segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Moçambique: MARFIM ROUBADO, MINEIROS BEM, MALAUI SEQUESTRA, BANCO MUNDIAL




Detidos dois funcionários públicos por roubo de marfim

20 de Agosto de 2012, 11:53

Chimoio, Moçambique, 20 ago (Lusa) - A polícia de Guro, em Manica, no centro de Moçambique, deteve dois funcionários públicos por desvio de marfim, numa quantidade não especificada, que havia sido confiscado a caçadores furtivos, disse hoje à Lusa fonte policial.

Os dois funcionários, afetos ao Serviço Distrital de Atividades Económicas (SDAE) de Guro, terão desviado o marfim dos armazéns da instituição para posteriormente o colocar no mercado negro. O marfim resultou do abate clandestino de elefantes no norte de Manica.

"Foram detidos dois funcionários na primeira semana deste mês por desvio de marfim. Atualmente, o processo corre os seus trâmites nas instituições de justiça para a sua responsabilização" explicou à Lusa Valentim Wilson, da Polícia da República de Moçambique, sem avançar mais detalhes.

Presume-se que os troféus, resultantes da caça furtiva, seriam vendidos a um grupo de traficantes estrangeiros com destino ao continente asiático.

AYAC.

Não há registo de moçambicanos entre mineiros mortos na África do Sul - Governo

20 de Agosto de 2012, 15:28

Maputo, 18 ago (Lusa) - O Governo moçambicano anunciou hoje que os moçambicanos que trabalham na mina sul-africana onde na semana passada morreram 34 mineiros não se envolveram na greve, referindo não ter registo de vítimas entre os trabalhadores moçambicanos.

Os 34 mineiros da mina de platina de Marikana, no noroeste da África do Sul, morreram na semana passada durante confrontos com a polícia, no decurso de uma greve para reivindicar aumentos de salário.

O Ministério do Trabalho de Moçambique anunciou em comunicado que os mineiros moçambicanos que trabalham na empresa Lonmin, proprietária da mina, "acataram o conselho da Representação do Ministério do Trabalho na África do Sul para se manterem fora da greve".

A nota adianta que não há informações a existência de moçambicanos entre os 34 mineiros mortos e entre os feridos, nem entre as 600 pessoas detidas em conexão com os violentos distúrbios na mina de Lonmin.

"Uma equipa da delegação moçambicana do Trabalho naquele país está a trabalhar com vista a obter mais dados sobre os mineiros moçambicanos", refere o comunicado.

Na sequência dos distúrbios, a ministra moçambicana do Trabalho, Helena Taipo, viajou hoje para a África do Sul, onde vai manter encontros com trabalhadores moçambicanos.

A região da província noroeste emprega a maior comunidade de mineiros moçambicanos a trabalhar na África do Sul, cerca de 16 mil.

PMA

PR quer esclarecimento do "sequestro" de 11 pescadores pela polícia do Malaui

20 de Agosto de 2012, 16:37

Maputo, 20 ago (Lusa) - O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, defendeu a necessidade do "esclarecimento" com as autoridades do Malaui de um alegado sequestro pela polícia maluiana de 11 pescadores moçambicanos, na sexta-feira na província do Niassa, norte de Moçambique.

Segundo a imprensa moçambicana, os 11 pescadores foram "sequestrados" quando pescavam no Lago Amaramba, na província do Niassa, que faz fronteira com o Malaui.

Segundo as notícias, na ação, a polícia malauiana disparou para o ar e confiscou redes de pesca.

O chefe de Estado moçambicano disse a jornalistas que o incidente deve ser esclarecido, para que seja encontrada "uma solução" que ponha cobro a este tipo de situações.

"Quando acontecem incidentes desta natureza, nós temos uma comissão mista, que é a Comissão de Defesa e Segurança, que funciona tanto nas províncias como ao nível central. Se a situação tiver dificuldades de ser esclarecida ao nível provincial, naturalmente os membros da comissão ao alto nível vão reunir-se para encontrarem uma solução", disse Armando Guebuza, na conferência de imprensa que marcou o final da 32ª cimeira da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Armando Guebuza realçou que as relações entre Moçambique e Malaui passam por um momento de normalização, desde que Joyce Banda assumiu a Presidência do país, na sequência da morte de Bingu wa Mutharika, com quem Maputo mantinha uma relação problemática.

PMA

Governo não vai exigir indemnização ao Banco Mundial por erro em projeto ferroviário

20 de Agosto de 2012, 17:26

Maputo, 20 ago (Lusa) - O governo moçambicano não vai exigir indemnização ao Banco Mundial pelo "erro cometido" na reabilitação da linha ferroviária de Sena, mas espera tirar "maiores vantagens" na negociação de futuros projetos.

A garantia foi dada à Lusa pelo ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Paulo Zucula, à margem da cimeira da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, que decorreu no fim-de-semana, em Maputo.

Num relatório recentemente divulgado, o Banco Mundial considerou "insatisfatório" o seu desempenho no projeto de reabilitação da linha férrea de Sena, no centro de Moçambique, uma infraestrutura importante no escoamento da produção de carvão da região, destruída durante a guerra civil.

"Os resultados do projeto são insatisfatórios, o risco de implementação é insatisfatório e o desempenho do banco é também insatisfatório", indica o documento do Banco Mundial, que desembolsou 86,4 milhões de euros para a reabilitação da linha férrea.

"Não, nunca ponderámos" exigir indemnização ao Banco Mundial, disse Paulo Zucula, quando questionado pela Lusa sobre o assunto.

Para o governo de Moçambique "o importante é (o Banco Mundial) já reconhecer que cometeu erro", disse o governante.

"O fato de ter admitido que houve erro não é motivo para eu ir pedir que me pague o erro. Estou a falar aqui de um parceiro que trabalha comigo neste e noutros projetos. Muito provavelmente na negociação de outros projetos, aproveitando o erro de Sena, podemos ganhar muito mais vantagens", disse Paulo Zucula.

O Banco Mundial contribuiu para que o consórcio indiano RICON ganhasse o concurso público de restauração da via, supervisionado pela própria instituição financeira mundial.

A concessão do contrato do governo moçambicano com a firma indiana estipulava que o projeto fosse concluído até janeiro de 2009, mas, o consórcio não cumpriu com todos os prazos que se propôs para a conclusão da reabilitação da infraestrutura.

A situação levou Maputo a rescindir unilateralmente o contrato da empreitada em 2010, depois de o chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, ter proposto na Índia à empresa RICON a sua saída voluntária do projeto.

A decisão resultou no ajustamento do orçamento, "houve muitos ajustamentos", disse o titular da pasta dos Transportes e Comunicações de Moçambique.

"No princípio queríamos uma linha de três milhões de toneladas, depois fomos aumentando e agora queremos uma linha de 20 milhões de toneladas", mas, hoje, estamos a falar de aproximadamente de 200 a 250 milhões de dólares, contra os 150 a 170 milhões de dólares", afirmou o ministro.

MMT

*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG

Sem comentários:

Mais lidas da semana