A CGTP convocou, esta
quarta-feira (26), uma semana de luta de
As ações de luta foram anunciadas pela secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, em conferência de imprensa, após a reunião do Conselho Nacional, na sede da intersindical, em Lisboa.
Isabel Camarinha avisou que a luta vai intensificar-se perante as opções do Governo para a valorização salarial dos trabalhadores e dos pensionistas que, no seu entender, não servem para repor o poder de compra face ao aumento dos preços e do "aproveitamento que está a ser feito pelos grandes grupos económicos".
"Os próprios números do Governo mostram que há margem [no orçamento para ir mais longe nos aumentos]. O que está a impedir são as opções políticas", afirmou a líder da intersindical.
Questionada sobre se a CGTP está a ponderar avançar para uma greve geral, Isabel Camarinha disse que "para a CGTP não há nenhum patamar da luta que esteja colocado de parte", mas que a intersindical vai aguardar pelos resultados das lutas anunciadas e de outras ações em curso.
A Frente Comum dos sindicatos da função pública, estrutura da CGTP, tem marcada uma greve nacional do setor para dia 18 de novembro.
Isabel Camarinha considerou ainda que os acordos assinados entre o Governo e as estruturas da UGT, tanto na Concertação Social como com os sindicatos da função pública, aos quais a CGTP não se vinculou, vão resultar num "autêntico corte" dos salários ao preverem um referencial de aumento de 5,1% para 2023.
"A CGTP não tem qualquer problema em subscrever acordos", disse a líder sindical, acrescentando que a intersindical "não permite é que a sua assinatura esteja em documentos que não garantam a melhoria dos salários e das condições dos trabalhadores".
O acordo de médio prazo assinado na Concertação Social no início do mês com os parceiros sociais, à exceção da CGTP, prevê um referencial de aumentos salariais de 5,1% para 2023 e fixa o salário mínimo nacional em 760 euros (face aos atuais 705 euros).
Já o acordo assinado com as estruturas sindicais da UGT da função pública, a Fesap e o STE, define aumentos mínimos de cerca de 52 euros por trabalhador ou um mínimo de 2%, sendo válido até 2026.
A CGTP reivindica aumentos salariais de 10% com um mínimo de 100 euros por trabalhador.
Jornal de Notícias | agências | Imagem: António Cotrim/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário