O chefe de Estado promete que até ao final do seu segundo mandato será "o Presidente do inconformismo e da esperança", insistindo no enorme potencial de que Portugal dispõe, em especial dos jovens.
"Ao longo deste segundo mandato, iniciado precisamente há um ano, irei ser o Presidente do inconformismo e da esperança. Os portugueses podem contar comigo", escreve Cavaco Silva no prefácio do livro "Roteiros VI", divulgado no 'site' da Presidência da República precisamente no dia em que se assinala o aniversário do primeiro ano do segundo mandato do chefe de Estado em Belém.
Reservando o último 'capítulo' do prefácio para falar do futuro, Cavaco Silva reitera a promessa de ser fiel aos compromissos que assumiu, nomeadamente a manutenção de uma "rigorosa independência no tratamento das diversas forças políticas" e o desenvolvimento de uma "magistratura ativa" perante os desafios que Portugal atravessa.
Mas, acrescenta, existe ainda o compromisso de "proximidade com todos os portugueses", pois é "Presidente de Portugal inteiro, de todos os portugueses, sem exceção".
"Tenho consciência da responsabilidade singular que decorre do exercício das funções de Presidente da República", afirma o chefe de Estado, sublinhando que conhece o país e os portugueses e as dificuldades que existem, mas tem presente as "enormes potencialidades" de que Portugal dispõe.
"O nosso maior potencial é humano. O nosso maior potencial são os portugueses, especialmente os jovens, os jovens que não se conformam e que aspiram a um futuro melhor", frisa.
E, continua o chefe de Estado, essa é a maior razão de esperança e o grande desígnio coletivo que deve unir os portugueses.
"Em nome de um Portugal melhor, mais desenvolvido e mais justo, não me resigno, nem me conformo", vinca ainda Cavaco Silva.
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Portugal tem um PR que parece andar sempre uns passos atrasados em relação ao que acontece no país. Não o faz por acaso. Ele considera que precisa de ter este desempenho de aparente totó porque caso contrário o governo de Passos e do sonho tornado realidade “uma maioria, um governo, um presidente” não seria possível manter por muito mais tempo.
Aparentemente desairoso, abusivamente antes de tempo, publica um livro sobre o seu primeiro mandato quando ainda agora tem um ano de péssimo cumprimento do segundo mandato. Também não o faz por acaso mas sim em mais uma tentativa de limpar a sua imagem de tão mau desempenho no cargo para que foi minoritariamente reeleito. É evidente que o livro não resultará para os que em sondagem recente demonstraram o seu descontentamento com o PR que Portugal tem. Se cavaco fosse hoje a eleições decerto que obteria resultado clamorosamente ínfimo, talvez atrás de Garcia Pereira – que insistentemente é sempre candidato a PR.
Podemos ler mais acima, na referência que o Jornal de Notícias faz, que Cavaco faz constar conhecer o país e que “O nosso maior potencial é humano. O nosso maior potencial são os portugueses, especialmente os jovens, os jovens que não se conformam e que aspiram a um futuro melhor.” Loas. Porque deixou então, sem se declarar efetivo contestatário das políticas deste seu governo” que o desemprego jovem e o fracasso da educação atingissem quotas tão elevadas? Loas.
O que Cavaco quer é pôr uma pedra sobre os assuntos que movimentam os portugueses numa reprovação aos seus maus desempenhos no cargo de PR. Quer enganar, quer ganhar tempo para se manter em Belém por mais quatro anos e dar oportunidade ao seu governo de massacrar o mais que puder os portugueses. Cavaco quer fazer perdurar o mais possível esta política de saque aos que menos têm. Fá-lo sem se preocupar que sejam as inconcebíveis medidas de dificuldades criadas aos idosos que façam aumentar como nunca as taxas de mortalidade. Este é um exemplo, entre muitos mais. Cavaco mostra-se um arguto e sinuoso PR que quer levar a dele por diante e fazer com que as injustiças que recaem sobre os portugueses perdurem, apesar de afirmar o contrário. Como se não fosse detectável que ele personifica o pior PR que Portugal teve após 25 de Abril de 1974. Compreende-se, ele não é um homem de Abril mas sim do passado salazarista. Então que não escreva “coisas” bonitinhas. Ao menos que tenha a coragem de se assumir como tal. (Redação PG - CT)
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