quarta-feira, 14 de março de 2012

Timor-Leste - Eleições: Campanha foi um "sucesso" para candidatura de Taur Matan Ruak



MSE - Lusa

Díli, 14 mar (Lusa) - A candidatura de Taur Matan Ruak às presidenciais de sábado em Timor-Leste afirmou hoje em Díli que a campanha eleitoral foi um sucesso e devolveu à Fretilin a acusação ao ex-chefe das Forças Armadas sobre utilização indevida de bandeiras do partido.

"Em geral, a campanha foi um sucesso e estamos muito satisfeitos", afirmou Fidélis Magalhães, porta-voz da candidatura, sublinhando que houve muito civismo. "Houve discussões políticas, mas isso faz parte do processo político", disse em declarações hoje aos jornalistas.

Em relação ao registo de incidentes, Fidélis Magalhães apenas lamentou um, registado no início da campanha, e que envolveu apoiantes do candidato Lu Olo.

"Foram lançadas pedras. Expressamos tristeza e remorsos por este incidente. Cada candidato tem responsabilidade de educar os seus apoiantes", disse, salientando que as pedras atiradas feriram quatro pessoas, uma das quais teve de receber tratamento.

Sobre a utilização de bandeiras da Fretilin, que levou o candidato apoiado por aquela força partidária a apresentar queixa na Comissão Nacional de Eleições, o porta-voz da candidatura de Taur Matan Ruak disse que nunca foi autorizado a sua utilização.

Fidélis Magalhães disse também que foram elementos do Conselho Popular pela Defesa de República Democrática de Timor-Leste, que apoiam Taur Matan Ruak, que utilizaram as bandeiras.

"A CPDL e a Fretilin é que tem de discutir sobre quem tem o direito de usar a bandeira. Nós não", afirmou.

Outro assunto abordado por Fidélis Magalhães foi o facto de o candidato Taur Matan Ruak usar um uniforme nas fotografias tiradas para a campanha eleitoral, incluindo a que consta no boletim de voto.

"Queremos dizer em primeiro lugar que o uniforme utilizado pelo candidato faz parte da resistência, das Falintil, não das F-FDTL (forças armadas de Timor-Leste). É preciso que fique claro", afirmou.

Fidélis Magalhães esclareceu também que a imagem do candidato que consta no boletim de voto passou por um processo legal e não impedida de ser utilizada pelo Supremo Tribunal de Recurso.

"Nós seguimos todos os procedimentos legais. Consideramos estes comentários como políticos", disse, acrescentando que o uniforme representa a identidade e história do candidato.

A campanha eleitoral para as presidenciais de sábado terminou hoje.

No sábado, os eleitores vão escolher um de 12 candidatos, entre os quais o atual Presidente do país, José Ramos-Horta.

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