Criado programa
para combater má nutrição que afeta cerca de 500 mil crianças em Angola
06 de Novembro de
2012, 11:54
Luanda, 06 nov
(Lusa) - O Governo angolano lançou hoje na província do Kuanza Sul um programa
de gestão comunitária para combater a má nutrição, que poderá atingir cerca de
500 mil crianças nas dez províncias mais afetadas pela seca.
O anúncio consta de
um comunicado do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), distribuído
hoje em Luanda e que refere que o Governo de Angola e os seus parceiros
pretendem dar "uma resposta adequada" à situação, com ações de
sensibilização da população sobre como se prevenirem da malnutrição.
O documento
acrescenta que o decréscimo em 60 por cento na queda de chuva em todo o país há
mais de um ano conduziu a uma situação de estiagem com graves consequências nas
províncias do Zaire, Bié, Huambo, Kuanza Sul, Cunene, Huíla, Bengo, Benguela,
Moxico e Namibe.
Para fazer face à
estiagem e à má nutrição, as autoridades angolanas preveem formar mais de 2.000
ativistas comunitários de saúde, que vão visitar e sensibilizar cerca de 350
mil famílias nas províncias do Kuanza Sul, Zaire, Huambo e Bié, as que
enfrentam uma situação mais severa.
Os ativistas vão
ensinar as famílias a prevenir a má nutrição nas crianças até cinco anos e
realizar uma primeira despistagem de crianças com má nutrição aguda e moderada,
encaminhando os casos mais graves para as Unidades Especiais de Nutrição mais
próximas.
Ainda segundo a
nota da UNICEF, a estiagem fez diminuir em mais de 400 mil toneladas a produção
agrícola, que afetou a segurança alimentar de aproximadamente 1,8 milhões de
pessoas.
O Governo angolano
conta com o apoio nesta tarefa das Nações Unidas e da organização
não-governamental norte-americana World Vision.
Também o bispo da
diocese de Caxito, António Jaka, manifestou a sua preocupação pela falta de
chuva que afeta a província do Bengo, no norte de Angola, receando que a
situação de falta de alimentos venha a piorar se a situação de estiagem se
mantiver.
António Jaka, em
declarações à imprensa, disse que apesar de já terem caído algumas chuvas, elas
ainda são escassas para reverter a situação que afeta sobretudo a zona dos
Dembos, Ambriz e Nambuangongo.
"Nós, através
da Cáritas, estamos preocupados com isso, agora começou a chover um pouco, mas
temos notado que as chuvas escasseiam. Nas minhas visitas pastorais, sobretudo
na zona dos Dembos, noto que a situação tem afetado as populações, na zona do
Ambriz também", referiu o bispo.
NME // VM.
Assinados contratos
de investimento nacional e estrangeiro em Angola no valor de 18,8 M euros
06 de Novembro de
2012, 18:17
Luanda, 06 nov
(Lusa) - A Agência Nacional para o Investimento Privado (ANIP) de Angola
assinou hoje, em Luanda, 11 contratos com investidores angolanos e
estrangeiros, no valor global de 18,8 milhões de euros.
Segundo a agência
noticiosa angolana Angop, os contratos foram assinados com representantes de
empresas de confeções, de conservação e comercialização de produtos
agropecuários, construção civil, prestação de serviços e indústria.
Os contratos de
investimento vão assegurar a criação de 722 novos postos de trabalho, disse na
ocasião Luís Domingos, do Conselho de Administração da ANIP, entidade pública
responsável pela execução da política angolana relativa ao investimento
privado, promoção, coordenação e supervisão.
Os investimentos em
Angola estão subordinados à lei do investimento privado, em que o valor mínimo
é de 100 milhões de kwanzas (cerca de 800 mil euros).
EL //EJ.
Mercado imobiliário
em Angola tem taxas de retorno de investimento "bastante atrativas" -
estudo
07 de Novembro de
2012, 08:33
Luanda, 07 nov
(Lusa) - Os investimentos imobiliários em Angola, apesar da fase embrionária em
que se encontram, estes apresentam "taxas bastante atrativas" no
retorno de verbas, entre os 16% e 19% para o mercado de escritórios e 12% e 17%
no residencial.
A conclusão consta
de um estudo sobre o mercado imobiliário em Angola realizado pela Zenki Real
Estate, a que a agência Lusa teve acesso.
Segundo o
documento, o mercado de investimento no setor continua numa fase embrionária
devido a falhas na regulamentação do mercado de arrendamento e na titularidade
dos imóveis, que ainda não foram resolvidas.
Todavia, devido à
crescente procura por parte de grandes empresas petrolíferas, o mercado
residencial tem vindo a ganhar uma posição forte, tornando-se muito atrativo
para os investidores nacionais e privados.
"Angola é
ainda um país com um risco elevado (investimento no setor imobiliário), que,
associado ao perfil dos investidores nacionais, torna expectável a sustentação
das yields (taxas de rendimento líquido) de mercado em níveis altos, durante os
próximos anos", lê-se no documento da Zenki Real Estate, que integra a
CBRE, a maior rede internacional de consultores de imobiliário, liderada pela
Richard Ellis.
O documento adianta
que atualmente a oferta de escritórios na cidade de Luanda é ainda incipiente
face à procura, salientando que a taxa de ocupação nos edifícios recentemente
concluídos estima-se nos 90%, situação que tem elevado os valores de
arrendamento que se praticam em imóveis recentes.
Os preços de venda
de área bruta (AB) de escritórios são em média de 6.600 euros o metro quadrado
e os valores de arrendamento variam entre os 94 e 140 euros/mês o metro
quadrado, na zona baixa da cidade, junto à baía de Luanda.
Para a zona alta da
cidade, os valores de venda estão numa média de 5.850 euros por metro quadrado
(AB), e para arrendamento os preços variam entre os 78 e os 94 euros/mês o
metro quadrado.
O estudo revela que
no segmento residencial a procura por fogos recentemente concluídos é
"boa", especialmente por parte de empresas que requerem um elevado
número de unidades para o alojamento dos seus quadros.
Relativamente aos
preços praticados, na baixa de Luanda os preços de venda situam-se numa média
de 7.000 euros o metro quadrado por AB e os valores de arrendamento oscilam entre
os 66 e os 85 euros o metro quadrado/mês. Já na zona alta, os preços de venda
reduzem para 5.460 euros o metro quadrado e os valores de arrendamento para um
intervalo entre os 55 e os 66 euros/mês o metro quadrado.
A análise destaca
que a oferta em Luanda é essencialmente caracterizada por fogos localizados em
empreendimentos mistos de escritórios e habitação, que é dirigida ao segmento
médio-alto e luxo.
Neste caso, o
estudo salienta que "a compra de apartamentos novos e de qualidade, por
parte da classe alta, tem vindo a abrandar devido à dimensão reduzida deste
segmento".
Na vertente do
comércio, o estudo identificou que a oferta varia entre empreendimentos
recentes e varia entre a típica loja com frente para a rua em pisos térreos, as
mais procuradas por instituições bancárias, agências de seguros e
telecomunicações, às grandes galerias comerciais situadas nos embasamentos dos
edifícios.
Essa procura, como
descreve o documento, continua a ser maioritariamente efetuada por operadores
locais ou de origem africana, sendo ainda reduzido o interesse de operadores
internacionais, que no entanto poderá despertar-se com a conclusão de grandes
superfícies comerciais em construção, sobretudo nas áreas de moda, acessórios e
restauração.
As rendas de lojas
de rua variam entre os 39 e 62 euros o metro quadrado/mês em espaços
remodelados e os 78 e 101 euros em espaços situados em edifícios novos. Os
valores de venda destes últimos situam-se entre os 4.680 e os 7.020 euros o
metro quadrado.
NME // HB
*O título nos
Compactos de Notícias são de autoria PG
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