RENÚNCIA DE DILMA ASSEGURA PROCESSO ELEITORAL QUE SALVE A DEMOCRACIA
Flávio
Mattel, Brasília
Foi
visível que existiu inflação dos mídia nas contagens de manifestantes. As
estimativas estavam bem acima dos números reais. Apesar disso deve ser
reconhecido que mais de dois milhões de manifestantes estiveram presentes em
suas cidades, por todo o país, a se manifestar contra Dilma e a corrupção. Este
dia de protestos quase não tem história, para além do que vale como elemento de
pressão com objetivo da presidente renunciar.
Os
que esperavam o apelo ao golpe se desiludiram. Não houve. Nem vai haver. Haverá
muitas mais investidas mas queremos acreditar que a democracia está segura. A renúncia de Dilma será o mais conveniente. Assim deixa completa
abertura para assegurar logo de seguida novas eleições sem que o regime democrático
sofra realmente um golpe da direita radical com suas manobras características e antidemocráticas. Direita
radical que falsamente se insinua democrática mas que está sendo o motor principal das
contestações, aglutinando o descontentamento geral. É essa a direita que os
Estados Unidos patrocina com todo o fervor, com seus dólares, especialistas em
agitação desestabilizadora e toda a espécie de operacionais que venham a
contribuir para o baquear do processo democrático em curso. Mascarando
posteriormente o regime atual com outro de sua conveniência e vantagens económicas
para os Estados Unidos.
Nos
protestos ocorreram tentativas de apelo ao golpe militar. Poucos foram os casos.
Nos registrados os cartazes ostentavam apelo aos militares para o golpe. Motivo
por que chegou a acontecer agressões aos que os exibiam. Brasil não quer mais
ditaduras. O Brasil não quer mais os coronéis nem a direita depravada e
assassina que está se aproveitando dos descontentamentos dos brasileiros -
empurrada por Aécio, Marina e os Estados Unidos. Obama encetou uma política de
repetir o que seus antecessores tiveram em prática na América Latina. Avançou
para sul com intuito de ocupar e explorar novamente em pleno aquilo a que
chamam seu quintal das traseiras. Mas os do sul não estão pelos ajustes. Os indícios
é que o Brasil também não.
Da
Agência Brasil a mostra dos acontecimentos em referência para Página Global. (FM / PG)
Protestos
ocorrem em todas as regiões do país
Agência
Brasil* Com edição de Lílian Beraldo
As
manifestações contra a corrupção e contra o governo da presidenta Dilma
Rousseff ocorreram em todas as regiões do país e reuniram milhares de pessoas.
Não houve registro de confrontos e os protestos foram pacíficos.
Em
Goiânia, 60 mil pessoas caminharam entre a Praça Tamandaré e o Parque do
Areião, num percurso de cerca de 4 quilômetros. Segundo a Polícia Militar de
Goiás, não foram registradas ocorrências de violência e os manifestantes se
dispersaram por volta das 16h.
Em
Campinas (SP), 5 mil pessoas se reuniram pela manhã e mais de 10 mil na parte
da tarde para os protestos. Os manifestantes também já se dispersaram sem que
episódios de violência ou enfrentamento fossem registrados pela polícia. Na
capital paulista, a Polícia Militar informa que pelo menos 1 milhão de pessoas se reuniram na Avenida Paulista.
Na
Região Norte manifestantes também foram para as ruas. Em Manaus, 22 mil pessoas
se juntaram aos protestos, de acordo com a PM estadual. A passeata começou na
Praça do Congresso e seguiu pelas principais avenidas do centro da capital
amazonense. Em Belém, os manifestantes caminharam pelo centro da cidade até o
Theatro da Paz, um dos símbolos da capital paraense, também vestidos de verde e
amarelo e levando faixas com críticas ao governo Dilma e pedidos de impeachment da
presidenta.
No
Nordeste, foram registrados protestos no Recife, em Salvador, em Aracaju e em
outras capitais.
Em
Fortaleza, a manifestação se concentrou na Praça Portugal, na Aldeota,
bairro nobre da capital. A PM contabilizou 15 mil pessoas no protesto. Já a
organização do ato estimou em 20 mil pessoas. Assim como em outros locais
do país, a maioria dos participantes vestia roupas com as cores da bandeira
brasileira e levantavam faixas com frases de rejeição ao PT e à presidenta Dilma.
O ato seguiu pela Avenida Beira Mar, na Praia de Iracema, e terminou no Jardim
Japonês, na Avenida Beira-Mar, onde os participantes cantaram o Hino Nacional e
trechos da música Pra dizer que não falei das flores, de Geraldo Vandré,
considerada símbolo da resistência contra a ditadura militar.
No
Rio de Janeiro, a primeira grande manifestação do dia ocorreu na orla da Praia de Copacabana. A polícia não informou os
números oficiais, mas, segundo estimativa de organizadores, 15 mil pessoas
participaram do ato. As duas pistas da Avenida Atlântica chegaram a ser
fechadas no meio da manhã e a passeata recebeu apoio de moradores dos prédios
da orla.
À
tarde, o local escolhido para a concentração do protesto foi a Igreja da Candelária, no
centro do Rio. Duas pistas centrais da Avenida Presidente Vargas e a
confluência com a Avenida Rio Branco foram fechadas. Acompanhados por carros de
som, os manifestantes criticavam o governo e a corrupção. Também havia grupos
que defendem a volta dos militares ao poder e marchavam cantando hinos do
Exército Brasileiro.
Em
parte do país, as manifestações ocorreram pela manhã, como em Brasília, onde o protesto juntou 45 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios,
segundo estimativa oficial. Com faixas pedindo desde o fim da corrupção ao impeachment da
presidenta Dilma Rousseff, os manifestantes caminharam pela avenida e se
posicionaram em frente ao Congresso Nacional. Uma enorme bandeira do Brasil foi
estendida e os manifestantes cantaram o Hino Nacional. Algumas pessoas chegaram
a entrar no espelho d'água do prédio.
Imagem:
Manifestação contra o governo e a corrupção na Esplanda dos MinistériosJosé
Cruz/Agência Brasil
*Colaboraram
Mariana Jungmann e Luana Lourenço
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