quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Brasil: EM REUNIÃO COM DILMA, UNE COBRA MAIS VERBA PARA A EDUCAÇÃO


A presidente Dilma Rousseff recebeu representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Brasília - Foto: José Cruz/Agência Brasil

TERRA

Representantes de entidades estudantis entregaram nesta quarta-feira uma pauta de reivindicações para a presidente Dilma Rousseff com cerca de 40 itens ligados à melhoria do sistema educacional brasileiro. Entre os pedidos, estão a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação e de 50% do Fundo Social do pré-sal.

Há também itens como o fim do superávit primário, a erradicação do analfabetismo até 2016, a criação da Comissão da Verdade, a garantia de um computador por aluno no ensino médio e de meia-entrada para os estudantes nos jogos da Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas de 2016.

O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Lliescu, relatou que a presidente recebeu as reivindicações e disse que o governo está aberto ao diálogo, porém, não se comprometeu inicialmente com a concessão de nenhum item. "Hoje, foi o dia em que apresentamos a pauta ao governo federal e a presidenta não se posicionou com firmeza na defesa ou negação de nenhum dos itens, mas temos a expectativa de que essa pauta seja bem recebida pelo governo", disse.

Sobre a aplicação de 50% do fundo do pré-sal em educação, o presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Yann Evanovick, disse ter ouvido da presidente Dilma que ela está aberta ao diálogo sobre a proposta.

Os estudantes foram recebidos por Dilma após a marcha que fizeram hoje, na região central de Brasília, encerrando o movimento de mobilização nacional chamado por eles de Agosto Verde e Amarelo. Também participaram do encontro, no Palácio do Planlato, o ministro da Educação, Fernando Haddad, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

Musa chilena participa de marcha

A estudante Camila Vallejo, presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile (FECh), ativista nos protestos estudantis chilenos que reuniram milhares de estudantes nos últimos dias, também participou da marcha dos estudantes. Camila veio ao Brasil com objetivo de elaborar uma agenda política com a UNE. Ela quer alertar sobre as violações dos direitos humanos e sobre a falta de democracia no Chile.

Para Lliescu, além de apoiar os estudantes chilenos nas questões relativas aos direitos humanos, o movimento estudantil brasileiro pode trocar experiências com o Chile. "Há algo em comum na luta estudantil dos dois países, que é a grande participação do setor privado do ensino superior. Defendemos a regularização do ensino superior privado, é preciso garantir uma educação de qualidade", observou.

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