Tudo que se possa
dizer sobre Mandela será uma infima parte da sua verdadeira estatura política, moral e cívica
enquanto ser humano. Como ele já não existe outro ser humano. Outros como ele já
nos deixaram fisicamente e agora restam os seus legados de humanidade, liberdade,
justiça e democracia, Gandi foi um deles. Não parece que mundialmente os líderes
atuais saibam preservar esses mesmos legados, de grandes homens, de grandes líderes,
de grandes seres humanos. É impossível que lideranças anãs, em débito total
para com os valores que importam e são imprescindiveis à humanidade, saibam
fazer prosseguir e desenvolver o legado de Mandela, como não o souberam fazer
no exemplo de Gandi.
Os atuais líderes mundiais debitam agora - e sempre que lhes for politicamente
oportuno e vantajoso – falsas e elogiosas palavras sobre o gigantesto ser
humano que foi Mandela, mas nada mais que isso. Melhor seria ficarem calados e
envergonhados por não saberem e/ou não quererem seguir o caminho apontado por
Mandela, antes por Gandi, e por outros grandes seres humanos que, esses sim,
foram bons homens e mulheres, bons líderes… mas sempre traídos nos seus bons
exemplos, nas suas lições. Nas suas grandes caracteristicas de humanidade,
liberdade e justiça.
Mandela morreu para o mundo mas não para os justos. Nem
toda a humanidade está de luto, principalmente a classe dos atuais líderes
mundiais medíocres não está de luto mas sim com roupagens de hipocrisia. Os que ele sempre defendeu, os explorados e oprimidos, estão de luto. (Redação
PG)
Nelson Mandela, um
ícone da luta pela igualdade racial, faleceu nesta noite, aos 95 anos.
Nelson Mandela, um
ícone da luta pela igualdade racial, faleceu nesta noite, aos 95 anos.
“Ele partiu
pacificamente na companhia de sua família”, declarou o presidente sul-africano,
Jacob Zuma, ao comunicar a notícia ao mundo.
O ex-líder rebelde
e ex-presidente da África do Sul de 1994 a 1999 esteve internado entre Junho e
Setembro devido a uma infecção pulmonar, mas faleceu em casa.
“Ele agora
descansou, ele agora está em paz. Nossa nação perdeu o seu maior filho. O nosso
povo perdeu o seu pai”, adiantou o líder sul-africano.
Notícias ao Minuto [em
actualização]
Morreu Nelson
Mandela
Nelson Mandela,
ex-presidente da República da África do Sul e Prémio Nobel da Paz, morreu, esta
quinta-feira, na sua casa em Joanesburgo, após uma prolongada infeção pulmonar,
anunciou o atual presidente sul-africano, Jacob Zuma. Tinha 95 anos.
"Caros
cidadãos sul-africanos, o nosso amado Nelson Rohlihla Mandela, o presidente
fundador da nossa democrática nação, partiu", declarou Jacob Zuma.
"Ele faleceu em paz no conforto da sua casa", acrescentou.
Numa declaração
transmitida pela televisão, quando eram 21.45 horas de quinta-feira em Portugal
continental, o presidente sul-africano indicou que o primeiro presidente negro
da África do Sul terá um funeral de Estado, cuja data é ainda desconhecida, e
ordenou que as bandeiras sejam colocadas a meia-haste em sinal de luto.
Um plano interno de
atuação após a morte de Mandela revelado pela imprensa há meses dava conta de
um cerimonial de 12 dias. Pelo menos três dias de luto deverão ser reservados à
família de Mandela, casado com a moçambicana Graça Machel.
Tudo indica que
Mandela venha a ser enterrado em Qunu, pequena aldeia vizinha de Mveso, onde
nasceu, mas só depois da despedida pública, a que o povo terá acesso.
Uma vida pela
liberdade e democracia
Depois de ter
estado quase três décadas na prisão, Nelson Mandela - ou Madiba, o nome tribal
pelo qual era conhecido no seu país - tinha já 71 anos quando foi libertado.
Era então o preso
político mais famoso do Mundo e tornava-se, conforme então se disse, a Grande
Esperança Negra da África do Sul. Todavia, apesar de ter um nome conhecido
mundialmente, só um reduzido número de pessoas - companheiros de prisão, a
segunda mulher (Winnie) e um punhado de amigos leais - sabia muito mais do que
isso.
Aliás, ao conceder
a liberdade a Mandela, o último presidente branco da África do Sul, Frederik W.
de Klerk - que contribuiu para o derrube do regime de "apartheid"
(política feroz de segregação racial do país) - limitou-se a dizer com algum
embaraço: "É um homem de idade, um homem digno e um homem cativante".
Narrando e
comentando esse momento histórico, a revista norte-americana
"Newsweek" recordava então que, ao lado do presidente sul-africano,
estava o líder negro, com o cabelo grisalho e o rosto profundamente sulcado
pelas rugas. Depois de ouvir as palavras do presidente, Mandela esboçou um
sorriso como se dissesse a F. W. de Klerk: "Vamos agora ver quem
manda".
Mandela sabia que a
sua luta não tinha terminado. As leis do "apartheid" continuavam a
sonegar aos negros o direito ao voto, ao acesso à qualidade da educação, à
habitação, ao trabalho, às praias, aos parques, aos hotéis, aos restaurantes e
aos locais públicos, que os brancos reservavam zelosamente - e frequentemente
de forma brutal - apenas para eles próprios.
O país, destroçado
também pelos confrontos entre negros de dois partidos políticos, estava à beira
do caos. Mandela, apesar de desconfiar que esse conflito era estimulado por F.
W. de Klerk e pelo regime de minoria branca, também estava ciente de que era
seu dever conseguir, simultaneamente, convencer os seus sequazes de que não
tinha renunciado aos ideais políticos, e provar aos puros e duros do regime,
sobretudo os militares, que não corriam perigo de represálias.
Em 1985, quando o
antigo presidente sul-africano Pieter W. Botha se propusera negociar com ele a
liberdade condicional, Nelson Mandela rejeitou a oferta com a célebre mensagem
ao seu povo: "Não posso vender o meu direito de nascimento. Só homens
livres podem negociar (...)".
Cinco anos depois,
ao lado de F. W. de Klerk, ele era um homem livre, pronto a negociar. E, em
1993, partilhava já com o presidente sul-africano o Prémio Nobel da Paz, pelos
esforços desenvolvidos no sentido de se pôr termo ao regime de segregação
racial, e por se terem estabelecido as bases de uma nova África do Sul
democrática.
Depois, em 10 de
Maio do ano seguinte, Nelson Mandela tornou-se ele próprio presidente da África
do Sul, naquelas que foram as primeira eleições multirraciais do país.
Terminado o mandato presidencial, em 1999, Mandela decidiu abraçar várias causa
sociais e de defesa de direitos humanos.
Cinco anos mais
tarde, ao completar 85 anos, o homem que foi cognominado a Esperança Negra da
África do Sul anunciou formalmente que se retiraria da vida pública - na
verdade, continuou sempre presente -, e o seu estatuto de ex-prisioneiro
político, o prestígio da sua vida cívica exemplar e a enorme dimensão da sua
luta épica pela defesa dos direitos humanos mantiveram-no em guarda como uma
das consciências morais do Mundo.
Jornal de Notícias
Mandela: Ban
Ki-moon elogia "um gigante pela justiça"
O secretário-geral
da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, elogiou hoje Nelson Mandela como
“um gigante pela justiça” que inspirou movimentos de libertação no mundo
inteiro.
“Muito no mundo
inteiro foram influenciados pela sua luta altruísta pela dignidade, igualdade e
liberdade humana. Ele tocou as nossas vidas de uma forma muito pessoal”, disse
Ban Ki-moon aos jornalistas, em tributo a Mandela, que faleceu hoje.
RN // ARA
Mandela: Barack
Obama ordena bandeiras a meia-haste em sinal de luto
O Presidente
norte-americano ordenou quinta-feira que as bandeiras dos Estados Unidos na
Casa Branca e edifícios públicos sejam colocadas a meia-haste em sinal de luto
pela morte do antigo chefe de Estado sul-africano Nelson Mandela.
A decisão de Obama
abrange também as missões diplomáticas norte-americanas, portos militares,
estações navais e navios militares e estará em vigor até ao final do dia de
segunda-feira.
"Hoje, os
Estados Unidos perderam um amigo chegado, a África do Sul perdeu um libertador
incomparável e o mundo perdeu uma fonte de inspiração para a liberdade, justiça
e dignidade humana", referiu Obama num comunicado.
O Presidente dos
EUA garantiu que a memória de Nelson Mandela será sempre relembrada pelos
norte-americanos.
Primeiro Presidente
negro dos Estados Unidos, Obama esteve com Mandela apenas uma vez, por breves
instantes, em 2005, mas entrou na política inspirando-se no herói
anti-apartheid e no seu exemplo de vida.
A morte de Nelson
Mandela, aos 95 anos, quinta-feira À noite em Joanesburgo, foi anunciada pelo
Presidente da República da África do Sul, Jacob Zuma, numa comunicação
televisiva.
Líder da luta
contra o "apartheid", Nelson Mandela foi o primeiro Presidente negro
da África do Sul, entre 1994 e 1999.
JCS // ARA
Mandela: Exemplo
vai "guiar os que lutam pela justiça e pela paz" - Dilma Rousseff
A Presidente do
Brasil, Dilma Rousseff, afirmou hoje que o exemplo de Nelson Mandela "vai
guiar os que lutam pela justiça e pela paz", considerando que os
brasileiros receberam "consternados" a notícia da morte do
ex-presidente da África do Sul.
"Personalidade
maior do século XX, Mandela conduziu com paixão e inteligência um dos mais
importantes processos de emancipação do ser humano da história contemporânea –
o fim do "apartheid" na África do Sul", lê-se numa nota de pesar
assinada pela Presidente brasileira, Dilma Rousseff, publicada no portal do
Governo do Brasil.
A governante
brasileira destacou ainda "o combate" de Mandela que se
"transformou em paradigma, não só para o continente africano, como para
todos aqueles que lutam pela justiça, pela liberdade e pela igualdade" e
que "o exemplo deste grande líder guiará todos aqueles que lutam pela
justiça social e pela paz no mundo".
A morte de Nelson
Mandela, aos 95 anos, foi anunciada pelo Presidente da República da África do
Sul, Jacob Zuma, numa comunicação televisiva.
Líder da luta
contra o “apartheid”, Nelson Mandela foi o primeiro presidente negro da África
do Sul, entre 1994 e 1999.
ND // VM
Mandela: Merkel
recorda líder sul-africano como "exemplo para o mundo inteiro"
A chanceler alemã,
Angela Merkel, recordou hoje Nelson Mandela como um "exemplo para o mundo
inteiro" e recordou que os anos que passou na prisão não o fizeram
desviar-se da mensagem pela reconciliação.
"Os muitos
anos que passou na prisão não dobraram Nelson Mandela. Da sua mensagem pela reconciliação
surgiu uma África do Sul nova e melhor", afirmou Merkel, num comunicado
difundido pelo seu gabinete.
"O exemplo de
Nelson Mandela e o seu legado político a favor da liberdade e da não-violência,
assim como o seu repúdio por qualquer tipo de racismo ficarão como uma
inspiração para o mundo inteiro e por muito tempo", acrescenta a chanceler
alemã no comunicado.
A morte de Nelson
Mandela, aos 95 anos, em Joanesburgo, foi anunciada pelo Presidente da
República da África do Sul, Jacob Zuma, numa comunicação televisiva.
Líder da luta contra
o “apartheid”, Nelson Mandela foi o primeiro Presidente negro da África do Sul,
entre 1994 e 1999.
FPA // ARA
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