Mais
de 7700 pessoas disseram não confiar no actual chefe do Executivo como a pessoa
indicada para governar Macau por mais cinco anos.
Quase
90 por cento dos que participaram no referendo civil não tem confiança em Chui Sai On para chefe
do Executivo num segundo mandato. Ao todo, de acordo com a organizaçãp da
iniciativa, 7762 pessoas responderam “não” à pergunta “Confia no candidato
único Chui Sai On como chefe do Executivo?”.
No
entanto, comparando com os resultados da primeira pergunta do referendo – “Concorda
no método de sufrágio universal para a eleição do chefe do Executivo em 2019?”
– esta questão reuniu menos apoiantes. Ou seja, nem todos os que querem o
sufrágio universal condenam a recondução de Chui Sai On.
Na
primeira questão, 8259 pessoas pediam sufrágio universal e na segunda 7762
votantes dizia não ter confiança no recém-reconduzido chefe do Executivo –
menos seis por cento. Comparando os resultados das duas questões, a resposta
que teve um maior aumento de votantes foi “não responde”. Esta opção subiu de
189 pessoas na primeira pergunta, para 528 na segunda.
Jason
Chao, que ontem apresentou os resultados do referendo civil, não os quis
interpretar, mas quando confrontado pelo facto de o referendo civil ter reunido
cerca de 8600 votantes num universo de largas centenas de milhar, reagiu: “Os
resultados finais do referendo civil são mais representativos do que as
eleições reais para o chefe do Executivo e são muito semelhantes ao número de
pessoas que se manifestaram no exterior da Assembleia Legislativa a 27 de
Maio.”
Para
estes valores contribuíram também as acções do Executivo, apontou Jason Chao.
“O
resultado foi significativamente afectado pelo facto de o Governo ter reprimido
[a iniciativa] pois não pudemos colocar as urnas de voto nas ruas”, avaliou o
activista.
Mas
as ameaças não vieram só de Macau. Jason Chao divulgou ontem que durante a
semana de votações, houve 26.215 tentativas para retirar informações do site do
referendo. A maior parte chegou de endereços de IP da China Continental (8983),
seguidas de Hong Kong (7712), Estados Unidos (6435) e Macau (3085). Ao todo,
estas tentativas materializaram-se em 306 ameaças distintas.
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