Incidência e R(T) baixam
Segundo o boletim da DGS há 17
019 novos casos nas últimas 24 horas. Há agora 2 560 pessoas internadas (mais
49 que na véspera) com covid-19, das quais 178 em unidades de cuidado intensivo
(menos 2 que ontem).
Portugal registou mais 36 mortes
e 17 019 novos casos de covid-19, segundo o boletim epidemiológico da
Direção-Geral da Saúde (DGS) desta segunda-feira, 7 de fevereiro.
Há agora 2 560 pessoas internadas
(mais 49 que na véspera) com covid-19, das quais 178 em unidades de cuidado
intensivo (menos 2).
A incidência a nível nacional é
agora de 6901,0 de infeção por SARS-CoV-2/ COVID-19 por 100 000 habitantes
(7163,7 na passada sexta-feira) E no continente de 6953,7 casos de infeção (:
7207,0 na sexta-feira).
O r(t) é de 0,97 quer a nível
nacional quer no continente. Na passada sexta-feira o valor era de 1.05).
Infeções baixaram, mas novas
medidas só para março
A partir desta segunda-feira, os
passageiros que entrem em Portugal com o certificado de vacinação covid-19 não
precisam de apresentar um teste negativo. Ao mesmo tempo, os testes rápidos de
antigénio passam a ter uma validade de 24 horas, em vez de 48. É a entrada para
uma semana em que se prevê uma continuação da redução de novos casos. A
diminuição dos números e a menor gravidade da variante Ómicron apontam para um
levantamento das restrições, já admitido por Graça Freitas, diretora-geral da
Saúde. Resta saber como e quando.
O pneumologista Filipe Froes,
coordenador da Ordem dos Médicos para a covid-19, defende que se pode começar a
pensar no desanuviamento das medidas ainda este mês e de forma faseada.
"Já atingimos o pico de novos casos e, com base na monitorização dos
internamentos e os que estão nas unidades de cuidados intensivos (UCI), é
desejável que se comecem a levantar as restrições a partir da segunda quinzena
de fevereiro."
Os investigadores Nuno Marques
(Algarve Biomedical Center) e Miguel Castanho, do Instituto de Medicina
Molecular, defendem que se deve esperar pela primavera para tomar uma decisão.
"Pensar, podemos
pensar", diz Miguel Castanho, só que as novas medidas não serão para
aplicar já. "Ainda temos um número alto de casos, quer por dia quer por
semana, o número de óbitos é ainda elevado, assim como os internamentos.
Podemos pensar com antecedência sobre o levantamento das restrições, mas acho
que é precipitado fazê-lo já ou às pinguinhas, o que pode gerar confusão entre
a população."
Na mesma linha, Nuno Marques
justifica o adiamento desse momento pelos números elevados da pandemia em
Portugal. "O número de óbitos é alto e o número de casos em termos de
transmissão na comunidade também. As restrições de máscara, distanciamento, testes
e isolamento deverão ser mantidas nos próximos dias."
Filipe Froes tem as mesmas
preocupações relativamente às novas infeções e consequências da covid-19, mas
considera que passou a pior fase. Sublinha que o levantamento das restrições
devem ter por base os internamentos, nomeadamente em UCI, e a taxa de cobertura
vacinal com o reforço. E, estes, dão boas perspetivas futuras.