Investimento na Saúde a cair 33%. Governo na Nigéria para que não nos falte o gás e a água que já escasseia nos rios. O Expresso nas bancas
Bom dia.
Paula Santos | Expresso - curto
Depois de uma semana marcada pela demissão da ministra da Saúde, António Costa
pode agora acrescentar à lista já extensa mais um problema para resolver no
sector.
O investimento público no SNS está a cair 33% este ano.
Ou seja, com um orçamento com mais do dobro da verba prevista para 2021, por
cada dez euros que o Governo prometeu investir na Saúde, gastou, nos primeiros
seis meses do ano, apenas 1,2 euros.
Há mais sobre o tema que marcou a semana na edição do Expresso que já está nas
bancas.
Virar a página, parece ser a estratégia adotada pelo primeiro-ministro para enfrentar os problemas dos últimos dias na Saúde, já com a promessa de apresentar na segunda-feira aos portugueses um pacote de dois mil milhões de euros para apoiar as famílias no combate aos efeitos da inflação.
Desviado o foco, é preciso depois tratar de assegurar a substituição de Marta Temido. O que é determinante para que o Governo possa recuperar o fôlego. E o nome do escolhido, entre alguns potenciais candidatos de que lhe falamos, não tem pouca importância. Antes pelo contrário, tendo em conta os enormes desafios que tem pela frente, a começar pela reforma do SNS que aqui destacamos.
Mais do que uma solução para a Saúde, no PS espera-se que o primeiro-ministro possa aproveitar a ocasião para fazer outros acertos, num processo que não tem mesmo solução para breve.
Outra polémica varrida para debaixo do tapete. Medina desiste do cargo que era para Sérgio Figueiredo. O ministério não vai propor mais nenhum nome para a função de consultor que chegou a ser justificada por ser “uma necessidade específica” nas Finanças.
PSD quer descer IVA da energia para 6%. Enquanto o pacote do Governo não chega, Montenegro diz ao Expresso que a proposta vai juntar-se ao plano de emergência social anunciado na Festa do Pontal.
Patriarca pede perdão pelos abusos. A nota pastoral está no site do Patriarcado de Lisboa, um mês depois das notícias que revelaram a existência recente de denúncias que não tiveram consequências.
Governo acusado de antissemitismo. A comunidade Israelita do Porto apresentou uma queixa à Procuradoria Europeia.
Brasil não encontra testemunhas
do caso
Isaltino vai receber o Papa Francisco. Está previsto para o Passeio Marítimo de Algés o último encontro da Jornada Mundial da Juventude.
A entrevista do Expresso a Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu. Incontornável, a análise à guerra na Ucrânia, seis meses depois da invasão. Teremos, no mundo inteiro, feito tudo o que estava à nossa altura? “Não”, diz Metsola. “Não é suficiente até a Ucrânia vencer a guerra”.
Adriano Moreira faz 100 anos na semana que vem. Recordamos uma história de vida, um século de Portugal.
Um país de barragens vazias e rios secos. A imagem, na primeira página, prende-nos o olhar. As fotos e o retrato desolador de uma alarmante falta de água prossegue nas centrais que segue o mapa de Portugal, de norte a sul.
E neste roteiro pelos temas fortes do semanário, seguimos o trilho do Caderno de Economia.
A crise de energia levou Governo
e Galp à Nigéria. Secretário de Estado da Energia e CEO da GALP foram garantir que não haverá sobressaltos no cumprimentos dos
contratos de fornecimento de gás.
Os custos da energia já estão a provocar ondas de choque na indústria, onde já há empresários que se dizem “aterrorizados”.
Défice comercial português com a Rússia a aumentar. Cereais, combustíveis e bacalhau são os produtos que
mais fizeram aumentar as importações do mercado russo.
Inflação. Com a subida dos preços a atingir valores que há muito não se
viam, avaliamos o impacto nas famílias com menores rendimentos e aprofundamos a questão das desigualdades. Concluímos
que os salários, mesmo que venham a ser atualizados, vão continuar a perder poder de compra.
Investimento público atrasa fundos comunitários. Já lhe falamos do muito que
ficou por cumprir no sector da Saúde, mas há mais sectores onde a utilização dos fundos está em risco.
CMVM com dúvidas sobre capital de risco. Foram detetadas deficiências nos sistemas de controlo de uma
dezena de entidades em particular em negócios relacionados com os
vistos gold.
A entrevista ao presidente da SATA. Luís Rodrigues recomenda que a privatização
da companhia aérea açoriana “se faça o mais depressa possível”.
E assim chegamos à capa da
Revista onde revelamos que a sustentabilidade chegou à moda portuguesa. Verdes são as linhas do futuro. O retrato sobre a
transformação de uma indústria made in Portugal.
A carta que Teresa tinha de escrever. A história de uma calúnia que se colou à
pele de uma mulher ao longo de uma vida. Neta do primeiro Presidente da
República eleito, Teresa Arriaga inventou uma calúnia sobre si própria
para não denunciar à PIDE o destino de dinheiro que angariou. E a versão nunca
foi corrigida até agora. Um artigo que é também um retrato sobre a professora e pintora.
200 anos de independência do Brasil. A data assinala-se na próxima semana, mote
para um regresso ao passado num texto do historiador Lourenço
Pereira Coutinho.
Vasco de Melo à conversa com Francisco Pinto Balsemão. Nas páginas da Revista
esta semana, o destaque para uma frase do podcast Deixar o mundo melhor: “Foi o meu bisavô que iniciou o hospital CUF em 1942”. A
conversa com o empresário que liderou o grupo CUF durante 16 anos, pode ser
ouvida na íntegra aqui.
Tenho ainda Expresso da Manhã para lhe sugerir. Esta sexta-feira, sobre o perigo nuclear em torno da
central de Zaporíjia.
E porque o verão ainda não acabou e os festivais também não, recordo que há
mais um na estrada, o Kalorama, a fazer lembrar o Rock In Rio, mas só na
aparência.
Tenha uma boa sexta-feira, um ótimo fim de semana, sem perder de vista o que é essencial.
Boas leituras!
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