Jornalista
diz que Governo é árbitro e jogador. O
maior problema de Angola é a “fragilidade da oposição” que não existe, disse o
jornalista e comentarista angolano Makuta Nkondo.
Voz
da América, em Angola Fala Só
Num
animado “Angola Fala Só”, na VOA, e no espírito que lhe é habitual de
palavreado frontal e controverso, Makuta Nkondo teceu duras criticas ao Governo
do MPLA que apelidou de “ladrões e corruptos”, mas colocou de parte a
possibilidade da oposição partidária poder mudar a situação no país.
“A
Unita foi domesticada”, disse acrescentando que a Casa-CE é “um castelo de
areia pronto a desmoronar-se”, que vive “à custa do nome de Abel Chivukuvu”,
enquanto o PRS é um partido de caracter tribal “dos tchokwes”.
A
oposição, disse, “fala, mas com as mãos debaixo da mesa a pedir esmolas”.
“A
oposição é débil, corrupta, luta mais pelos seus interesses pessoais do que
pelo interesse dos angolanos”, atirou Nkondo.
Interrogado
por um ouvinte sobre como é que via uma alternância de poder se não acredita na
oposição, Makuta Nkondo disse que “para grandes males grandes remédios,”
advogando manifestações de rua em todo o pais como sucedeu no Burkina
Faso.
O
jornalista angolano considerou que as eleições nunca poderão resultar
numa alternância de poder porque “o MPLA é jogador e árbitro”.
“A
Comissão Nacional de Eleições, os tribunais, é tudo deles”, afirmou.
Durante
a hora de conversa com os ouvintes, Makuta Nkonda critcou asperamente o Governo
e afirmou que Angola nunca deixará de ser dependente do petróleo porque para os
governantes “é mais fácil controlar isso do que outros ramos da economia".
“O
petróleo é deles, eles é que são os donos”, disse interrogando-se sobre como é
que os angolanos envolvidos no negócio do petróleo obtiveram o capital
necessário para esses investimentos?
“Roubaram
o dinheiro do povo para poderem investir no petróleo”, acusou Makuta Nkondo.
Interrogado
sobre o massacre ocorrido em Paris esta semana quando dois islamitas armados
atacaram a redacção do semanário Charlie Hebdo, o jornalista respondeu:
“Fiquei chocado e continuo a estar chocado”.
“Não
consigo imaginar como é que jovens daquela idade podem ter um coração satânico”,
concluiu o jornalista Makuta Nkonda.
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