< Artur Queiroz*, Luanda >
A Crimeia foi anexada ao Império Russo, em 1783, há quase 250 anos. Documentos da época descrevem o território como um deserto humano, onde imperava a pobreza extrema. Catarina II entregou o governo ao seu favorito, o príncipe Potemkin, que torrou milhões à Mamã Rússia mas mudou a realidade económica e social em todo o sul da Ucrânia. As cidades de Sebastopol e Odessa são provas dessa mudança. Nikita Kruschev, líder da União Soviética, transferiu a administração da Crimeia para Kiev, em 1954.
Em 1991 foi declarada a
independência da república soviética Ucrânia, mediante um caderno de encargos
que foi violado no golpe de estado contra o presidente eleito, Viktor
Yanukovych, em
Moscovo iniciou, em 24 de Fevereiro de 2022, uma operação militar especial para desnazificar e desarmar a Ucrânia. À boleia de um actor de telenovela, Zelensky, a OTAN (ou NATO), a União Europeia, Reino Unido e Casa dos Brancos iniciaram uma guerra contra a Federação Russa com o fim, declarado repetidamente, de lhe infringirem “uma derrota estratégica”.
Zelensky, o actor feito
presidente, diz que a Crimeia é Ucrânia e ponto final. O Donbass sempre foi
Ucrânia e mais nada. Luhansk e Donetsk são Ucrânia e conversa acabada. Os
batalhões nazis ucranianos foram transformados
Bruxelas, pela voz de Úrsula von der Leyen, declarou o regime nazi de Kiev como defensor da liberdade na Europa! O actor assinou um papel onde entrega todos os recursos naturais da Ucrânia a Donald Trump, líder da internacional fascista. Entregou o país todo à Casa dos Brancos, Bruxelas e Londres mas a Crimeia é linha vermelha. Os russos são para exterminar.
A comédia está neste ponto. Toda a Ucrânia entregue aos amos, de papel passado e assinado. A Crimeia, Luhansk e Donetsk não dá. Ai é? Guerra aos russos até ao último ucraniano e mercenário!
De Moscovo sopram sinais de que os mísseis ultrassónicos de alta precisão podem começar a rebentar para lá das fronteiras da Ucrânia. A telenovela pode cair na vida real. Em boa verdade já caiu. O mundo assinala o 80º aniversário da queda do III Reich (regime nazi alemão) e aí estão os nazis cheios de força, desde a Casa dos Brancos a Lisboa, Madrid, Paris, Londres, Bruxelas e Berlim. Os canais de televisão alinham no epectáculo. Os jornalistas vão cumprir o serviço militar à Ucrânia por ordem dos donos. Soldados amestrados na guerra da mentira e da desinformação. E como eles se orgulham da farda que ostentam!
Em Angola temos o Rui Verde, um português sortudo que aprendeu a fazer fortuna na prisão. Este faz tudo. Em Portugal criou as universidades Moderna, Independente, Azul e Verde. Saiu da prisão e foi abanar a árvore dos dólares em Angola, onde criou a universidade Maka Angola que dá dinheiro como lixo no aterro de Mulembos. Rui Verde fundou a Angola Research Network, assim mesmo com nome estrangeiro para dar condecoração de João Lourenço. Querem mais? O Verde é membro capado da Royal African Society. E agora pontifica no Centro de Estudos para o Desenvolvimento Económico e Social de África (CEDESA).
Esta nova desnatadeira de dinheiro já deu o primeiro sinal de vida. Os seus membros anunciaram que a partir de agora o MPLA tem entrada cortada no governo de Angola. Porque os angolanos pagam impostos e nas eleições de 2027 vão escolher os da CEDESA para governar. A mama mudou para outras bocas credenciadas pela Royal African Society e pelo Centro de Estudos para o Desenvolvimento Económico e Social de África. O Verde vai publicar a segunda versão do “Angola & Dinheiro”. Um artista da escola do Zelensky.
A Federação Russa anunciou a lista dos Chefes de Estado que vão estar em Moscovo no Dia da Vitória (9 de Maio) sobre o nazismo. São mais de 20. Dos países que fizeram a luta armada contra o colonialismo português só está presente o Presidente Sissoco Embaló, da Guiné Bissau. Das duas uma, ou os outros não foram convidados ou foram convidados e recusaram o convite. Seja qual for a causa, é terrível. Nos 50 anos das Independências Nacionais, Angola, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe estão de costas voltadas para os amigos ou os amigos viraram-lhes as costas.
Em relação a Angola sabemos que João Lourenço bateu com a porta na cara da Federação Russa e ajoelhou aos pés de Joe Biden, o inquilino da Casa dos Brancos, entretanto removido e substituído pelo líder da internacional fascista.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) revelou que Angola melhorou a sua posição na lista dos países com médio desenvolvimento, onde estão a Venezuela, Guiné Equatorial, Namíbia, São Tomé e Príncipe ou República do Congo (Brazzaville). Já agora países com alto desenvolvimento, podemos destacar Cuba, Brasil, República Popular da China, Argélia, África do Sul ou Vietname. Dos que registam desenvolvimento muito alto destaco dois: Federação Russa e Bielorrússia. Olhem para a propaganda. Os jornalistas que cumprem serviço militar na mentira e n manipulação deitam abaixo, países que estão em cima!
O PNUD revela também os países com baixo desenvolvimento humano. Só Paquistão, Afeganistão e Iémen não são africanos. Todos os outros residem em África. Uma amostra: Nigéria, Ruanda, Tanzânia, Malawi, Etiópia, República Democrática do Congo, Moçambique ou Guiné Bissau.
Angola para o PNUD é um país de médio desenvolvimento humano. E até subiu dois lugares na lista agora divulgada. Isto quer dizer que muitos simpatizantes de jornalismo e jornalistas não praticantes vestiram a farda da manipulação e da mentira. São capitaneados pelo Verde, pelo Rafael Marques e pelos diamantes de sangue, seja qual for o chefe do Galo Negro. O actual anda desaparecido. Espero que Abílio Numa ainda não lhe tenha dado na cabeça, a paulada da ordem.
* Jornalista
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