quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Angola | A CIMEIRA DE ARGEL E O MUNDO CÃO -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Graças ao Presidente João Lourenço, o chefe do estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA) escolheu o próprio presidente João Lourenço para um grupo muito restrito com quem vai reunir. Graças ao Presidente João Lourenço, genocidas e ladrões da União Europeia e dos EUA participaram em Angola no congresso internacional da família e educação! Obrigado por tudo o que nós dá, camarada presidente.

A filha do Manolo descobriu a pólvora, a roda e a sabujice à UNITA. Agora até cita o Peter Drucker. Este rapaz era muito blá blá blá neoliberal mas eu resumo o seu pensamento: Os serviços públicos têm de ser todos privatizados! A prendada filha da Anália e do Manolo citou o senhor seu pai. Meu grande amigo: “A única coisa que começa por cima é o buraco”. Menina, a dignidade e a honra também começam por cima. E ou estão sempre em cima ou temos Alexandra Simeão, Adalberto da Costa Júnior e toda essa porcaria humana que se conglomerou na lixeira infecta chamada frente patriótica unida. 

Graças ao Presidente João Lourenço o senhor Tony Blair foi recebido ontem pelo Presidente João Lourenço no Palácio da Cidade Alta (foto). Mais um passo de gigante no sentido do neoliberalismo e o banditismo político internacional. 

O Tony Blair é aquele bandido internacional que ajudou a destruir o Iraque, um estado soberano. É um dos assassinos do antigo presidente Saddam Hussein. É o responsável pela morte de um milhão de seres humanos. De quase dois milhões de refugiados e deslocados iraquianos e de outras nacionalidades. Civis foram assassinados no Iraque pela “coligação ocidental” capitaneada por Blair, Bush e outros bandidos menores, como os portugueses Paulo Portas e Durão Barroso. Todos com as mãos sujas de sangue. Todos assassinos.

Poucas pessoas sabem, mas quando rebentou a guerra do Golfo trabalhavam mais de um milhão de expatriados no Iraque, nomeadamente do Egipto, Palestina, Jordânia e sobretudo do Paquistão. No início da guerra, tentaram fugir para a Turquia e para a Jordânia. Mas as autoridades dos dois países não os deixavam entrar. Ficaram na zona de fronteira em condições indescritíveis. Sem comida, sem cuidados de higiene, sem nada.

Eu vi, estava lá. Jamais perdoarei aos assassinos. Aos mandantes da guerra. Um deles, Tony Blair, entrou ontem no Palácio da Cidade Alta como um senhor. Mas é um assassino. Um bandido internacional. Graças ao Presidente João Lourenço, o Palácio da Cidade Alta, pelo menos durante algum tempo, tornou-se um sítio muito mal frequentado.

Graças ao Presidente João Lourenço, os Media angolanos ignoraram a Cimeira Árabe de Argel, que decorreu no Centro Internacional de Conferências Abdelatif-Rahal. Foi pena. Porque o Presidente Abdelmadjid Tebboune fez um discurso notabilíssimo que todas as angolanas e todos os angolanos deviam conhecer. Porque um africano disse ao mundo que há muitos focos de guerra e ninguém se preocupa com esses povos. Que os palestinos precisam de socorro.

Mas como a redacção única manobrada pelo estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA) censurou o acontecimento, Angola, amansada, seguiu o rebanho. Uma informação. Os elefantes asiáticos são mansinhos, domesticáveis, usados pelo Homem em trabalhos duros. Mas os elefantes africanos são indomáveis. Levam tudo à frente. O que aconteceu a Angola?

O comandante César Augusto (Kiluanji) escreveu um livro intitulado RELAÇÕES ANGOLA-ARGÉLIA A SOLIDARIEDADE TRAÍDA”. É isso mesmo. Mas para evitar confusões, não é apenas graças ao Presidente João Lourenço. A traição começou há muitos anos.

O Reino Unido vai de vento-em-popa. O novo primeiro-ministro, banqueiro Rishi Sunak, acaba de anunciar que “vamos fazer um grande aumento de impostos e cortar nas prestações sociais”. Para os nazis de Kiev vão milhares de milhões. Quem paga? O povo que elege estes políticos. 

A União Europeia acaba de anunciar que vão mais milhares de milhões para a Ucrânia. Em todos os países do cartel, os cidadãos estão a pagar os devaneios dos nazis Úrsula von der Leyen, Chalres Michel, Borrel ou Roberta Metsola. 

Em Portugal é assim. Os preços dos bens essenciais subiram mais do dobro. Os salários foram comidos por uma inflação superior a dez por cento. Os patrões somam lucros bilionários. Mais de um milhão de crianças passa fome. Mais de dois milhões de trabalhadores passam fome. Trabalham para ser pobres abaixo do limiar da pobreza. Mais de três milhões de portugueses vivem na pobreza.  E os políticos portugueses aplaudem o envio de biliões para os nazis de Kiev. Coisa estranha, no país onde aconteceu o 25 de Abril de 1974.  

A guerra na Ucrânia serve os interesses do estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA), da União Europeia e do Reino Unido. Sabemos agora que as canalizações de transporte do gás da Federação Russa para a Alemanha foram destruídas por sabotadores britânicos. Sabe-se agora que os serviços secretos de Londres estão por trás dos ataques à armada russa no Mar Negro. Eles querem mesmo festa. 

O problema é que os Tony Blair desta vida depois são recebidos em passadeira vermelha nos estados que eles prejudicam, roubam ou destroem. Este mundo é mesmo cão. 

Não, nem pensar. Não é graças ao Presidente João Lourenço. Ele, sem saber, está a ser levado na onda da destruição. Agora já sabe. Eu avisei.

*Jornalista

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