terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Para que serve uma Europa ocupada, confinada, instrumentalizada e neocolonizada

Martinho Júnior, Luanda 

NO MULTIPLICAR DAS INVERNIAS É ONDE ESTÁ O GANHO, AINDA QUE O SEJA À CUSTA DO PLANETA E DE TODA A HUMANIDADE

1- A primeira razão é a opressão sobre os povos europeus do espaço da União Europeia, sujeitos a regras que ditam a ideologia dominante neonazi sem contraditório, que se implicam com o seu modo de vida cada vez mais condicionado e avançam com a preparação de sua juventude para a guerra, sintomaticamente tendo o recrutamento militar como sua única válvula de escape (o panfleto “Euronews” é disso apenas um exemplo público);

2- A segunda razão é, ao instrumentalizar em função dessa “mobilização”, a Organização do Tratado do Atlântico Norte, pô-la não só ao serviço da hegemonia unipolar, mas também utilizando-a como uma “linha da frente” (face à Ucrânia e a Taiwan e Mar da China Meridional), deixando para o Pentágono a gerência das articulações (Comandos Militares, assim como as frotas navais adjacentes) e a poupança de esforço dos militares dos Estados Unidos, de antemão aplicados nas mais de 800 bases “ultramarinas”, algumas das quais responsáveis pela ocupação militar da Europa;

3- A terceira razão é fazer evoluir a economia europeia de modo a que, ao ser retirada sua capacidade independente e soberana, se produza a sua instrumentalização como refém (vassala), subjugando-a ao “diktat” económico e financeiro anglo-saxónico e às amplas medidas protecionistas que estão em curso a partir dos autores “straussianos” desse “diktat”;

4- A quarta razão é levar com que a indústria do armamento prevaleça sobre tudo o demais, plasmando-a, com o sector energético, como reitor das capacidades europeias, reformulando todos os processos industriais de forma a coloca-los de feição e sob regime colonial;

Angola | ASSALTO AO SINDICATO E O INTESTINO GROSSO DA UNITA – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

A UNITA tem um problema insanável com a democracia e os seus dirigentes não querem aprender a viver segundo as regras democráticas. Ao longo da sua existência, o partido tem estado sempre do lado das ditaduras mais ferozes, desde a salazarista até ao nazismo de Pretória. Para isso teve que se apetrechar no mercado do terrorismo. 

Os dirigentes da organização são especialistas em terrorismo urbano e desde 1975 que demonstram as suas habilidades matando o Povo Angolano e destruindo tudo o que lhe aparece pela frente.

Para atingir os seus fins, a sua direcção nunca hesitou em aliar-se a ditadores africanos da estirpe de Mobutu. Ao mesmo tempo que se opôs de armas na mão aos que lutavam pela liberdade, os arautos do Galo Negro enchiam a boca com a democracia, numa mistificação grosseira da realidade política. Na frente legal e nos intervalos dos ataques armados à Pátria Angolana, usavam a arma insidiosa da mentira, que passou a fazer parte essencial do seu discurso político.

Se os dirigentes da UNITA quisessem viver em democracia já há muito tinham aprendido. Mas o que verificamos é um êxodo permanente de militantes e altos dirigentes, alguns fundadores da organização, exactamente porque perderam a esperança de algum dia existir no seu seio um clima democrático. 

Não vale a pena enumerar os altos dirigentes da UNITA que se afastaram da organização, porque perderam a esperança de algum dia verem instauradas no seu seio as regras da democracia. Mas alguns tinham tal valor que deixaram o partido na penúria absoluta. Só ficou quem não tem qualquer perspectiva de futuro na política. E esse é um grande problema para Angola. 

A primeira cúpula China-Árabe é uma escolha estratégica para ambos os lados

Wang Guangda* | Global Times | opinião | # Traduzido em português do Brasil

A primeira cúpula China-Árabe, que será realizada na Arábia Saudita na sexta-feira, é uma escolha estratégica de ambos os lados. A cúpula está em conformidade com a tendência do desenvolvimento dos tempos e se tornará um marco histórico na história das relações China-Árabes. A cúpula levará à construção de uma comunidade China-Árabe com um futuro compartilhado na nova era. A confiança mútua estratégica entre os dois lados continuará a se aprofundar, enquanto seus benefícios mútuos e resultados vantajosos para todos promoverão a prosperidade e o desenvolvimento. A cooperação amistosa China-Árabe está prestes a entrar em uma nova etapa.

A China e o mundo árabe são parceiros cooperativos naturais que se apoiam mutuamente, tendo passado por bons e maus momentos juntos. A tradicional amizade China-Árabe estabeleceu uma base sólida para a parceria estratégica China-Árabe na nova era.

Desde os tempos modernos, a China e os países árabes, ambos países em desenvolvimento, apoiaram-se mutuamente na luta contra o imperialismo e o colonialismo, o que promoveu grandemente a amizade entre os dois lados. Na Conferência de Bandung em 1955, a China não apenas se comunicou com os países árabes que haviam alcançado a independência na época, mas também expressou seu apoio à justa luta do povo palestino. Em 1971, a Assembleia Geral da ONU em sua 26ª Sessão adotou a Resolução 2758 com uma maioria esmagadora, incluindo países árabes, para restaurar todos os seus direitos à República Popular da China e reconhecer os representantes do governo da República Popular da China como o únicos representantes legítimos da China na ONU.

A China e os países árabes são parceiros cooperativos estáveis ​​que se encontram no meio do caminho e andam de mãos dadas de acordo com os tempos. No contexto de profundas mudanças não vistas em um século, a China e os países árabes têm promovido conjuntamente a Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI) proposta pela China com uma vontade mais forte de se concentrar no desenvolvimento. Os programas de construção da China, incluindo a construção de pontes, estradas, hospitais, bem como comércio, trouxeram cada vez mais benefícios para a população local no mundo árabe. Sob a estrutura do BRI, a China participou profundamente da construção de infraestrutura da Arábia Saudita, Egito, Catar, Emirados Árabes Unidos, Argélia e outros países.

"A ascensão da China não justifica isolá-la ou restringir a cooperação" -- diz Scholz

Políticos europeus percebem se devem fixar os olhos na convergência de interesses ou nas diferenças ideológicas

Global Times | 06 de dezembro de 2022 | # Traduzido em português do Brasil

A Europa sempre se viu dividida entre cooperar com a China ou encontrar falhas na segunda maior economia do mundo. Ele define a China como um “rival sistemático”, mas não pode fugir do fato de que a China é a maior fonte de importações da Europa. Os políticos europeus devem fixar os olhos na convergência de interesses ou nas diferenças ideológicas? A atitude deles está se tornando clara. O chanceler alemão Olaf Scholz deu sua resposta.

Em um artigo assinado no site da revista americana Foreign Affairs, Scholz discutiu o que descreveu como “Zeitenwende”, ou “uma mudança tectônica de época”. No longo artigo, ele disse que a crise na Ucrânia pôs fim a uma era e surgiram novas potências, incluindo a China. Ele não acha que o mundo está à beira de uma era de bipolaridade na ordem internacional; em vez disso, diferentes países e modelos de governo estão competindo por poder e influência neste novo mundo multipolar. Ele também falou imensamente sobre a China, dizendo que a ascensão da China não justifica isolá-la ou restringir a cooperação.

O ponto de vista de Scholz pode encontrar alguma ressonância na Europa, especialmente em países antigos da Europa Ocidental. À medida que a competição estratégica entre as grandes potências se intensifica, muitos políticos e acadêmicos europeus não querem ver uma nova guerra fria ou uma disputa ideológica. Em vez disso, eles querem que a ordem internacional permaneça estável. Agora, com o conflito Rússia-Ucrânia continuando a consumir as forças da Europa, a Europa está ansiosa para encontrar uma saída.

Song Luzheng, pesquisador da Universidade de Fudan, acredita que “Zeitenwende”, referido por Scholz, tem como pano de fundo a ascensão do Oriente e o declínio do Ocidente.

“Já se foram os bons velhos tempos da Europa. Os EUA estão em declínio relativo, enquanto a Europa está em declínio absoluto. Sem a ascensão da China, o Ocidente teria mantido seu status hegemônico, mesmo enfrentando muitos problemas. Mas a ascensão da China encerrou a era em que o Ocidente governava e criou um mundo multipolar”, disse Song ao Global Times.

UCRÂNIA: A HISTÓRIA QUE JUSTIFICA A GUERRA

Nova escalada acende risco de conflito fora de controle e deslize nuclear. Exame dos fatos revela: propaganda ocidental é falsa. Rússia esteve sempre aberta a acordo, mas Putin caiu em cilada. É hora de um movimento global pela paz

David Mandel* | Outras Palavras | Tradução: Maurício Ayer | # Publicado em português do Brasil

A natureza complexa da guerra na Ucrânia e, especialmente, da questão da responsabilidade a ser atribuída às partes envolvidas dificultou a mobilização de um movimento antiguerra vigoroso. Uma parte da esquerda, aliás, se opõe a um cessar-fogo imediato e à retomada das negociações, interrompidas abruptamente no final de março. O objetivo deste artigo é lançar luz adicional sobre a guerra com vistas a ajudar os oponentes do imperialismo a adotar uma posição esclarecida.

Tendo em vista as divisões internas da esquerda, sinto que é necessário começar com algumas palavras sobre mim. Por muitos anos, dei aulas sobre a política da União Soviética e dos estados que surgiram dela. Como sindicalista e socialista, participei ativamente da educação trabalhista na Rússia, Ucrânia e Bielo-Rússia, desde o momento em que tal atividade se tornou politicamente possível. Essa educação é de inspiração socialista, e definimos o socialismo como humanismo consistente. Assim, opus-me ativamente aos regimes russo e ucraniano, ambos profundamente hostis à classe trabalhadora.

A condição dos trabalhadores na Ucrânia independente não tem sido melhor do que a de seus correlativos na Rússia. Em certas dimensões, é ainda pior. Desde a independência, uma sucessão de governos predatórios transformou a Ucrânia de uma região outrora relativamente próspera da União Soviética no estado mais pobre da Europa. A população da Ucrânia nos últimos 30 anos caiu de 52 para 44 milhões (antes da guerra atual). Desses 44 milhões, um bom número está trabalhando na Rússia.

É verdade que na Ucrânia, ao contrário da Rússia, as eleições podem mudar o governo. Mas elas não podem mudar a natureza antitrabalhadora da política do Estado. Um violento golpe em fevereiro de 2014, executado por forças ultranacionalistas (neofascistas) e ativamente apoiado pelo governo dos EUA, derrubou um presidente eleito, embora corrupto, bloqueando um acordo alcançado no dia anterior com a oposição, sob o auspícios da França, Alemanha e Polônia, para formar um governo de coalizão e promover novas eleições.

É HORA DO NEUTRALISMO

Richard Morchoe* | AntiWar | # Traduzido em português do Brasil

Bruce Fein está certo sobre a OTAN, mas essa é apenas uma solução parcial

Em um artigo de 25 de novembro de 2022 no The Hill, ele saiu do armário por deixar a aliança. O homem é um advogado conhecido e trabalhava para o Departamento de Justiça no governo Reagan.

O advogado Fein argumenta bem que a razão de ser da OTAN terminou com o colapso da União Soviética. Ele observa corretamente que “Ao permanecer na OTAN e liderar sua expansão para as fronteiras da Rússia com 30 membros, os Estados Unidos provocaram o ataque do presidente Vladimir Putin à Ucrânia. Estava prestes a se juntar à OTAN para fortalecer o cerco de uma Rússia já diminuída, constituindo uma ameaça existencial maior para ela do que a ameaça existencial que a crise dos mísseis cubanos representava para os Estados Unidos”.

Ele postula que com os EUA deixando a OTAN, o tigre de papel da OTAN não é uma ameaça para a Rússia e a guerra pode terminar em termos razoáveis. Segundo Bruce, a Rússia não é tão forte e se beneficiaria de um acordo.

O caso de Fein em relação à aliança é bem pensado, mas pode ir além. Se pudéssemos deixar a OTAN em nosso benefício e também em benefício da Europa, onde mais poderíamos estar?

Lugar algum.

É hora de nosso país adotar uma política externa neutra.

Se refletirmos, temos opções em outras áreas do mundo. Devemos explorá-los.

Pense no absurdo de se comprometer a defender Taiwan, uma ilha que reconhecemos como parte da República Popular da China.

MILITARES UCRANIANOS MATANDO SEUS IRMÃOS DE ARMAS -- com vídeo

O especialista militar Daniel Bezsonov, do DPR, compartilhou um vídeo das linhas de frente do Donbass, revelando outro crime de guerra das Forças Armadas da Ucrânia contra seus próprios militares.

O vídeo foi fornecido com o seguinte comentário:

Ontem um quadricóptero de nossos militares foi levantado ao céu na direção de Artemovsk (Bakhmut) para reconhecimento da situação na área de posições do Exército Ucraniano. O operador do quadricóptero detectou o movimento de um grupo do inimigo ao longo da área da floresta perto das posições militares da AFU.

À primeira vista, parecia o movimento de um grupo de sabotagem e reconhecimento de sete pessoas, então nosso operador de drone decidiu continuar a observação visual;  mas logo descobriu-se que quatro soldados da AFU estavam conduzindo três homens em uniformes de campo ucranianos padrão para um pelotão de fuzilamento. Eles escolheram uma trincheira abandonada ou sobressalente como local para o tiroteio, mas não atiraram na trincheira, mas perto dela.

Este não é um acidente único.  Desde a defesa de Slavyansk no final de maio de 2014, recebemos informações pela primeira vez de que os nazistas do “Setor de Direita” atiraram em oito artilheiros militares ucranianos que se recusaram a atingir a cidade. Ao longo dos anos, todas as unidades das Forças Armadas da Ucrânia se transformaram em nazistas e não precisam mais de nazistas particularmente apedrejados para as execuções de seus irmãos de armas.

VER VÍDEO EM SOUTH FRONT

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SITUAÇÃO MILITAR NO LESTE DA UCRÂNIA - 6 DE DEZEMBRO DE 2022 (atualização)

- Os confrontos entre o exército russo e a AFU continuam em Bakhmut;

- Os confrontos entre o exército russo e a AFU continuam em Pervomaiske;

- O exército russo repeliu os ataques da AFU perto de Chervonopopivka;

- Os confrontos entre o exército russo e a AFU continuam perto de Debrova;

- Os confrontos entre o exército russo e a AFU continuam em Soledar;

- Em 6 de dezembro, a artilharia ucraniana bombardeou a cidade de Donetsk. Quatro civis foram mortos no distrito de Kievsky;

- A artilharia AFU bombardeou a cidade de Gorlivka. Seis casas, uma escola e uma fábrica foram danificadas.

South Front

O ESTRANHO MUNDO DO FASCISMO AMBIENTAL

Hitler amigo dos animais e da natureza? Responsável pela morte de milhões de seres humanos. Criminoso de guerra.
 

Michael Marder * | Expresso | opinião

À primeira vista, o filme de animação da Disney Estranho Mundo, que acaba de se estrear em Portugal, revela-se politicamente correto. Desde o início, os espectadores conhecem e simpatizam com Ethan Clade (Jaboukie Young-White), o filho gay de um casal inter-racial, Searcher Clade (Jake Gyllenhaal) e Meridian Clade (Gabrielle Union). Além disso, a família feliz tem um cão de três patas, aparentemente desimpedido pela deficiência. Mas sob essa fachada de tolerância, encontramos nada menos que o fascismo ambiental

Fascismo é um termo notoriamente difícil de definir. No mínimo, refere-se à totalidade organísmica do estado ou da nação, onde os membros individuais assumem o papel de células ou órgãos completamente dependentes. O todo unificado subordina as suas partes. Esta totalidade assume como o seu protótipo um organismo animal, a esse respeito distinto das plantas que crescem de um modo aberto e em constante autoreorganização.

Poderíamos dizer, no que diz respeito aos modelos biológicos dos regimes políticos, que a animalidade tende à totalização fascista, enquanto a vegetalidade aponta na direção das multiplicidades anarquistas. E é aí que, graças a uma inversão espetacular de uma perspetiva centrada nas plantas, Estranho Mundo incita os espectadores a se identificarem com um organismo animal e sua estrutura totalitária.

Tudo começa com uma adotação incondicional de energia verde - os frutos abundantes de uma planta chamada Pando, descoberta por Searcher Clade durante uma das expedições que ele realizou com o pai, o lendário explorador Jaeger Clade. Mas acontece que, secretamente, a planta milagrosa está a destruir o mundo habitável como um todo. A ideologia declaradamente verde, com a qual a parte inicial de Estranho Mundo está inundada, azeda quando as plantas de Pando mostram sinais de uma doença que se espalha rapidamente. O que se apresenta como um problema de cultivo se revela, afinal, como uma crítica fascista do discurso e das práticas da salvação vegetal da humanidade e do planeta.

À medida que os heróis do filme se aprofundam no estranho mundo penetrado pelas raízes de Pando, eles percebem que é a porção subterrânea da planta que sufoca o coração do organismo que é o planeta vivo. A vida vegetal é vista como um parasita, eviscerando o todo que o alimenta.

O EQUÍVOCO ROMENO -- Daniel Oliveira

Daniel Oliveira | TSF | opinião | Texto: Carolina Quaresma

Num tempo em que se atiram factos "dispersos na cara dos adversários" e não se aprofunda "o que esses factos realmente nos dizem", Daniel Oliveira afirma que "há quinze dias que a Roménia se transformou na prova de que temos tido governos incompetentes e corruptos".

"Não nego que tem havido incompetência e que há corrupção, mas quem acompanha a política romena saberá que dificilmente é nesses dois fatores que eles se distinguem positivamente de nós", diz Daniel Oliveira no seu espaço habitual de Opinião na TSF.

"O facto apresentado resume-se a isto. O PIB per capita dos romenos deverá ultrapassar o português em 2024. Na realidade, com quase o dobro da população, a Roménia tem um PIB que em 2021 não estava muito acima do português. O rendimento per capita romeno é quase metade do de Portugal. O que está em causa é o PIB per capita em paridade de poder de compra. Vamos ignorar que a Roménia está a viver nestes 15 anos o mesmo fenómeno que nós vivemos na segunda metade dos anos 80 e dos anos 90, o impacto da entrada na União Europeia, com enorme investimento em infraestruturas básicas", explica o jornalista.

Daniel Oliveira considera que "apesar de apenas uma previsão - ela própria discutível -, o PIB mede a riqueza das nações, não mede a riqueza dos povos".

"Os pobres não comem PIB per capita"

"Há países com o dobro do nosso PIB per capita, onde nenhum pobre ou remediado gostaria de viver. A verdade é que o nosso índice de desenvolvimento humano continua acima do romeno, sem sinais de vir a ser ultrapassado. A Roménia, que nos querem dar como exemplo, tem mais cinco por cento de população a viver em pobreza do que Portugal e ela é bem mais severa, e tem menos quatro anos de esperança média de vida. As políticas que tem seguido, para garantir o seu crescimento, não têm combatido a desigualdade, quer social, quer territorial. Tem um péssimo sistema de saúde e, ao contrário de outros países de leste, um mau sistema educativo", diz o cronista.

E continua: "É que os pobres não comem PIB per capita. Como ouvi de Paulo Pedroso, que trabalhou na Roménia ao serviço da UE, nem os pobres, nem a classe média portuguesa, gostariam de lá viver. Seria normal que o país que é agora dado como exemplo fosse atrativo para muitos, mas estranhamente a Roménia perdeu quase 20% da sua população nos últimos 30 anos."

Bom dia povinho luso-contido-estupidamente-distraído… Pois, já sabem como é a dose

Curto e redondo, a misturar-se com o futebol que vai pelo mundial da vergonha ou dos sem vergonha. Este é o seu Expresso Curto que nos chega ao PG em formato newsletter e que nós partilhamos com os que aqui o consumirem. Bom dia, é o que desejamos para todos, da esquerda à direita, para os amorfos, para os alienados da redondinha que partem e agridem declarados adversários clubistas porque… andam todos estúpidos – por isso são alienados. Bom dia gentes que andam numa de “vai com os outros”. Sim, esses são os portugueses e muitos outros aqui na dita Europa que é colónia do império EUA. Lá vamos cantado, chorando e rindo… Levados, levados sim, por políticos de merda que só servem os seus interesses e dos seus amigos mais ricos, mais das guerras, mais de gerarem misérias e fomes desde que lhes rendam lucros dos seus 'status' e das suas contas bancárias em offshores e quejandos… Pantomineiros e ladrões de um povo e país que anda a ser “levado sim”. Abram os olhos, mulas! Povinho contido há-de sempre ser vencido! Aqui e na UE.... E no mundo. Que é o que vemos e sabemos...

Pois foi. Hoje acordámos atarantados e a sair da cama enfiando os pés no penico… Avancemos para o Curto. Está já a seguir, em baixo. Ora, ora, em baixo anda a maioria do povinho luso-contido-estupidamente-distraído… 

Pois, já sabem como é a dose. Curto a seguir. Leia Exoresso expressamente :).

Apesar de mal, fiquem bem. (PG)

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