Pequim, 28 mar
(Lusa) -- A organização Human Rights in China (HRIC, na sigla inglesa)
denunciou hoje que o ativista Tan Zuoren, libertado ontem da prisão após cinco
anos de pena, não chegou a Chengdu, capital da província de Sichuan de onde é
natural.
Tan Zuoren ficou
conhecido por denunciar os problemas existentes relacionados com as construções
em Sichuan, principalmente de escolas, após o sismo de 2008 que provocou 87.000
mortes, entre os quais milhares de estudantes.
Segundo a HRIC, Tan
Zuoren foi levado pelas autoridades para uma zona secreta no município de
Chongqing, centro do país, quando deveria ter sido colocado em liberdade.
Dezenas de
defensores de Tan Zuoren esperavam o ativista em três locais diferentes: à
saída da prisão, na sua casa e no posto policial em Chengdu, mas não o chegaram
a ver.
Apesar de Wang
Qinghua, mulher do ativista, e de Ran Yunfei, escritor, terem celebrado a
libertação de Tan Zuoren e de terem anunciado que este estava a caminho de
casa, a HRIC garante que isso não aconteceu.
Tan Zuoren foi
detido a 28 de março de 2009 depois de manifestar o seu objetivo de publicar
uma lista com nomes das cerca de 5.600 crianças que morreram no sismo de
Sichuan.
JCS // JCS - Lusa
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