PÚBLICO – 24 abril 2011
O Presidente do Iémen, Ali Abdallah Saleh, aceitou este sábado a proposta do Conselho de Cooperação do Golfo para deixar o cargo no prazo de trinta dias a troco de imunidade para si e para a família, anunciou o The Wall Street Journal, citando um conselheiro presidencial, Tariq Shami.
O desfecho de uma crise que dura há três meses surgiu depois de os países vizinhos deste Estado da Península Arábica terem deixado claro, durante a semana passada, que Saleh perdera e estava completamente isolado. O Conselho de Cooperação do Golfo, liderado pela Arábia Saudita, fez ainda saber que esta era a última hipótese de Saleh deixar o lugar com dignidade, disseram dois diplomatas árabes à Reuters.
“O Presidente aceitou. Apesar de ter o direito constitucional de se manter no poder, está disposto a abandonar o lugar de sua livre vontade”, disse Tariq Shami.
No último mês, Saleh, que está no poder há 32 anos, rejeitara várias propostas de outros negociadores e reafirmara que só abandonaria o posto em 2013.
Esta reviravolta coloca agora toda a pressão na oposição, que se fraccionou desde o início da contestação ao regime, a 27 de Janeiro. As duas facções da oposição enfrentaram-se nas ruas da capital, Sanaa, sendo que cada um dos lados está apoiados por diferentes corpos militares armados com tanques. Ontem, ambas aceitaram a cláusula da imunidade.
A partida se Saleh pode abrir caminho para um processo de transição pacífico, depois de receios de eclosão da violência generalizada. Mas a oposição necessita de convencer o movimento estudantil, que manteve nas ruas a revolta contra o regime, apesar da repressão armada, a aceitá-la.
Mal a aceitação foi conhecida, milhares de estudantes encheram as ruas de Sanaa, a capital iemenita, em protesto. “Nós, os jovens da revolução, rejeitamos qualquer proposta que não responsabilize Saleh pela morte de mais de 140 revolucionários”, lia-se num comunicado da organização de estudantes. “A proposta prevê que Saleh deixe o poder em trinta dias e nós exigimos a sua partida imediata. É contra a vontade do povo e a favor do opressor Saleh.”
“[A imunidade] é uma questão importante. Os estudantes querem ver Saleh julgado”, disse Mohammed Qahtan, porta-voz do comité que une os partidos da oposição.
O plano de transição prevê que Ali Abdallah Saleh transfira os seus poderes para o vice-presidente, Abdu Hadi. O filho e sobrinhos do Presidente conservam o controlo das forças de segurança — o Iémen é considerado um aliado fundamental pelos Estados Unidos na luta contra a Al-Qaeda — durante 60 dias, de forma a não haver quebras nas operações.
“O Presidente aceitou. Apesar de ter o direito constitucional de se manter no poder, está disposto a abandonar o lugar de sua livre vontade”, disse Tariq Shami.
No último mês, Saleh, que está no poder há 32 anos, rejeitara várias propostas de outros negociadores e reafirmara que só abandonaria o posto em 2013.
Esta reviravolta coloca agora toda a pressão na oposição, que se fraccionou desde o início da contestação ao regime, a 27 de Janeiro. As duas facções da oposição enfrentaram-se nas ruas da capital, Sanaa, sendo que cada um dos lados está apoiados por diferentes corpos militares armados com tanques. Ontem, ambas aceitaram a cláusula da imunidade.
A partida se Saleh pode abrir caminho para um processo de transição pacífico, depois de receios de eclosão da violência generalizada. Mas a oposição necessita de convencer o movimento estudantil, que manteve nas ruas a revolta contra o regime, apesar da repressão armada, a aceitá-la.
Mal a aceitação foi conhecida, milhares de estudantes encheram as ruas de Sanaa, a capital iemenita, em protesto. “Nós, os jovens da revolução, rejeitamos qualquer proposta que não responsabilize Saleh pela morte de mais de 140 revolucionários”, lia-se num comunicado da organização de estudantes. “A proposta prevê que Saleh deixe o poder em trinta dias e nós exigimos a sua partida imediata. É contra a vontade do povo e a favor do opressor Saleh.”
“[A imunidade] é uma questão importante. Os estudantes querem ver Saleh julgado”, disse Mohammed Qahtan, porta-voz do comité que une os partidos da oposição.
O plano de transição prevê que Ali Abdallah Saleh transfira os seus poderes para o vice-presidente, Abdu Hadi. O filho e sobrinhos do Presidente conservam o controlo das forças de segurança — o Iémen é considerado um aliado fundamental pelos Estados Unidos na luta contra a Al-Qaeda — durante 60 dias, de forma a não haver quebras nas operações.
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