Autarquia de Mariupol teme que número de mortos possa chegar aos 35 mil nos próximos dias. "A morte está em toda a parte"
No 50º dia de guerra, o
ministério da Defesa ucraniano diz que a Rússia está a mobilizar 70 mil pessoas
para a região de Donetsk e que as forças de Kiev travaram oito ataques russos
Resumo do dia no Diário de Notícias, por Susete Henriques / Lusa
Rússia faz novo aviso sobre uma possível adesão da Finlândia e Suécia à NATO
Dmitry Medvedev, ex-presidente e antigo primeiro-ministro russo afirmou, esta quinta-feira, que caso a Suécia e a Finlândia optem pela adesão à NATO, a Rússia terá de fortalecer as suas forças terrestres, navais e aéreas no Mar Báltico para restaurar o equilíbrio militar, avança a Reuters.
Vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Medvedev referiu que com a adesão destes dois países à Aliança Atlântica já não se pode falar de um Báltico "livre de armas nucleares".
"O equilíbrio deve ser restaurado", considerou Medvedev.
Uma possível adesão da Suécia e Finlândia à NATO irá significar que a Rússia "terá mais adversários registados oficialmente" e "tomará medidas" na região, disse ainda Medvedev, citado pela Sky News.
De referir que a primeira-ministra da Finlância, Sanna Marin, disse na quarta-feira que a decisão de avançar com um processo de adesão à NATO será tomada "dentro de semanas".
Mariupol. Autarquia teme que número de mortos possa chegar aos 35 mil nos próximos dias. "A morte está em toda a parte"
A autarquia de Mariupol repetiu esta quinta-feira que cerca de 20.000 civis já morreram nos ataques russos à cidade portuária, adiantando temer que o número de vítimas mortais possa chegar a 35.000 nos próximos dias.
"Há quatro dias demos um número otimista de 10.000 mortos. Com o aumento da intensidade dos combates, é preciso dizer que, mesmo que o cerco terminasse agora, o número de mortos seria em torno de 20.000", disse o assessor do autarca da cidade, Petro Andryushchenko, a meios de comunicação locais.
O responsável acrescentou que, se os combates continuarem com a mesma intensidade, o número de vítimas mortais civis poderá chegar a 35.000.
"Os corpos estão a ser enterrados em todos os lugares: nos quintais e nas ruas", afirmou Andryushchenko.
"Devido à intensidade dos bombardeamentos, as pessoas não podem sequer sair para enterrar os seus entes queridos. Os serviços municipais não funcionam, o cemitério está localizado num território controlado pelo exército russo. A morte está em toda a parte, é visível", acrescentou o assessor.
Ucrânia prevê abrir nove corredores humanitários
A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, informa que para esta quinta-feira estão previstos nove corredores humanitários para retirar civis em segurança de cidades em zonas de conflito.
Nas rotas estabelecidas para hoje, inclui-se a cidade portuária de Mariupol, cercada pelas tropas russas há várias semanas e sem acesso a bens essenciais.
Está prevista uma rota de Mariupol, Berdyansk, Tokmak e Energodar para Zaporozhye com recurso a "transporte próprio", refere Iryna Vereshchuk.
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