A
reação de Paula Teixeira da Cruz surge através de um comunicado, conhecido esta
manhã. Na nota enviada à comunicação social, a titular da pasta da Justiça dá
como terminada a política de cooperação, nesta área, com o governo de Timor
Leste.
A
Ministra da Justiça começa por «manifestar o seu profundo respeito pelas
deliberações assumidas pelos Conselhos Superiores da Magistratura e do
Ministério Público, na sequência das decisões tomadas pelo governo de Timor
Leste envolvendo a situação de magistrados portugueses no território
timorense».
No
entanto, no comunicado emitido esta manhã, Paula Teixeira da Cruz manifesta
também «a sua preocupação com a grave situação criada pelas referidas decisões
e que põem em causa os termos na base dos quais tem sido desenvolvida a
estreita cooperação na área judiciária entre os dois Estados».
No
último parágrafo da nota, a ministra da Justiça vai mais longe e afirma que
«tendo em atenção estes fatos, bem como as deliberações dos Conselhos Superiores,
cujo teor compreende como justificado em face da situação conhecida, entende
não estarem criadas as condições adequadas para prosseguir a política de
cooperação na área judiciária».
No
futuro, a aliança entres os dois países, na área da Justiça, pode ser retomada,
mas para isso, Paula Teixeira da Cruz diz que primeiro tem de haver uma
reavaliação de pressupostos e regras que conduziram à atual situação.
Contactada
pela TSF, a ONU demonstra total surpresa com o episódio. O representante das
Nações Unidas em Timor refere que já pediu para se reunir com o governo de Díli.
A ONU entende que é preciso redefinir a cooperação com Timor na área da Justiça.
TSF
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