Governo
liberta militares detidos no caso "Pansau Ntchama"
Voz
da América
A
missão da União Europeia às eleições de Abril e Maio na Guiné-Bissau apresentou
hoje, 10, o seu relatório, com recomendações que considerou prioritárias para
fortalecer futuros processos eleitorais.
Ao
falar em Bissau, o líder da missão dos observadores europeus Krzystof Lisek
disse ser essencial criar uma base legal para a participação de grupos
apolíticos da sociedade civil na observação eleitoral doméstica, bem como
atribuir financiamento aos meios de comunicação públicos de acordo com o novo
pacote de leis de imprensa.
Os
observadores europeus realçaram o profissionalismo e a competência da Comissão
Nacional de Eleições e reiteraram que as recentes melhorias feitas às leis
eleitorais aumentaram o nível de inclusão e transparência do processo
eleitoral, particularmente o alargamento do voto à diáspora.
Para
a transparência das eleições contribuíu ainda a forte presença dos
representantes dos partidos políticos e dos monitores das organizações da
sociedade civil.
Entretanto,
a missão europeia registou que o prolongado recenseamento eleitoral resultou em
atrasos nas fases seguintes do processo, levando à redução dos prazos eleitorais.
Segundo
os observadores europeus, os meios de comunicação social depararam-se com
condições financeiras extremamente difíceis, que tiveram impacto na sua
cobertura e limitaram o acesso à informação por parte dos cidadãos, mas
consideraram que o trabalhou foi neutro.
Militares
libertados
Por
outro lado, foram ontem, 9, libertados militares e civis detidos há mais de um
ano pelo antigo regime militar, na sequência do mediático caso «Pansau
Ntchama». A decisão foi do Governo segundo uma fonte familiar citada pela
agência PNN.
Entre
as pessoas libertadas nesta primeira fase estão Jorge Sambu, ex-Vice Chefe de
Estado-maior da Armada, Suaibu Camará, Didi, um civil que o Tribunal Militar
considerou que facilitou a saída de Pansau Ntchama para a vizinha Guiné-Conacri
depois do ataque à Base de Pára-Comandos na Base Aérea de Bissalanca.
Uma fonte militar indicou que, nos próximos dias, algumas das pessoas que ainda se encontram detidas vão ser também postas em liberdade, mas não adiantou em que condições serão indultadas.
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