quinta-feira, 28 de abril de 2022

"Não testem a nossa paciência". Rússia avisa sobre envio de armas para a Ucrânia

É a segunda vez esta quinta-feira que o Kremlin faz um aviso ao Ocidente sobre o apoio ao armamento da Ucrânia.

A Rússia avisou novamente o Ocidente sobre o aumento do fornecimento de armas para a Ucrânia, depois de tanto a Bulgária como a Alemanha terem confirmado que enviariam armas aos ucranianos, e do Reino Unido ter pedido aos aliados para aumentar a produção bélica.

Esta quinta-feira, a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, afirmou que o Ocidente está "a pedir abertamente a Kyiv para atacar a Rússia com as armas recebidas dos países da NATO".

"Aviso-vos que não testem mais a nossa paciência", rematou Zakharova.

O aviso surge também depois de Mykhailo Podolyak ter dito no Twitter que os EUA reconheciam o esforço de guerra ucraniano, incluindo os recentes ataques a infraestruturas militares em território russo.

"A Ucrânia vai defender-se de qualquer maneira, incluindo com ataques a armazéns e bases dos assassinos. O mundo reconhece este direito", escreveu Podolyak.

Ao ucraniano, Maria Zakharova respondeu dizendo que "Kyiv e as capitais ocidentais devem considerar que esta declaração do ministério da Defesa significa que incitar mais a Ucrânia a atacar o território russo irá definitivamente levar a uma resposta dura da Rússia".

Também esta quinta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse, em resposta às declarações da ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Liz Truss, que o Ocidente está a "encher" a Ucrânia de armas.

“Em si mesma, a tendência de encher a Ucrânia e outros países de armas, incluindo pesadas, são ações que ameaçam a segurança do continente e provocam instabilidade”, afirmou, em conferência de imprensa, citado pela agência de notícias Reuters.

Segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a guerra na Ucrânia já fez mais de 2.700 mortos entre a população civil, mas a ONU alerta que o número real de mortos poderá ser muito superior depois de contabilizadas as baixas em cidades sitiadas e controladas pelos russos.

Notícias ao Minuto | Imagem: © Getty

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