GENERAL
NUNDA CONFIRMA
Folha
8 Digital (ao), 24 janeiro 2015
O
chefe do Estado Maior General das FAA, General de Exército Geraldo Sachipengo
Nunda, garantia, no dia 09 de Outubro de 2014, recordemo-nos, para que não
digamos, amanhã, não termos sido avisados, que os três ramos das Forças
Armadas Angolanas (Exército, Força Aérea e Marinha de Guerra) iriam beneficiar,
a partir de 2015, de equipamentos mais modernos e concordantes com os actuais
desafios (textos nas páginas 03 e 04, confirmam).
O
general deu a conhecer o plano por ocasião do 23º aniversário da constituição
das Forças Armadas Angolanas em Exército Nacional Único que se comemorou no dia
09 de Outubro de 2014.
De
acordo com o general Nunda, os novos meios militares serão manuseados por
efectivos capacitados. Neste quadro afirmou que a Força Aérea vai receber
novos helicópteros que serão utilizados por pilotos formados durante seis anos
na Federação Russa.
Deu
a conhecer igualmente que a Marinha de Guerra Angolana beneficiará de novos
navios, os quais serão também dirigidos por pessoal navegante formado na
Rússia, Brasil e Portugal.
O
Exército que vai beneficiar de novo equipamento contará também com militares
formados na Rússia e em Cuba.
“A
formação dos efectivos das Forças Armadas Angolanas tem de ser um processo bem
harmonizado para que a mesma e o equipamento se conjuguem”, salientou o general
Nunda, acrescentando que estes procedimentos são abrangentes no âmbito da
operacionalidade e da manutenção dos equipamentos que constitui um “grande
desafio”.
Segundo
o oficial general, este processo vai fazer com que as FAA nos próximos anos
se tornem mais modernizadas e bem equipadas, capazes de cumprir as missões que
a direcção do Estado definir tendo como prioridade a defesa da independência,
soberania nacional e das instituições do País.
O
chefe do EMG das FAA destacou que existe uma orientação principal no que se
refere à realização do reequipamento das FAA e uma restruturação que esteja
adequada aos desafios do momento e do futuro, uma directiva do
Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas, o Presidente da República,
José Eduardo dos Santos.
Ainda
no quadro da implementação do processo de reestruturação das FAA, sublinhou os
avanços já dados nas unidades e sub-unidades do Exército Nacional no que
concerne às condições de acomodamento da tropa, sua alimentação e assistência
médico-medicamentosa, factores que vêm contribuindo para a prontidão no
cumprimento de missões, no quadro dos princípios da Defesa Nacional.
Destacou
de igual modo a criação de instituições de formação superior militar, como o
Instituto Superior Técnico Militar, construído em 2008, onde foram formados já
os primeiros 120 engenheiros nas especialidades de informática, construção e
fortificações, engenharia mecânica e electrotecnia.
Na
entrevista, o Chefe de Estado Maior General das FAA considerou a situação no
País, do ponto de vista militar, “estável”, facto que não implica que as Forças
Armadas Angolanas não estejam preparadas, “porque os desafios da segurança
nacional são externos e internos”.
“A
Constituição da República de Angola estabelece que no quadro do sistema de
segurança nacional, as Forças Armadas Angolanas devem ter a capacidade de
responder os desafios internos e externos”, salientou.
No
concernente às demais missões das FAA, o General Nunda frisou que existe um
total empenho por parte das Forças Armadas Angolanas no processo de
desminagem, factor importante para o programa de reconstrução nacional do
Executivo, assim como no apoio as questões de calamidades naturais (enxurradas
ou cheias) e casos de epidemias.
No
quadro das missões de apoio à paz e estabilidade em alguns países africanos, o
general Nunda esclareceu que as Forças Armadas continuam preparadas para o
efeito.
A
título de exemplo referiu a solicitação por parte das Nações Unidas para que
Angola possa integrar um contingente de tropas na República Centro Africana na
missão da ONU.
“Estamos
a criar as condições para integração do efectivo na missão em tempo que for
definido pelas Nações Unidas“, precisou, na ocasião, recordando a participação
de forças angolanas em operações de paz que ocorreram na República Democrática
do Congo, República do Congo em 1997/1998 e na Guiné-Bissau (2010).
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