sábado, 8 de novembro de 2014

Portugal: "É preciso libertar o país dos agiotas" e da "corja da destruição" - PCP




O coordenador regional do PCP-Madeira defendeu hoje ser necessário "libertar o país das amarras dos agiotas" e da "corja da destruição", recusando o "rumo de morte" que o PSD e o CDS estão a impor a Portugal e à Madeira.

"Agora é preciso é libertar o país das amarras dos agiotas. Agora é preciso libertar a Madeira das amarras das políticas de direita. É urgente a alternativa ao desastre", afirmou Edgar Silva na abertura do IX congresso regional dos comunistas madeirense que decorre este fim de semana no Funchal e conta com a presença do secretário-geral do partido, Jerónimo Sousa.

O dirigente do PCP-M sublinhou ser "hora de rejeitar o sufoco do programa de ajustamento económico e financeiro (PAEF)", argumentando que este "pacto de agressão" não deve ser revisto, mas "rasgado", pois os seus resultados "são visíveis e fizeram crescer o empobrecimento da região.

"Lá e cá, é a mesma camarilha. Lá e cá, os agiotas e a mesma agiotagem. Lá e cá, a corja da destruição", sustentou Edgar Silva, acrescentando que é necessário "recusar o rumo de morte que o PSD e o CDS-PP estão a impor ao país e á região".

Segundo o líder comunista insular, o partido na Madeira tem três grandes desafios políticos: travar o PAEF e renegociar a dívida regional, impedir o ciclo de desperdício dos dinheiros europeus que a região vai receber até 2020 e forçar a queda do regime jardinista, viabilizando uma alternativa política.

Sobre a questão dos fundos comunitários, referiu que esta região vai receber 844 milhões de euros da União Europeia, realçando que, depois de décadas de "abundância de fundos estruturais, a Madeira tornou-se menos coesa e competitiva, mais desigual e pobre".

No seu entender, este dinheiro do 'Programa Madeira@2020" deve servir para "ajudar a inverter o atual rumo ao desastre" e não pode estar ao "serviço dos senhorios que impõem a ofensiva de afundamento e destruição em curso".

No que diz respeito a forçar a queda do regime jardinista, Edgar Silva alertou para o que classificou de "ilusória primavera do Jardinismo", argumentando que "não basta afastar Alberto João Jardim do governo para que os problemas da região se resolvam".

"A questão determinante é a de romper definitivamente com o jardinismo, com ou sem Jardim", disse, destacando ser imprescindível impedir na região que lhe suceda uma "governação ditada por uma nova teia clientelar e orientada para assegurar o rumo de exploração e empobrecimento conhecido nos últimos 38 anos".

Edgar Silva mencionou ainda que o partido tem sido "testado em diferentes momentos e acontecimentos", que tem conseguido vencer, tendo presentemente 647 militantes, mais 120 que em 2010.

O também deputado único no parlamento madeirense observou que o PCP é o partido com maior número de iniciativas aprovadas na Assembleia Legislativa da Madeira.

O congresso regional dos comunistas madeirenses decorre até domingo subordinado ao tema "PCP mais forte" e conta com a inscrição de 150 delegados.

Lusa, em Notícias ao Minuto

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