Estudantes
latino-americanos integram mestrado na universidade moçambicana Unilúrio
06 de Novembro de
2012, 09:10
Maputo, 06 nov
(Lusa) - Estudantes da América Latina, da Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro, vão receber um dos módulos do seu mestrado com docentes moçambicanos
da Universidade Unilúrio, no norte do país, disse hoje à Lusa o reitor da
instituição.
Segundo Jorge
Ferrão, os 17 estudantes, maioritariamente brasileiros, chegam na quarta-feira
a Moçambique, para, durante duas semanas, fazerem o módulo sobre Governação e
Práticas Locais do curso de mestrado em Práticas de Desenvolvimento Rural
Sustentável.
"A Unilúrio
vai colocar à disposição dos mestrandos entre 11 a 12 docentes, que em
colaboração com dois docentes brasileiros vão acompanhar a componente prática
programada para a província do Niassa", afirmou Jorge Ferrão.
No Niassa, norte de
Moçambique, os estudantes vão analisar o impacto para as comunidades rurais dos
fundos transferidos pelo Governo central moçambicano para os distritos e as
práticas locais de desenvolvimento, explicou o reitor da Unilúrio.
"Será
proporcionado o contacto entre os estudantes e as instituições locais, pois é
uma província com um enorme défice de massa crítica. Niassa oferece condições
para uma maior potenciação das valências que um curso sobre desenvolvimento
rural sustentável impõe", enfatizou Jorge Ferrão.
O reitor da
Unilúrio acrescentou que a sua instituição planeia introduzir, a partir de
2014, um mestrado como o lecionado pela Universidade Federação Rural do Rio de
Janeiro, para que Moçambique tire partido desta nova área do saber.
"A discussão
sobre o desenvolvimento rural sustentável está ausente ou no mínimo incipiente
no debate no país. Um mestrado nesse domínio era uma forma de impulsionar a busca
de soluções para os problemas com que as comunidades se defrontam",
assinalou Jorge Ferrão.
A parceria da
Unilúrio com a universidade brasileira conta igualmente com a colaboração da
Columbia University, dos Estados Unidos, que assume os encargos financeiros da
iniciativa.
PMA // VM.
Inflação continuou
baixa em Moçambique durante o mês de outubro
06 de Novembro de
2012, 10:46
Maputo, 06 nov
(Lusa) - A inflação manteve-se baixa em Moçambique durante outubro, com os
preços a subirem cerca de 0,33%, segundo o estudo de preços no consumidor, que
indica que, no ano, registou-se a taxa mais baixa desde 1987.
Números divulgados
hoje pelo Instituto Nacional de Estatística indicam que os preços subiram 0,27%
na capital, Maputo, 0,33% na Beira, centro do país, e 0,42% em Nampula, norte.
O tomate foi o
produto que mais aumentou de peço em outubro (0,2%), seguido de peixe (0,06%) e
de farinha de milho (0,04%), enquanto os preços do coco e das cebolas caíram
0,05%.
No ano, entre
janeiro e outubro, a inflação mantém-se negativa, registando-se uma queda geral
de preços de cerca de 0,11%.
Esta é a mais baixa
inflação que o país regista desde 1987, quando foram introduzidas medidas de
ajustamento estrutural, quando Moçambique começava a enveredar pelo caminho da
economia de mercado.
Segundo a mesma
fonte, é também a mais baixa inflação registada este ano entre os
Estados-membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
LAS // VM.
Liga de Juventude
do MDM acusa Governo moçambicano de excluir os jovens
06 de Novembro de
2012, 13:11
Chimoio,
Moçambique, 06 nov (Lusa) - O líder da Liga da Juventude do Movimento
Democrático de Moçambique (MDM), oposição, exigiu hoje ao Governo a criação de
oportunidades iguais de emprego para jovens, acusando o executivo de exclusão.
Em declaração à
Lusa, Sande Carmona, presidente da Liga da Juventude do MDM, disse que as políticas
da juventude do Governo "estão longe de representar e satisfazer os
anseios dos jovens moçambicanos", que agravam os problemas de acesso ao
emprego, saúde, educação, habitação.
"As cores
políticas continuam a determinar o acesso ao emprego, e esta sessão que reúne
jovens de todo o país, desde a base, pretende juntar os problemas da juventude
e os alinhavar em sínteses das discussões para o Congresso, para que sejam
tratados com um punho de realidade", disse à Lusa Sande Carmona.
A Liga da Juventude
do MDM está reunida na cidade da Beira, centro de Moçambique, na segunda sessão
política nacional, para "traçar diretrizes que respondam as exigências
atuais do país", para posterior debate no I Congresso do partido, a
realizar-se em dezembro naquela cidade, cuja autarquia é dirigida pelo MDM.
"Estamos a
viver um ambiente político especial, pois temos expetativas que o congresso do
MDM analise, não só a vida do partido, mas todos os problemas da sociedade. E
nós, jovens, somos chamados a participar no momento das grandes decisões",
afirmou Sande, que pretende "uma alternativa de governação e um veículo
para a criação de oportunidades em todas as esferas".
A Liga da Juventude
do MDM apelou ainda ao executivo de Maputo para "deixar de camuflar os
jovens, fazendo com que estes venham a público expressar a vontade dos
dirigentes".
Radiografando os
dois anos da criação da Liga, Sande Carmona disse estar num bom caminho, pela
participação da juventude, admitindo que a sua massificação vai construir as
vitórias do partido nas próximas eleições autárquicas, de 2013.
AYAC // VM.
Governo moçambicano
ameaça retirar obras às portuguesas Monte Adriano e Casais
06 de Novembro de
2012, 13:53
Maputo, 06 nov
(Lusa) - O Governo moçambicano ameaça anular os contratos de empreitada com as
construtoras portuguesas Monte Adriano e Grupo Casais, devido ao risco de
atraso nas obras adjudicadas às duas empresas na Estrada Nacional N.º 1.
Depois de uma
visita às obras, na província de Nampula, norte de Moçambique, o ministro da
Planificação e Desenvolvimento moçambicano, Aiuba Cuereneia, acusou as
construtoras de terem ignorado recomendações para subcontratarem outras
empresas, por forma a garantirem o cumprimento dos prazos.
"Há três
meses, o Governo constatou incapacidade de execução da obra por parte daquelas
empresas, tendo-lhes sido orientado no sentido de subcontratarem outras firmas
como forma de flexibilizar o trabalho e cumprirem com o contrato, o que não
chegou a acontecer e não sabemos porquê", afirmou Aiuba Cuereneia.
*O título nos
Compactos de Notícias são de autoria PG
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