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A
chegada do vírus do Ébola a Portugal é considerada pouco provável, de acordo
com a Direção Geral de Saúde (DGS). Mas Graça Freitas, subdiretora-geral,
garantiu que existe um "pacote de medidas" para a prevenção do
contágio, cuja primeira fase já está implementada e que passa pelo controlo dos
passageiros que chegam ou escalam os aeroportos e portos portugueses.
"Nós
estamos a usar um plano que já foi utilizado noutras situações
semelhantes", explicou a subdiretora-geral. Nos aeroportos, para já,
"as pessoas são controladas pelo pessoal dos aeroportos e companhias
aéreas".
O
plano é ativado de acordo com o nível de risco. "O risco é baixo em
Portugal", garante Graça Freitas, "mas temos um pacote de medidas que
inclui acordos bem definidos com os portos e aeroportos, rastreio de doentes,
informação ao público e aos profissionais de Saúde", assegurou a subdiretora-geral
da Saúde.
A
responsável da DGS garantiu, também, que as companhias aéreas foram devidamente
informadas através de um comunicado, para que possam identificar os
sinais da doença ou de alarme: "As tripulações fazem um controlo na altura
do check-in. A bordo, as tripulações devem estar atentas e se houver algum caso
suspeito, a situação deve ser transmitida ao comandante. O comandante avisa o
pessoal de terra, o posto médico do respetivo aeroporto, a DGS e o INEM",
assegurou Graça Freitas.
No
site da DGS está disponível um documento de informação ao público, e caso sejam necessários serão
emitidos outros folhetos informativos que serão distribuídos no embarque e à
saída dos voos.
Graça
Freitas salientou ainda que, até à data, não se confirmou nenhuma suspeita de
ébola em Portugal, contudo relembrou que "o período de incubação é de 21
dias. Eu posso desembarcar e estar tudo bem e só depois manifestar sintomas.
Caso as pessoas tenham alguns sintomaa, devem ligar primeiramente para a linha
de Saúde 24". Em Portugal continental existem três hospitais preparados
para receber doentes com ébola: o Curry Cabral e o Hospital D. Estefânia (para
crianças) em Lisboa e o São João no Porto.
De
Portugal não partem voos diretos para a Libéria, Serra Leoa, Nigéria ou
Guiné-Conacri, motivo que levou Rui Oliveira, assessor de imprensa da Ana
Aeroportos a justificar o facto de não serem feitos rastreios aos passageiros
provenientes destes países: "Se nós tivéssemos voos diretos para a Libéria,
Serra Leoa ou Guiné Conacri, com certeza que já haveria um plano de
contingência com rastreio de passageiros como existe em algumas companhias
internacionais. Neste caso, os passageiros são rastreados no primeiro país onde
fazem escala. A partir do momento em que o rastreio é feito nesses países, já
não será necessário repeti-lo."
Esta
quarta-feira, partiram do aeroporto de Lisboa em direção aos Estados Unidos da
América, os 66 passageiros norte-americanos de um voo proveniente da Serra Leoa
da Jet Asia Airways, que tinha feito escala no aeroporto de Lisboa.
Rui
Oliveira, da Ana Aeroportos de Portugal, adiantou ainda que todos os
passageiros deste voo não apresentavam quaisquer sintomas da doença e que, de
qualquer maneira, por ser uma "situação especial, os passageiros foram
rastreados à chegada ao aeroporto", numa operação "sob orientação e
coordenação da DGS".
No
sábado passado, um avião que transportava um dos dois norte-americanos
infetados com o vírus do Ébola na Libéria fez escala na Base das Lajes, nos
Açores, para abastecimento de combustível antes de rumar à cidade de Atlanta
nos Estados Unidos da América. A passagem do avião pela Base das Lajes correu
como previsto, sem contacto entre o interior da aeronave e o exterior.
A
epidemia ébola já provocou mais de 1300 contágios e mais de 700 mortos, segundo
os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com a OMS,
as viagens para as regiões afetadas não estão desaconselhadas, devendo no
entanto ser observadas algumas precauções. São cada vez mais, no entanto, as
companhias aéreas que têm vindo a suspender os voos para os países afetados.
As
pan-africanas Arik e ASKY deixaram de voar para a Libéria e Serra Leoa, depois
da morte de um passageiro liberiano em finais de julho em Lagos, na Nigéria.Na
sexta-feira passada, também a companhia aérea Emirates, com sede no Dubai,
anunciou a suspensão "até nova ordem" de todos os voos para a
Guiné-Conacri.
Num comunicado, a British Airways anunciou, igualmente,
esta terça-feira, a suspensão até 31 de Agosto dos voos para a Libéria e Serra
Leoa, dois dos quatro países da África Ocidental atingidos pela epidemia de
febre hemorrágica provocada pelo vírus Ébola. A companhia aérea britânica
assegurava, até ao momento, quatro voos semanais para Monróvia, Libéria, após
uma escala em Freetown, na Serra Leoa. "Suspendemos temporariamente os
nossos voos de e para a Libéria e Serra Leoa até 31 de agosto, devido à
deterioração da situação sanitária naqueles dois países. A segurança dos nossos
passageiros, das nossas tripulações e do nosso pessoal de solo é a nossa
principal prioridade", indicou um porta-voz da British Airways, citado
pela agência francesa AFP.
Dinheiro
Vivo
1 comentário:
Medidas sao nanifestamente insuficientes.Aeroporto de Lisboa
é uma plataforma de viagem com palops.
Incubação sao 20 dias autorizaçao de voo devia ser dada apos 20 dias sobre a marcação daq viagem e antes do embarque
confirmar se nao esta infectado,e governo do local partida passar t ermo de responsabilidade sobre saude do passageiro. Ao chegar a Lisboa devia ser novamente inspeccionado.
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