A Confederação
Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) acusou hoje o
Governo de perpetuar um “ataque claro” à escola pública, reduzindo o apoio dado
aos estabelecimentos de ensino público e apoiando os privados.
Num comunicado hoje
divulgado, a CNIPE fala num “ ataque claro deste governo à escola pública”.
“Quando estamos
perante o ensino obrigatório até aos 18 anos, verificamos que os responsáveis
pela educação em Portugal pretendem unicamente criar escolas de elite, apoiando
iniciativas privadas e reduzindo drasticamente o apoio às escolas públicas”,
refere a nota hoje divulgada após uma reunião que juntou na Marinha Grande a
direção daquela Confederação.
Tendo em conta
“inúmeras preocupações manifestadas pelos pais e encarregados de educação”, a
CNIPE “colocou mais uma vez a política educativa como ponto fulcral na sua
agenda”.
A CNIPE alerta que
“são cada vez mais as famílias que não conseguem fazer face às necessidades
escolares, designadamente a compra de materiais escolares” e que há um “aumento
significativo de alunos que chegam à escola sem terem comido em casa”.
Para a CNIPE, a
proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano “ainda será mais
penalizadora para as famílias, como também provocará uma maior exclusão dos
alunos na escola pública, que se quer promotora de igualdade de oportunidades”.
“A CNIPE entende
que só com alterações significativas, durante a discussão do orçamento na
especialidade, se conseguirá alcançar uma escola de sucesso. Se tal não se
verificar mais uma vez estaremos a condenar ao insucesso os mais frágeis e que
se encontram numa situação de emergência social”, pode ler-se no comunicado
hoje divulgado.
Na nota, a CNIPE
defende ainda que “as propostas das novas reformas dos programas são um claro
retrocesso civilizacional, porque propõem conteúdos programáticos que não têm em
conta o estado de desenvolvimento” dos alunos.
JRS // SMA - Lusa
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