sábado, 14 de dezembro de 2013

SÍRIOS VOAM DE BISSAU PARA PORTUGAL À FORÇA DE “QUANTIA AVULTADA”

 


Ministro guineense ameaçou chefe de escala da TAP
 
A ordem para o avião da TAP transportar um grupo de cidadãos sírios para território nacional terá sido dada, avança hoje o jornal Público, pelo ministro do Interior do executivo de transição da Guiné-Bissau, António Suca Nitchama, ao chefe de escala da companhia aérea portuguesa.
 
O jornal Público avança, este sábado, que a ordem para que os 74 cidadãos sírios embarcassem em Bissau, num avião da TAP rumo a Lisboa, terá sido dada pelo ministro do Interior do executivo de transição da Guiné-Bissau, António Suca Nitchama.
 
Segundo informações recolhidas pelo jornal Público, o ministro contactou por telefone o chefe de escala da TAP, ameaçando-o de reter o avião no aeroporto caso os 74 sírios não fossem aceites a bordo.
 
De acordo com o jornal Público, no momento do chech in feito pela TAP foram detectadas inconformidades nos passaportes desses 74 passageiros. Foi, por isso, chamada ao local o oficial de ligação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), que se encontrava na embaixada portuguesa em Bissau e que, acrescenta a publicação, confirmou que os documentos não eram válidos para o embarque.
 
Uma posição contrária tiveram, segundo apurou o jornal Público, as autoridades locais. Ainda assim, o chefe de escala da TAP opôs-se ao embarque destes cidadãos. E, terá sido nesse momento, que recebeu um telefonema do ministro guineense , António Suca Nitchama a ordenar que transportasse os 74 sírios.
 
Já esta sexta-feira, a alta representante da União Europeia, Catherine Ashton, assegurou que foi “um membro superior das autoridades de transição guineenses” que “obrigou a tripulação de um avião da TAP a transportar 74 presumíveis cidadãos sírios com passaportes falsos, em total desrespeito pelo direito internacional”.
 
Ministro guineense demite-se após incidente com voo da TAP
 
O ministro dos Negócio Estrangeiros do governo de transição da Guiné-Bissau, Delfim da Silva, apresentou hoje a demissão ao Presidente da República, disse o governante à agência Lusa.
 
Delfim da Silva disse à Lusa que a demissão é "uma forma de protestar" contra o incidente de terça-feira com um voo da TAP entre Bissau e Lisboa.
 
A tripulação foi obrigada por autoridades guineenses a descolar com 74 passageiros sírios portadores de passaportes falsos, mesmo depois de detetado o problema, o que levou a companhia portuguesa a suspender os voos entre os dois países. A demissão surge por causa do incidente, "mas não é só isso", disse Delfim da Silva à Lusa, referindo que outras situações têm ferido a credibilidade da Guiné-Bissau no exterior.
 
Este último caso terá sido a gota que fez transbordar o copo: "foi provocar um dano enorme à diplomacia guineense e não posso ficar calado, como se nada tivesse acontecido", declarou.
 
O ministro demissionário responsabiliza "gente ligada à imigração e segurança, que está relacionada com isto".
 
"Há cumplicidades", sublinhou.
 
"Para aquela gente passar aqui uns dias e depois ir para Lisboa como foi é porque houve cumplicidade entre pessoas que tinham a obrigação de proteger o país e não protegeram", reforçou Delfim da Silva.
 
O governante entregou hoje a carta de demissão ao presidente de transição, Serifo Nhamadjo, e aguarda agora por uma decisão do chefe de estado.
 
Seja como for, o ministro dos Negócios Estrangeiros disse à Lusa que pretende continuar na atividade política.
 
Delfim da Silva destaca o facto de ter participado nos últimos meses em fóruns internacionais, em Nova Iorque e Paris, e considera que o incidente desta semana arruína os esforços feitos nesses encontros para o país reconquistar a confiança internacional.
 
"Estávamos menos mal, estava tudo bem encaminhado e provocaram um dano grande na diplomacia guineense", referiu, sem entrar em mais detalhes sobre quem são esses responsáveis.
 
Delfim da Silva refere ainda que a sua demissão é uma forma de "clarificar" a situação.
 
Só quantia avultada pode ter trazido sírios até Portugal
 
O Serviço de Estrangeiros e Fonteiras (SEF) está a investigar o embarque de 74 cidadãos sírios na Guiné-Bissau rumo a Portugal, partindo desde logo do pressuposto que só o pagamento de uma quantia avultada a uma rede ilegal os pode ter conduzido até território nacional, destaca hoje o jornal Público. Enquanto decorre a investigação, estão suspensas as ligações áreas entre Bissau e Lisboa.
 
O desembarque de 74 cidadãos sírios (51 adultos e 23 menores) já levou à suspensão, por parte da TAP, dos voos entre Lisboa e Bissau e a um clima de mal-estar entre os governos dos dois países, tendo a situação sido classificada de “grave” pelo ministro português dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete.
 
Mas sob investigação está agora o modo como conseguiram chegar a território nacional, admitindo o SEF que só através de uma quantia avultada, provavelmente paga a uma rede ilegal, terão conseguido fazê-lo, destaca hoje o jornal Público.
 
O montante pago e a quem são algumas das questões que o SEF quer esclarecer, por forma também a despistar a eventual mistura de radicais entre este grupo de cidadãos sírios, que entrou em Lisboa com recurso a passaportes falsos.
 
Segundo revela hoje o jornal Público, estes cidadãos, que embarcaram num voo da TAP porque as autoridades guineenses forçaram, sob ameaça de armas, a tripulação e o chefe de escala da companhia aérea portuguesa, terão chegado a Lisboa por meio de uma rede de imigração ilegal que lhes concedeu falsos passaportes turcos e os conduziu através da Turquia e Marrocos até à Guiné-Bissau.
 
O destino destes 74 cidadãos sírios não seria a capital portuguesa mas sim um país do Norte da Europa. Sobre esta questão, o jornal i refere hoje que este grupo de refugiados revelou às autoridades portuguesas que pagou cinco mil dólares por cada documento falso a uma rede de emigração ilegal.
 
De acordo com uma fonte do SEF, consultada pelo jornal i, em troca receberam passaportes falsos e guias de acesso a território europeu. A escolha da nacionalidade turca deve-se, acrescenta a mesma fonte, “a semelhanças físicas entre os nacionais dos dois países”.
 
Certo é que, devido à “grave quebra de segurança na fase de embarque”, está suspensa a única ligação directa de Bissau à Europa, que era realizada três vezes por semana pela TAP.
 
Sírios poderão ficar porque Portugal não pode repatriá-los
 
Os 74 cidadãos sírios que embarcaram num voo da TAP proveniente da Guiné-Bissau com destino a Lisboa podem permanecer no País, avança a rádio Antena1. Fonte do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) esclarece que Portugal poderá oferecer-lhes autorização de residência, uma vez que a Síria está em guerra e, pela norma de protecção humanitária, não poderão ser repatriá-los.
 
Os 21 menores, 15 mulheres, e 38 homens sírios que ontem (terça-feira) forçaram o embarque, após ordens das autoridades guineenses, no voo 202 da TAP, que ligou Bissau a Lisboa, podem ficar em Portugal.
 
Fonte do SEF explica à rádio Antena1 que dificilmente conseguirão obter asilo político porque não são perseguidos mas há uma outra figura legal que poderá oferecer-lhes autorização de residência em Portugal: a protecção humanitária, já que com a Síria em clima de guerra, Portugal já mais poderia repatriá-los.
 
Esta possibilidade, de cidadãos sírios chegarem a Portugal por esta região africana, era há já muito tempo investigada pelo SEF mas o que o organismo de segurança nacional não contava era que esta rede, que recorre a falsos passaportes turcos para enviar cidadãos sírios para toda a Europa, contasse com a colaboração das autoridades guineenses.
 
Segundo a Antena1, os 74 sírios que ontem chegaram a Portugal estão, neste momento, alojados em instalações da Segurança Social.
 
Esta situação, acrescenta hoje a edição do Diário de Notícias (DN), já foi analisada pelo gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, que classificou o episódio de “muito grave” e pode pôr em causa as relações diplomáticas entre Lisboa e Bissau.
 
Notícias ao Minuto, com Lusa e outros em referência – Título PG
 

1 comentário:

Anónimo disse...

TUDO O QUE SE DIZ NAS MEDIAS SOBRE A GUINE BISSAU TUDO E VERDADE MAS NEM COM ISSO A COMUNIDADE INTERNACIONAL CONTINUA A APOIAR ESTES BANDIDOS PARA AS PROXIMAS ELEICOES PRESIDENCIAIS. TODOS ESTAO ATENTOS A ESPERA DA ESMOLA QUE FOI OFERTA POR ESTAS ELEICOES. SE AS NACOES UNIDAS NAO PODE TOMAR A GUINE EM MAO, ENTAO DEIXEMOS ESTES A FAZER O QUE QUEREM MAS NAO VENAHM LAMENTANDO. SAO TODOS DOENTES E MALUCOS. QUEM GANHA NISSO FOI A CEDEAO SOBRETUDO (SENEGAL). COITADO DOS NOSSOS BANDIDOS TRAFICANTES DE DROGA DAS CRIANCAS E AGORA A IMIGRACAO ILEGAL!!!...

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