Moçambique
precisa de estabilidade política e de estar em paz para continuar a manter os
elevados índices de crescimento económico e social que tem vindo a registar nos
últimos anos, bem como para consolidar a sua democracia.
Este
posicionamento foi apresentado ontem em Maputo pelo Vice-Ministro italiano para
o Desenvolvimento Económico, Carlo Calenda, à saída do Gabinete do Presidente
da República, Armando Guebuza, onde foi recebido em audiência pelo Chefe do
Estado.
Carlo
Calenda afirmou que o país precisa igualmente de estabilidade para realizar as
próximas eleições gerais, marcadas para 15 de Outubro próximo, com
tranquilidade e num clima pacífico.
“Estamos
muitos satisfeitos com os últimos desenvolvimentos do quadro político e do
entendimento alcançado entre o Governo e a Renamo. Isso é muito importante para
a estabilidade num período em que deverão ser realizadas as eleições gerais”,
disse Carlos Calenda.
O
governante italiano referiu ainda que a estabilidade é factor motivador para os
investidores nacionais e internacionais continuarem a financiar projectos de
desenvolvimento do país.
Segundo
Calenda, o alcance do acordo de entendimento entre o Governo e a Renamo é
também demonstração da capacidade de liderança do Chefe do Estado, Armando
Guebuza.
Sobre
o encontro com o Presidente da República, o governante italiano afirmou que é
mais um sinal de confirmação da existência de uma forte ligação entre Itália e
Moçambique.
“A
relação entre os dois países não é apenas política e de amizade mas também de
interesses económicos mútuos, tudo com vista a garantir o bem-estar dos seus
povos”, afirmou Carlo Calenda.
Exemplo
disso, segundo o governante transalpino, é que a Itália tem muitas empresas que
vão começar a trabalhar directamente em Moçambique nalguns sectores de
produção, como de cimento e mármore.
Pela
quarta vez em Moçambique num período inferior a 12 meses, Carlo Calenda disse
sentir-se satisfeito com o actual nível de relacionamento entre os dois países
e garantiu que a cooperação será cada vez mais fortificada.
“A
Itália está a pensar em abrir um centro de negócios que será um espaço para a
exposição de produtos italianos em Moçambique e alargar parcerias, como por
exemplo no âmbito da FACIM, a decorrer desde segunda-feira em Maputo”,
acrescentou.
Ainda
ontem o Chefe do Estado, Armando Guebuza, recebeu no seu gabinete de trabalho o
representante do Vaticano no país, António Arcadi.
O
Núncio Apostólico vinha apresentar a sua despedida depois de cumprir um mandato
de cinco anos naquele cargo.
Jornal
Notícias (mz)
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