sexta-feira, 25 de outubro de 2013

PM timorense pede a jornalistas para ajudarem a mudar mentalidades

 


Díli, 25 out (Lusa) - O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, pediu hoje aos jornalistas timorenses para ajudarem a mudar mentalidades e contribuírem para o desenvolvimento do país.
 
"Vocês podem ter uma componente importante no desenvolvimento do Estado. Precisamos de uma revolução de mentalidades e vocês podem criar uma nova mentalidade para fazer este processo", afirmou Xanana Gusmão, no discurso inaugural do primeiro congresso de jornalistas, que vai decorrer até domingo em Díli.
 
Os jornalistas de Timor-Leste vão estar reunidos até domingo para aprovar um Código de Ética para o setor e discutir o futuro Conselho de Imprensa.
 
Dedicado ao tema "Código de Ética e Conselho de Imprensa um caminho para garantir o profissionalismo do jornalista", o congresso vai contar com a participação de vários peritos de Portugal, Austrália, Tailândia e Indonésia.
 
"O jornalismo é uma profissão com responsabilidade de também contribuir para este Estado. O Estado não pode ficar sozinho, precisa de todas as componentes e é preciso um Código de Ética para autorregular a vossa profissão, porque o vosso trabalho deve ser feito com responsabilidade", disse Xanana Gusmão.
 
O primeiro-ministro salientou também que o Código de Ética é "importante, porque a regulação responde ao Estado de Direito Democrático", prometendo que o Fundo de Desenvolvimento Humano vai começar também a beneficiar o setor da comunicação social.
 
Presente na sessão inaugural do congresso, esteve também o embaixador de Portugal, Manuel Gonçalves de Jesus, que defendeu que o jornalismo é uma profissão "cujo bom exercício depende da exigência ética daqueles que a praticam".
 
"E, para isso, existem mecanismos de regulação e de autorregulação das atividades da comunicação social que enquadram e balizam as atividades dos jornalistas", disse.
 
Segundo o diplomata português, o maior desafio para os jornalistas timorenses durante o congresso vai ser "encontrar os melhores caminhos para a organização profissional do jornalismo, de acordo com a especificidade cultural, política, social e económica de Timor-Leste".
 
O congresso, organizado por várias associações de jornalistas timorenses e pelo Sindicato de Jornalistas, tem o apoio do Gabinete do Secretário de Estado da Comunicação Social e do Programa de Comunicação Social da União Europeia, cooperação delegada em Portugal.
 
O Presidente timorense, Taur Matan Ruak, encerra o congresso no domingo.
 
MSE // VM - Lusa
 

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