Um
ajudante do ex-chefe de Estado-Maior da Armada da Guiné-Bissau, Bubo Na Tchuto,
acusado de tráfico de droga nos Estados Unidos, foi esta semana condenado a
seis anos e meio de prisão num tribunal em Nova Iorque.
Nova
Iorque, 05 set (Lusa) - Um ajudante do ex-chefe de Estado-Maior da Armada da
Guiné-Bissau, Bubo Na Tchuto, acusado de tráfico de droga nos Estados Unidos,
foi esta semana condenado a seis anos e meio de prisão num tribunal em Nova Iorque.
Papis
Djeme, de 31 anos, já tinha entregado a sua confissão em abril deste ano,
admitindo ao juiz que conspirara para traficar cocaína da África Ocidental para
a Guiné-Bissau. A droga seria depois distribuída na Europa e nos Estados
Unidos.
Na
mesma altura, outro ajudante de Na Tchuto, Tchamy Yala, assinou a sua
confissão. Semanas depois, o ex-chefe de Estado-Maior da Armada seguiu o mesmo
caminho, para conseguir uma redução da pena, que pode ir até perpétua.
"Desde
o início que este caso tem mostrado que as forcas da lei dos EUA vão fazer
justiça com todos os traficantes que tragam drogas ilegais para o país, mesmo
quando os seus atos criminosos acontecem noutros continentes", disse o
procurador do estado de Nova Iorque, Preet Bharara.
"Estou
muito arrependido do que fiz aos Estados Unidos", disse ao tribunal Papis
Djeme, que já cumpriu 17 meses da pena.
Os
seus advogados tentaram desvalorizar o papel do guineense, dizendo que ele
apenas cumpria ordens, mas o procurador disse que "seguir ordens não é
defesa para um crime grave".
"Djeme
e os outros acusados conspiraram para transportar droga entre a América do Sul
e a África Ocidental para a vender na Europa e EUA. Agora, Djeme enfrenta 78
meses numa prisão federal", concluiu.
Em
abril de 2103, Na Tchuto, Yala, Djeme e outros dois guineenses - Manuel Mamadi
Mane e Saliu Sisse - foram detidos em águas internacionais, perto de Cabo
Verde, por uma equipa da agência de combate ao tráfico de droga
norte-americana.
Segundo
a acusação, Na Tchuto cobrava um milhão de dólares norte-americanos por cada
tonelada de cocaína da América do Sul recebida na Guiné-Bissau.
Depois
da sua confissão, acontecem agora as negociações entre a acusação e defesa. Em
junho, uma fonte disse à agência Lusa que estas conversas acontecem "de
forma muito discreta" e que não há previsão para o seu término.
Quanto
a Tchamy Yala, a sentença será lida pelo juiz Richard M. Berman no próximo dia
17 de novembro.
AYS
// EL - Lusa
1 comentário:
OBRIGADO OS ESTADOS UNIDOS DE AMERICA.COM A CAPTURA DESTE CHEFE DE BANDIDOS A GUINE BISSAU TORNOU-SE CALMA DIGAMOS.
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