Governo
rompe negociações com estudantes
09
de Outubro de 2014, 21:27
Hong
Kong, China, 09 out (Lusa) -- O Governo de Hong Kong rompeu hoje negociações
com os estudantes destinadas a colocar um termo às manifestações pró-democracia
que têm paralisado zonas da cidade.
"A
base para um diálogo construtivo foi minada. É impossível ter uma reunião
construtiva amanhã [sexta-feira]", disse a secretária-chefe do executivo
da Região Administrativa Especial chinesa, Carrie Lam, em declarações aos
jornalistas.
A
porta-voz da Federação de Estudantes, Yvonne Leung, informou numa mensagem
escrita na aplicação online 'WeChat' que os estudantes iriam reagir ainda esta
noite ao rompimento das negociações por parte do Governo. "Vamos responder
por volta das 21:00 (14:00 em Lisboa)", escreveu Yvonne Leung.
DM/FV
// JMR
Estudantes
não recuarão e podem alargar ocupações
09
de Outubro de 2014, 21:16
Hong
Kong, China, 09 out (Lusa) -- Um líder estudantil do movimento pró-democracia
de Hong Kong advertiu hoje que os que protestam não recuarão e alargarão o
movimento de ocupação a novos locais se o governo não responder às suas
exigências.
"Sem
uma explicação justa e sem ideias concretas sobre os meios de resolver o
conflito, o povo de Hong Kong não vai bater em retirada", declarou aos
jornalistas Alex Chow, presidente da federação dos estudantes.
Chow
adiantou que "os estudantes irão ocupar outros locais" se as suas
reivindicações não forem satisfeitas.
Dezenas
de milhares de pessoas têm saído à rua desde 28 de setembro na Região
Administrativa Especial chinesa para pedir a instauração do sufrágio universal
para a eleição direta do chefe do executivo, atualmente sujeita a seleção
prévia dos candidatos ao cargo por um colégio eleitoral controlado por Pequim.
O
protesto entretanto diminuiu e desde segunda-feira apenas um número reduzido de
manifestantes continua a ocupar três locais em Hong Kong , onde as ruas
estão bloqueadas com barricadas e os engarrafamentos são enormes.
Os
estudantes, que têm estado na dianteira da contestação, devem encontrar-se com
os representantes do executivo local na sexta-feira.
Alex
Chow disse que os estudantes encaram com seriedade a abertura do diálogo, mas
que esperam sinceridade por parte das autoridades.
Os
deputados favoráveis ao movimento pró-democracia, por seu turno, declararam que
vão participar na luta através do bloqueio, por exemplo, de novas nomeações do
executivo ou de programas de trabalhos públicos não essenciais.
O
deputado Alan Leong indicou que 23 dos 70 membros do conselho legislativo
aceitaram participar na campanha de obstrução parlamentar.
"Hong
Kong entra num período de desobediência e de não- cooperação", disse à
imprensa.
PAL
// JMR
*Título PG
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