no país. Contudo, Ahmad Nlandu, porta-voz da COIA (Comunidade Islâmica de Angola), explica que por causa da falta de clareza dos processos, 98% da comunidade islâmica migrou da CISA.

Bissau: O caso da cabeça a prémio de Indjai pelos EUA

Sissoco Embaló: "O que os americanos disseram tem validade na América, mas aqui não"

A recusa do Presidente guineense em entregar aos EUA o ex-chefe de Estado Maior General da Forças Armadas, António Indjai, visa acalmar os ânimos, afirmam analistas. Mas há quem reprove parte das declarações de Sissoco.

Foi a primeira reação de uma autoridade guineense à oferta de cinco milhões de dólares, pelos Estados Unidos de América, para a detenção do antigo chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, António Indjai. O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, afastou qualquer possibilidade de o oficial militar ser entregue aos norte-americanos, que o acusam de vários crimes.

Para o professor de relações Internacionais Fernando da Fonseca, o discurso do chefe de Estado foi bem contextualizado: "Eu acredito que seja mais um discurso mais de contenção, visando, na verdade, acalmar os ânimos internos", considera.

"Umaro Sissoco Embaló compreende a dimensão que António Indjai tem aqui dentro do país e usando um discurso que não vai ao encontro dos interesses de António Indjai, isso pode suscitar anomalias internas", argumenta.

Esta segunda-feira (23.08), momentos antes de partir para uma visita oficial ao Brasil, o chefe de Estado guineense fez conhecer a posição da Guiné-Bissau em relação ao caso Indjai: "Se António (Indjai) fez o que disseram que fez, se o provarem, podemos julgá-lo aqui. António Indjai é livre de se movimentar em todo o território nacional. O que os americanos disseram [mandado de detenção] tem validade na América, mas aqui não".

“A crise climática é uma crise de direitos das crianças”

Pequenos demais para tão grandes problemas. Pela primeira vez as alterações climáticas serão analisadas, pela UNICEF, em função do risco que correm as crianças em todos os países do mundo.

Um relatório da UNICEF, «Index de risco climático para as crianças», desenvolvido em parceria com movimento juvenil Fridays for Future, chama a atenção para os riscos e vulnerabilidades a que as mais de duas mil milhões de crianças estão expostas, face aos impactos das alterações climáticas no mundo.

Com o objectivo de ajudar «à priorização da acção em prol daqueles que mais se encontram em situação de risco», o relatório tem por base a análise de dados geográficos, estabelecendo um ranking de países em função dos perigos que a sua população infantil enfrenta.

Os principais perigos provocados pelas alterações climáticas, identificados neste relatório, são as ondas de calor, ciclones, inundações fluviais ou costeiras (alterações repentinas); escassez de água e exposição a doenças (alterações lentas e a longo prazo); e a exposição à poluição do ar e da poluição com chumbo (degradação ambiental).

Metade da população infantil mundial (cerca de mil milhões de crianças), está directamente exposta, em razão do País em que habita, à influência de fenómenos climatéricos extremos. A grande maioria destes países «de maior risco, são os que menos contribuem para as causas das alterações climáticas». Os 33 países com risco extremamente alto «emitem menos de dez por cento do total dos gases de efeito estufa do mundo».

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