Presidente
do sindicato critica silêncio do embaixador angolano em Lisboa
Voz
da América
O
Sindicato da Construção de Portugal denunciou hoje, 19, a ausência de resposta
do embaixador de Angola José Marcos Barrica a um pedido de audiência sobre
problemas laborais no país e anunciou que vai pedir a intervenção da
Organização Internacional do Trabalho (OIT). Albano Ribeiro revelou que há 90
mil trabalhadores portugueses da construção civil em Angola, mas muitos começam
a regressar devido às más condições de trabalho e à crise financeira.
Em
declarações à imprensa portuguesa em frente à Embaixada de Angola em Lisboa, o
presidente daquele sindicato Albano Ribeiro lamentou ter pedido uma entrevista
ao embaixador angolano a 31 Janeiro, mas até hoje não recebeu qualquer
resposta.
"O
que ele fez não se faz, pedimos uma audiência ao embaixador do Canadá no dia 12
e foi marcada para ontem, e devia assim acontecer com o embaixador de
Angola", diz Ribeiro.
O
presidente do Sindicato da Construção de Portugal considera que a situação está
muito difícil para os trabalhadores portugueses do sector, que foram aliciados
por angariadores. Agora, com a crise, além das condições em que vivem, têm até
o salário reduzido.
"Imaginem
que no verão eles estão em contentores onde dormem e comem, sem ar
condicionado, e agora os angariadores dizem que, devido à crise, vão ter de
reduzir os seus salários", denunciou Albano Ribeiro, que afirmou que o seu
sindicato vai pedir a intervenção da Organização Internacional do Trabalho.
Na
foto: José Marcos Barrica
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