domingo, 21 de agosto de 2022

ZELENSKY: HERÓI NO OCIDENTE, MENTOR DA REPRESSÃO PARA UCRANIANOS

Ucrânia: Zelensky sequestra estudantes dissidentes, proíbe partidos de oposição, fecha a mídia independente, comete crimes de guerra flagrantes e impõe leis trabalhistas regressivas

Dmitri Kovalevich* | Internationationalist 360º

Mais soldados ucranianos continuam a desertar enquanto os ucranianos do leste veem um futuro melhor com a Federação Russa

#Traduzido em português do Brasil

Por mais de cinco meses, hostilidades em grande escala ocorreram no território da Ucrânia. O número de vítimas cresce a cada dia em ambos os lados da linha de frente.

Desde a assinatura do acordo de paz “Minsk 2” em fevereiro de 2015 até fevereiro de 2022 – sete longos anos – as hostilidades na região de Donbas ocorreram com bombardeios regulares e ataques de armas leves por militares e paramilitares ucranianos contra as cidades da região. Os ucranianos de todo o país se acostumaram a essa guerra rotineira e de “baixa intensidade”.

No entanto, a entrada da Federação Russa no conflito ao lado das Repúblicas Populares de Luhansk e Donetsk há mais de cinco meses perturbou a rotina, causando muita confusão e perplexidade entre os ucranianos. Eles estão se perguntando, como pode ser que Kyiv também possa ser bombardeada em resposta aos bombardeios de Donetsk? “O poder militar mais forte do mundo não está do nosso lado? Por que não pode parar esta guerra que estourou?”

A propaganda ocidental (e desde 2014, a propaganda ucraniana também) corrompe profundamente o entendimento de uma pessoa. Incentiva a ideia de que um país como a Ucrânia, subordinado ao Ocidente, pode fazer o que quiser, desde que apoie os objetivos dos grandes países ocidentais. Neste contexto, as opiniões liberais a favor da paz não contam. Os países não ocidentais são, por padrão, considerados inferiores e os oponentes locais do imperialismo ocidental são suspeitos, sejam eles governos ou simples movimentos políticos.

Dissidência interna na Ucrânia

Para combater a dissidência interna, o Estado ucraniano incentiva seus cidadãos a se manifestarem contra aqueles que rotula como “traidores” e “colaboradores”. As pessoas que se comportam “suspeitamente” criticando as ações das autoridades ou mesmo ousando declarar a responsabilidade das autoridades ucranianas pela intervenção militar da Federação Russa são consideradas traidoras por padrão.

Angola | O Soldadinho Apaixonado por Adalberto – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Jacques Arlindo dos Santos é um indígena da estirpe do inimitável William Tonet.  Mas o dono do Folha Oito (vota oito, oito, oito!) fica a perder porque embora tenha dois nomes estrangeiros e o outro apenas um, o grandioso jornalista do Chivukuvuku e Adalberto nasceu na cidade do Huambo, enquanto o seu parceiro viu a luz da vida numa aldeia de Calulo, Libolo. Os citadinos ficam sempre a perder em autenticité mobutista face aos aldeãos. Ambos subiram a corda até ao topo, levados ao colo pelo MPLA. Depois descobriram outras minas de ouro e aderiram às oposições. 

Jacques doas Santos confessou o seu amor a Adalberto da Costa Júnior porque ele declarou que se ganhar as eleições entrega a direcção da UNITA a outro sicário do partido. Diz o Jacaques, engolindo as palavras, reprimindo os arrotos e os peidos: “Assim Angola vai para a frente. O nosso mal tem sido o partidarismo!” O mal da democracia são os partidos!

Vou pensar nisso e depois digo-lhe se é verdade. Mas desconfio que está a analisar a política à angolana de uma forma simplista, errada e com o cérebro dos pés ou da pança descomunal que lhe cresceu nos anos em que mamou no MPLA. Nada a opor. Outros mais idiotas, mais asquerosos, mais analfabetos e mais desleais mamaram mais do que ele. Muito mais. Mas não cospem no prato e isso faz a diferença. Um nadinha de pudor não faz mal a ninguém, nem mesmo aos oportunistas que treparam na vida sem saber ler e escrever mas têm muita lata. 

Jacques dos Santos é um dos milhares de cágados que o MPLA pôs nos galhos mais altos da árvore do sucesso e agora está apaixonado pelo mentiroso compulsivo que chefia a UNITA. Mais um que entrou à pressa no comboio que jamais saíra da estação, porque lhe falta a locomotiva, que são os votos do Povo Angolano. A vida é bela para esta fauna que nunca fez nada na vida e atingiu o topo, sem alguma vez ter demonstrado qualquer habilidade ou capacidade.

No momento em que declarou o seu amor a Adalberto da Costa Júnior, Jacques dos Santos disse que “nasci e cresci no MPLA”. Este vai competir com o chefe do Galo Negro no concurso de mais mentiroso. O soldado motorista do RI20 foi cumprir o serviço militar obrigatório em 1963. Quando despiu a farda e arrumou as botas da tropa ficou pendurado, mas conseguiu um lugar no topo do pessoal menor de uma companhia de seguros. Estava um degrau acima de contino. Um brioso dactilógrafo que batia ofícios à máquina. O chamado amanuense. Mesmo assim copiava com erros! O Angerino de Sousa sofreu muito com o antigo soldado.

Angola | MPLA confia na vitória, sem sondagens nem pesquisas encomendadas

O porta-voz do MPLA mostrou-se hoje confiante na vitória do partido, que "não encomenda sondagens nem pesquisas", após o comício de encerramento da campanha, presidido por João Lourenço e onde disse terem participado cerca de 600 mil pessoas.

Em declarações aos jornalistas, Rui Falcão, do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) disse que o comício de hoje, no Camama, em Luanda, o mesmo local que o candidato do MPLA escolheu para lançar a sua campanha na corrida à presidência, nas eleições do próximo dia 24, juntou cerca de 600 mil pessoas e foi "ainda muito melhor" do que o primeiro ato.

"Essa é a qualidade de um partido como o nosso, há poucos em Africa e no mundo", sublinhou o porta-voz do MPLA, entusiasmado com a multidão que se concentrou hoje no Camama e que, acredita, "vai garantir a vitória do MPLA".

"Nós corremos de Cabinda ao Cunene e sempre foi esta moldura, nos termos da demografia de cada província", afirmou, desafiando os jornalistas a apontar um caso em que "eles" - os rivais da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA, maior partido da oposição), que não nomeou - "tenham vencido" em termos de adesão popular.

"A pancada é muito grande", insistiu o responsável, insistindo: "Comparem, o MPLA é o maior e o melhor partido de Angola".

Para Rui Falcão, um comício como o de hoje "só um partido como o MPLA pode fazer".

"Um partido que tem sentido de Estado, que rtm responsabilidade perante os povos e não faz arruaça em circunstância nenhuma", disse, prosseguindo: "Sempre defendemos o povo".

Questionado sobre a que arruaças se referia, respondeu: "Vocês sabem muito bem quem tem feito sempre arruaça neste país, quem vos levou a guerra, vocês sabem", disse aos jornalistas, afirmando que "este povo não perdoa isso".

E deixou mais um recado aos jornalistas: "Compreendam isso, aqui quem manda é o povo angolano, sempre foi assim e foi por isso mesmo que derrotamos os racistas sul-africanos".

Sobre se o apoio manifestado ao MPLA hoje no ato de massas é também sentido na rua, Rui Falcão comentou: "Vão ver no dia 25, quando a Comissão Nacional Eleitoral divulgar os resultados, porque nós não encomendamos nem sondagens nem pesquisas, nós vivemos daquilo que o povo decide e o povo vai decidir nas urnas".

João Lourenço, que se candidata a um novo mandato presidencial, disputa a corrida eleitoral com outras sete formações políticas, das quais se destaca a UNITA e o seu líder, Adalberto da Costa Júnior, como principal adversário, numas eleições que se adivinham renhidas.

Mais de 14 milhões de angolanos estão habilitados a votar no dia 24 de agosto, em que se realizam eleições gerais para escolher o próximo presidente da República e representantes na Assembleia Nacional.

Raquel Rio | Notícias ao Minuto | Imagem: © Lusa

Angola | RESTOS DO IMORTAL E A TAREIA ELEITORAL – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O comício de encerramento do MPLA em Luanda juntou perto de um milhão de pessoas. É muito ou pouco? A CASA-CE, em 2017, teve pouco mais de 600 mil votos em todo o país e elegeu 16 deputados. A UNITA, partido que ficou em segundo lugar, averbou um milhão mais 700 mil votos a nível nacional o que deu cerca de 26 por cento e 51 deputados. Façam as contas e tirem as vossas conclusões. Tendo em conta que o MPLA teve quatro milhões mais 100 mil votos e elegeu 150 deputados, acima da barreira da maioria qualificada, que é 147 mandatos na Assembleia Nacional.

Quantas eleitoras e quantos eleitores estavam com o MPLA e João Lourenço em Benguela, Lubango, Huambo, Cuito, Menongue, Moçâmedes (Terra do Bero), Caxito, Uíge, Cabinda, Ondjiva, Luena, Saurimo, Dundo, Mbanza Congo, Malanje, Ndalatando, Sumbe, por esse país além? Fazendo as contas por baixo, mais de sete milhões. Mesmo que nem todos vão às mesas e assembleias de voto no dia 24, a tremenda tareia eleitoral está dada. Nem com fraude dos agentes israelitas o frango kabiri chega a Galo Negro descolorido.

A empregada da limpeza que a RTP mandou cobrir as nossas eleições, viciada no estilo da intriga que assaltou o Jornalismo Português, disse empolgada: “João Lourenço no comício de hoje ignorou o seu antecessor José Eduardo dos Santos e já sabia que os seus restos mortais estavam a caminho de Luanda”. Intrigalhada de uma básica sem estilo, sem vocabulário, sem escola e sem ofício. 

A maka que estávamos com ela tinha a ver exactamente com a possibilidade de ser explorada a figura do anterior Presidente da República na campanha eleitoral. Felizmente, a direcção do MPLA e o seu cabeça de lista não caíram nessa armadilha. Nada de explorar a morte de um Herói Nacional, o grande Construtor de Angola, o Arquitecto da Paz, para ganhar votos. 

Estão a ver por que razão o MPLA prima pela diferença? É que a UNITA explorou por interpostas pessoas – e de que maneira! – a morte do Presidente José Eduardo e o conflito daí decorrente. Mas o desfecho do caso mostrou que não há vitórias antecipadas. Embarcaram todas e todos num comboio que não vai sair da estação para lada nenhum. 

MPLA realizou concorrido acto político de massas em Portugal

O Comité do MPLA em Portugal realizou neste sábado, em Lisboa, um concorrido acto de massas com vista a apresentar o Manifesto Eleitoral e o Programa de Governação do partido no período 2022-2027.

Na ocasião, a primeira secretária do MPLA em Portugal, Rosa de Almeida, apelou a todos os militantes, amigos e simpatizantes do partido, no sentido para aderirem em massa às assembleias de voto disponíveis nos consulados de Lisboa e do Porto para exercerem o seu direito de voto, sublinhando que é a primeira vez que isso é possível na diáspora.

De acordo com a secretária do MPLA, é necessário que os membros do partido continuem a mobilizar as pessoas de modo a garantir uma votação expressiva. "Nós sempre solicitamos esse direito de voto e o governo atendeu este pedido. Por esta razão vamos todos votar no dia 24 e no candidato certo (João Lourenço), ", referiu.

Por sua vez, a primeira secretaria da JMLA em Portugal, Lisandra de Almeida, pediu aos jovens que continuem a mobilizar todos os que actualizaram o seu registo oficioso para votarem no candidato da juventude.

Lisandra de Almeida salientou, também, que o presidente João Lourenço, aquando da sua visita à Portugal em 2018, prometeu satisfazer alguns pedidos dos angolanos residentes neste país, o que cumpriu com o caso do voto na diáspora. 

"Vamos todos às urnas no dia 24 votar no MPLA e no seu cabeça de lista", reforçou a secreta da JMLA em Portugal.

Durante a cerimónia que contou com a presença do embaixador de Angola em Portugal, Carlos Alberto Fonseca, as Cônsules em Lisboa, Vicência de Brito, do Porto Isabel Godinho, diplomatas angolanos acreditados naquele país luso e membros da sociedade civil e religiosa, registaram-se vários momentos culturais com a actuação de diversos cantores nacionais.

Jornal de Angola

A RAZÃO PELA QUAL OS EUA PERMANECEM NA SÍRIA PARA ROUBAR PETRÓLEO

Eric Zuesse | South Front

Steven Sahiounie é um jornalista excepcionalmente confiável sobre o Oriente Médio e também é o editor-chefe do Mideast Discourse. Eu nunca encontrei que ele tenha relatado uma única declaração falsa (ou imprecisa), e isso é notável para um jornalista em uma área de assunto tão fortemente propagandeada. Ele  relatou em 17 de agosto  que:

Maher Ihsan  é jornalista e especialista em política. Ele expõe o verdadeiro propósito dos EUA permanecerem na Síria como ocupantes. De acordo com Ihsan, os EUA estão roubando recursos e impondo sua vontade sobre o futuro político da Síria. “Olhe para a situação agora, os Estados Unidos estão controlando os principais campos de gás e petróleo em áreas ricas em petróleo na Síria, também estão controlando as principais áreas agrícolas … os Estados Unidos não vieram aqui para ajudar, mas para tirar proveito da situação. e impor sua própria vontade”, disse Ihsan.

Ahmad Al-Ashqar , jornalista e especialista em política, ecoou as opiniões de Ihsan, de que os EUA ocupam e saqueiam as regiões ricas em petróleo na Síria.

#Traduzido em português do Brasil

Em 8 de agosto, o ministério do petróleo sírio disse em comunicado que a produção média diária de petróleo sírio no primeiro semestre de 2022 é de 80.300 barris, enquanto as forças de ocupação dos EUA e seus mercenários estão roubando uma média de 66.000 barris por dia, representando mais de 83 por cento da produção de petróleo da Síria.

Segundo o ministério, a prolongada crise na Síria custou ao setor petrolífero sírio cerca de 105 bilhões de dólares em perdas diretas e indiretas.

Pode-se dizer que roubar o petróleo da Síria está sendo feito para empobrecer tanto o povo sírio que eles se voltarão contra e derrubarão o presidente da Síria, Bashar al-Assad, que até  pesquisas patrocinadas pelo Ocidente, que foram realizadas há anos na Síria, mostraram ser esmagadoramente a pessoa número 1 que eles querem que seja o presidente da Síria . No entanto, qualquer que seja o motivo pelo qual o regime dos EUA está roubando o petróleo da Síria, o roubo do regime dos EUA é igualmente ilegal e igualmente uma operação de gângster que está executando lá.

Essa operação já dura há uma década, sob os presidentes americanos Obama, Trump e, atualmente, Biden.

O relatório de Sahiounie afirma que “o presidente Trump ordenou a retirada das tropas dos EUA da Síria em dezembro de 2018, mas o Pentágono não concordou com a ordem, e as tropas dos EUA permanecem em dois locais: um na região nordeste rica em petróleo e o outro no sudeste em Al-Tanf.” Sua fonte sobre isso pode ter sido notícias dos EUA em 19 de dezembro de 2018, como  “Trump ordena a retirada rápida da Síria em aparente reversão” ; mas, obviamente, acabou sendo falso (como a maioria das notícias dos EUA sobre relações internacionais são).

A ESTRATÉGIA OCIDENTAL PARA DESMANTELAR A FEDERAÇÃO RUSSA

Thierry Meyssan*

Retomando as estratégias da Alemanha durante a Primeira Guerra mundial e dos Estados Unidos e dos nacionalistas integristas ucranianos durante a Guerra Fria, os Ocidentais acabam de criar um Fórum dos povos livres da Rússia. Trata-se de tentar prolongar o desmembramento da URSS, de criar movimentos separatistas para, no fim, proclamar a independência de vinte regiões do pais.

O IMPÉRIO ALEMÃO DE GUILHERME II CONTRA O IMPÉRIO RUSSO DE NICOLAU II

No início do século XX, antes das guerras mundiais, a Europa central era profundamente instável. Nesta grande planície enfrentavam-se dois poderes : A Ocidente, os Impérios alemão e austro-hungaro, a Leste, o Império russo. As populações eram convidadas a escolher o seu protector, sabendo que as fronteiras eram muitas vezes modificadas e que nenhuma permanecia definitiva.

Ora, o Império russo ficou bloqueado durante vários séculos, mantendo os seus súbditos numa situação de ignorância e de miséria completas, enquanto o Império alemão se tinha tornado o principal centro científico do mundo e se desenvolvia a grande velocidade. Assim, a maior parte dos intelectuais de Europa central escolhiam mais a Alemanha e do que a Rússia.

Durante a Primeira Guerra mundial, os ministérios dos Negócios Estrangeiros alemão e austro-hungaro lançaram uma operação secreta comum : a criação da Liga dos Povos alógenas da Rússia (Liga der Fremdvölker Rußlands - LFR) [1]. Eles recrutaram muitos intelectuais de alto nível para a promover. Tratava-se de fazer implodir o Império russo fazendo surgir movimentos separatistas. Esta Liga apelou aos Estados Unidos (que só entraram na guerra em 1917) para ajudar a libertar os povos subjugados.

Dmytro Dontsov, o futuro fundador do « nacionalismo integral ucraniano » [2], apoiou este movimento e tornou-se mesmo em seu assalariado. Sem quaisquer escrúpulos, dirigiu a antena de Berna e editou mensalmente em francês o Bulletin des nationalités de Russie (ou Boletim das nacionalidades da Rússia-ndT).

A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL JÁ COMEÇOU?

Strategic Culture Foundation [*]

O facto de a NATO estar a intensificar seu apoio de combate aos militares ucranianos tanto na Grã-Bretanha como em territórios de outros Estados é uma prova clara de que o eixo liderado pelos EUA está em guerra com a Rússia. Já não se trata de uma guerra por procuração, mas sim de uma guerra multi-nível em grande escala.

“Não lutaremos numa guerra contra a Rússia na Ucrânia”. Assim disse o presidente Joe Biden em Março deste ano, ao mesmo tempo que se gabava de encher a Ucrânia com armas letais a fim de assegurar que o regime de Kiev apoiado pela NATO não fosse derrotado.

discurso de Biden à nação foi de um tom agourento: "Um confronto direto entre a NATO e a Rússia é a Terceira Guerra Mundial, algo que temos de nos esforçar por evitar".

Deveríamos ter esperado que essa terrível e insensata contradição mais cedo ou mais tarde se tornasse manifestamente insustentável. Na verdade, o povo americano e o mundo foram enganados por um fantoche belicista na Casa Branca.

Na realidade, parece que a administração Biden e os seus parceiros da NATO tudo fizeram para que a guerra contra a Rússia acontecesse. As palavras deste presidente americano (como as dos seus antecessores) não têm credibilidade. Apesar da sua aparente grave advertência sobre a prevenção da Terceira Guerra Mundial, o manequim na Casa Branca facilitou este mesmo resultado ao serviço abjeto dos interesses imperialistas dos EUA. Biden tem sido um servidor leal do belicismo americano há mais de 50 anos, apoiando todas as guerras criminosas que o imperialismo dos EUA tem travado. Contudo, é um erro culpar pessoalmente Biden, um assim chamado democrata. Ele é apenas a figura de proa de um sistema que precisa da guerra para funcionar. Se por acaso Donald Trump ou algum outro político republicano estivesse na Casa Branca, veríamos sem dúvida o mesmo dilema desprezível.

HÁ VIDA INTELIGENTE ENTRE OS POLÍTICOS ALEMÃES – ABRIR O NORD STREAM 2

Afinal, revela-se agora, há vida inteligente entre os políticos alemães.  Wolfgang Kubicki, vice-presidente do Bundstag, manifestou-se a favor da abertura do novo gasoduto paralisado por ordens de Biden.  

"Deveríamos agora abrir o Nord Stream 2 tão logo quanto possível a fim de completar nosso armazenamento de gás para o inverno", afirmou Kubicki.   E acrescentou "não há nenhuma boa razão para não abrir o Nord Stream 2".

Os serviçais dos EUA na Comissão Europeia não vão gostar.

Resistir.info

Portugal | SAUDADES DA TROIKA

Público noticia um estudo da SEDES: “Para se poder levar a economia de uma trajectória de quase estagnação a um crescimento médio de 3,5% ao ano, é essencial um período de transição, em que teremos de fazer alguns sacrifícios e adoptar políticas de ruptura que só fruirão totalmente no médio e longo prazo.”

É a dupla Abel Mateus, um economista consistentemente neoliberal desde os anos 1970, e Álvaro Beleza, um médico de direita consistentemente peneirento desde sempre.

O que propõem? A receita recessiva de austeridade da troika e das regras europeias por reformar, ou seja, ganhos de curto, médio e longo prazo para os mesmos de sempre e perdas em todos os horizontes para os mesmos de sempre. 

Da privatização do SNS à da segurança social, passando pelo aumento de direitos patronais e redução dos laborais, é a mesma receita de sempre, inscrita num euro, que apoiaram entusiasticamente e que só produziu estagnação.

Estas sedes da troika só são levadas a sério por uma comunicação social com brutais enviesamentos ideológicos.

João Rodrigues | Ladrões de Bicicletas

Portugal | ABUSO DE AUTORIDADE


Henrique Monteiro | Henricartoon

Portugal | A seca e a ofensiva contra a gestão pública da água

AbrilAbril | editorial

A capacidade científica, técnica e logística dos serviços públicos vem-se degradando progressivamente, através de uma desresponsabilização do Estado na administração, planeamento e gestão da água.

Portugal, que em Janeiro já se confrontava com vastas áreas em situação de seca extrema, continua a enfrentar a perspectiva de uma crise por falta de água em funções essenciais.

Entretanto, a capacidade científica, técnica e logística dos serviços públicos vem-se degradando progressivamente, através da desresponsabilização do Estado na administração, planeamento e gestão da água.

Ao longo dos anos foram destruídos serviços da Administração Pública e dos organismos públicos de Investigação e Normalização, esvaziando-os de quadros, competências e estruturas no terreno, transferindo as funções públicas de administração, gestão e planeamento para entidades de direito privado ou de direito e capital privados.

Um processo de destruição da capacidade técnica e científica, de alienação do conhecimento institucional de recursos hídricos, de física, química, biologia e engenharias, de que são exemplo a extinção do Instituto da Água (INAG) e das suas delegações regionais e a degradação do Instituto de Meteorologia (IPMA) e do Laboratório de Engenheiria Civil (LNEC), provocada por um subfinanciamento público.

Um processo de destruição que contribui para a inviabilização de uma gestão efectiva da água, da identificação correcta dos problemas e das potenciais soluções. As estruturas públicas perderam trabalhadores, meios, competências e foram afastadas da gestão das albufeiras, todas concessionadas a entidades privadas ou de direito privado, cuja gestão está muito concentrada na obtenção de lucro nas barragens de produção energética, agravando problemas de poluição e de perda de qualidade da água.

Este caminho de favorecimento da mercantilização explica, por um lado, o porquê de, no momento em que o País já se encontrava numa situação de seca, os detentores das barragens electroprodutoras as continuassem a esvaziar, aproveitando a alta dos preços da energia. Por outro, ajuda a perceber os riscos de não existir um controlo público sobre o sector da energia, mas também os problemas decorrentes da venda de barragens da EDP, colocando importantes infraestruturas de armazenamento de água doce nas mãos de capital estrangeiro.

No fundo, assistimos ao resultado de uma ofensiva contra a gestão pública da água, que se tem acentuado, promovida ao longo de décadas por sucessivos governos.

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