O Governo de
maioria PSD/CDS-PP enfrenta hoje no Parlamento uma moção de censura apresentada
pelo Partido Ecologista "Os Verdes", a quinta a este executivo e a
quarta durante esta sessão legislativa, mas como as anteriores será chumbada.
O Partido
Ecologista "Os Verdes" (PEV) é o único partido que ainda não tinha
esgotado o poder de apresentar uma moção de censura por sessão legislativa e
quis exercê-lo apesar de o documento ter o chumbo garantido pela maioria
PSD/CDS-PP, apesar do apoio já declarado do PS, do PCP, e do BE.
Ao anunciar o voto
favorável, o líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, recordou que os
socialistas também apresentaram uma moção de censura há cerca de dois meses e,
por isso, "com toda a normalidade", votarão a favor da moção de
censura apresentada pelos "Verdes".
Zorrinho assinalou
na ocasião não haver contradição entre este voto e as conversações que decorrem
com PSD e CDS-PP com vista ao acordo de ‘salvação nacional” pedido pelo
Presidente da República, sublinhando que os socialistas não estão a negociar
com o Governo, mas sim "num processo de diálogo com todos os partidos
políticos que estiverem disponíveis", defendendo as suas causas.
"Os
Verdes" anunciaram a apresentação da moção de censura durante o debate do
Estado da Nação, na sexta-feira, e o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho,
reagiu dizendo que a iniciativa é "muito bem-vinda".
"A senhora saberá
que este Governo tem uma maioria coesa no parlamento a apoiá-lo", disse
então o chefe de Governo.
"Os
Verdes" defendem no texto da moção de censura que é
"fundamental" "trocar o memorando da ‘troika' pela
renegociação" da dívida, "de modo a encontrar uma forma de pagamento
que não se incompatibilize com o crescimento económico do país, e que, pelo
contrário, tenha nele o parâmetro adequado de nivelação de pagamento".
Foto: Tiago
Petinga-Lusa
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