Sol - Lusa
O Presidente da República, Cavaco Silva, reiterou hoje o «impedimento de última hora» para justificar o cancelamento de uma visita a uma escola, lembrando a sua «experiência muito acumulada» ao longo dos anos em que desempenhou cargos públicos.
No arranque da sexta jornada do Roteiro da Juventude, Cavaco Silva foi questionado pelos jornalistas sobre o motivo que o fez cancelar, à última da hora, uma visita à Escola António Arroio, em Lisboa, onde dezenas de alunos estavam concentrados em frente ao portão.
«O meu gabinete, no dia próprio, teve o cuidado de informar a direcção da escola de que um impedimento de última hora me impediu de concretizar a visita», recordou.
O Presidente da República lembrou que foi «primeiro-ministro dez anos», que no próximo dia 9 vai «já completar seis anos de Presidente da República» e que disputou «múltiplas eleições», tendo até ganho «quatro com mais de 50 por cento».
«E portanto tenho uma experiência muito acumulada ao longo de todos esses anos em todas as situações, em todos os domínios e até para detectar aqueles sectores que podem contribuir para resolver o principal problema que temos neste momento, que é o problema do crescimento económico e do desemprego e apontar caminhos como é o caso das indústrias criativas», enfatizou.
Perante a insistência dos jornalistas, Cavaco Silva não mais acrescentou senão: «eu tive a ocasião já de lhe responder a essa questão e hoje todo o meu vigor vai estar voltado para este eixo decisivo para a resolução dos problemas do nosso país».
Perante as questões dos jornalistas sobre a sua pensão do Banco de Portugal, o Presidente da Republico disse já ter tido «ocasião de explicitar o sentido» das suas palavras quando a questão lhe foi colocada no Porto.
«Neste momento eu entendo que não devo contribuir de forma nenhuma para aumentar polémicas ou aumentar desinformações. E por isso na altura dei aos senhores todos os dados que podiam precisar para consultarem o Banco de Portugal sobre essa matéria. (...) Neste momento eu não alimentarei de facto essa polémica», disse.
Nota Página Global
Cavaco falou e não disse nada. Portugal tem um PR da espécie Fujão. Pior que rei, ele nem tem coragem de dizer que não explica estas ou aquelas razões dos seus comportamentos inadequados e inadmissiveis num presidente da República. O respeito aos portugueses é práticamente nulo neste aspeto. Não é por acaso que tem a reprovação de uma vasta maioria de portugueses, a sua popularidade está de rastos. Há pouco mais de um mês 40 mil subscreveram petição para que ele se demitisse. Curiosamente dessa petição não mais se falou. Tanto quanto sabemos o autor da petição também deu às de Vila Diogo e não mais disse ai nem ui. Pelo que sabemos e vimos na comunicação social - e lemos bastante. Muitos são os que optam por se acomodarem ao estado podre da nação. Esses têm o PR que merecem, o governo que merecem. Mas esses são uma minoria. Cavaco foi eleito por pouco mais de 20 por cento dos eleitores, este governo dele, do PSD e do CDS, pouco mais que isso representa. É esta a democracia de Portugal? Pois não admira que Cavaco não saiba representar os interesses dos portugueses. É somente presidente de uns quantos, pior é que a maioria está tramada. Democracia, não é? Que fique claro: Cavaco não explicou a razão porque cancelou a visita à escola António Arroio, o que disse não é explicação sobre os motivos explícitos. Segredo de Estado? Se fosse um PR que não tivesse um historial tão repleto de tabus, de "gafes" e de faltas de respeito pelos cidadãos, ainda vá. Quem se julga ele? Demita-se, senhor Silva! (redação - FS)
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