Já
passa do meio-dia, tecnicamente já se deve dizer na saudação Boa Tarde! Está na
hora de tomar um aperitivo, um vermute. Boa ideia!
O
Expresso Curto chegou ao PG mais tarde. Aqueles rapazes devem ter adormecido. É
muito provável que tenham acompanhado a nossa nova avaria aqui no PG. Hoje foi
estranho, recebíamos mas não enviávamos nem sequer podíamos publicar no PG. Anda
tudo de rastos nesta Internet. A última que nos chegou por informação foi que os ratos andam a roer os cabos nas centrais. Pois é. Lisboa está repleta de
rataria. Ratos enormes, mesmo ratos. Além desses mamíferos que se reproduzem rapidamente
e às ninhadas temos outra espécie de rataria. Muito mais enormes. São mamíferos,
mamam que se fartam, andam em duas patas, engravatados, de colarinhos brancos, bons parladores, alguns são até doutores apesar de só terem o comprovante de
licenciamento universitário, outros são doutores mas conseguiram-no na trapaça.
Mas são doutores na mesma, são políticos, são deputados, abundam muito nos
partidos do Arco da Governação-Corrupção, ocupam os governos, a Presidência da
República e demais poderes que tramam o povinho e o país. Têm ainda a
particularidade de serem ratos amestrados dos banqueiros, do grande capital… Já
sabem quem são?
Sim.
São do estilo Miguel Relvas, Cavaco Silva, Passos Coelho, Paulo Portas, José Sócrates,
António Costa… Compreende-se que Costa, na Câmara Municipal de Lisboa, não ordene
a desratização de Lisboa. Ele não consegue tomar a decisão de envenenar os da
sua espécie.
Fora do contexto queremos fazer notar que o angolano Folha 8 está novamente KO, foi novamente ao tapete e quem quiser aceder não vai conseguir. Nem nós. Mais um ronde perdido. O que conta é chegar ao fim com os pontos a favor. Lá no Folha 8 estão fartos de levar porrada mas levantam-se sempre. Até parecem os Sempre-em-Pé. Existem e resistem. Podem contar com o regresso dos "malvados". Não tardam estão por aí novamente a denunciar o que está de errado em Angola e no mundo. Informaremos o que lhes está a acontecer logo que soubermos com exatidão. Eles já sabem que têm sempre o nosso apoio. Os amigos são para as ocasiões de aperto. Prossigamos com a conversa anterior.
Bem.
Já tomaram o vermute? Então já podem ir almoçar. Ou isso ou fazer de conta que
vão almoçar e passarem por debaixo da mesa…
Com a pobreza e a fome instalada e a instalar-se é ver os que trabalham, recebem de
ordenado uma miséria, mas não têm orçamento para almoçar. Trabalham e passam
fome. Sorte é jantarem. Se não jantam é uma carga de trabalhos para
adormecerem. Os roncos do estômago a pedir “qualquer coisinha” faz uma grande
barulheira. Depois, mesmo a dormirem mal, toca a levantar, a tirar as ramelas
com as pontas das unhas, porque lavar a cara não pode ser – a água está cortada
por falta de pagamento – vestir, pentear, apanhar o autocarro e passar sem
pagar (não há dinheiro) e… Viva! Novamente no trabalho! Com fome, mas não estão
desempregados, são é mal pagos. No fim do mês recebem uma miséria de ordenado e
até, muitas vezes, a dispensa do serviço. Toca a marchar para o desemprego. Por que agora nada é certo. O
habitual.
Mas
dizem os tais doutores da rataria que Portugal está melhor, que tem os cofres
cheios. Se assim é por que é que os portugueses estão pior, na miséria?
Tomem
lá o Expresso Curto, servido pelo diretor-adjunto do Expresso. Façam de conta
que almoçaram. Será que este Miguel sabe exatamente o que milhões de
portugueses andam a penar? Saberá por ver com olhos de ver ou só sabe o que as
estatísticas informam? Era tão útil que os jornalistas viessem para as ruas
verem e relatarem a miséria que passa…
Tarde
mas as boas horas. Obrigado Expresso. Vendam muito. Para não terem de passar
fome como mais de um terço dos portugueses. É a tal pobreza envergonhada e
escondida. Salazar foi assim que ensinou e a igreja católica, apostólica e
romana também. Em muitos portugueses este mal é genético. Chama-se cobardia. Por
isso votam em grande no Arco da Corrupção. Eles gostam de sofrer… para ganharem
o céu. Pobrete, mas alegrete. O caraças!
Redação
PG
Bom
dia, este é o seu Expresso Curto
Miguel
Cadete, diretor-adjunto
Sócrates
nas asas do desejo
Bom
dia! Aqui Miguel Cadete, um seu seguidor.
Eu quero um like! Outro seguidor. Uma partilha. Um retweet. Ser favorito. E não sou o único. As redes sociais instalaram a cultura da validação. Quem, entre nós, não quer mais seguidores, muitos likes, muitos retweets e outras tantas partilhas? Quero dizer, eu recomendo-me e agora vamos a votos! Não vos maço mais: hoje queremos que nos validem, recomendem e gostem de nós. Estamos longe da afirmação sonhadora do Maio de 68, da Internacional Situacionista ou do punk rock que entre meados de 60 e 80 fizeram vingar o direito à diferença. Hoje só queremos o direito à igualdade. E vem isto a propósito do artigo de Francisco Assis publicado ontem no Público com o título “A coragem de desagradar”, sobre a lista VIP e o acesso às contribuições fiscais que tanta tinta fez correr, depois dos artigos da revista "Visão". É de um “escasso amor pela liberdade”, diz, e de uma “doentia tendência para a confusão entre o valor primacial da igualdade e a sua forma degenerada que constitui o igualitarismo, vertiginosa atração por um discurso moralista de baixíssima qualificação ética” que afinal se trata.
É esse vórtice ordinário que continua a vir plasmado na capa de alguns jornais: “Lista negra dos devedores dispara nos últimos meses” ( Jornal de Notícias) ou “Milhões do Futebol nas Contas Secretas” (Correio da Manhã, sobre Sócrates e direitos televisivos). Eu cá vou pelo meu camarada Nicolau Santos que me assegura ser a primeira linha do Inferno ocupada por abstencionistas. Pois bem: sou pelo direito à diferença.
Talvez por isso, tenho um diabinho pousado no ombroesquerdo que me diz ter que falar da queda do avião da GermanWings. Andreas Lubitz, 28 anos, não disse nada mas arfava enquanto conduziu, durante oito minutos, o Airbus 320 com mais 149 pessoas a bordo contra o solo dos Alpes franceses. É o que se ouve na gravação captada no cockpit, já depois de o comandante ter sido deixado de fora para que o co-piloto despenhasse o avião e destruísse tudo o que ia com ele. Coragem de desagradar, também, mas sem que saibamos encontrar-lhe o sentido. Oito minutos em queda livre com o piloto e, por fim, os passageiros, a rogar clemência não revelaram até agora qualquer dever de lealdade. Nada, nem o terrorismo nos salva de entender. Quantos seguidores, quantos likes?
Já em Évora, a advogada de Carlos Santos Silva, o amigo de José Sócrates que também se encontra detido por fraude fiscal e branqueamento de capitais, acusou António José Morais de estar a pressionar a mulher do seu patrocinado para que este altere o seu depoimento, agora de maneira a comprometer o ex-primeiro-ministro. António José Morais, que entretanto foi constituído arguido, era professor de José Sócrates no polémico curso de Engenharia da Universidade Independente. Foi a revista Sábado que deu conta desta possível alteração na estratégia de defesa de Carlos Santos Silva que, até hoje tem corroborado os depoimentos de Sócrates. Na versão do ex-professor foi, porém, a mulher de Santos Silva quem demonstrou interesse nessa mudança: "Disse-me que não estava a gostar da estratégia de defesa que estava a ser seguida, que o marido estava a ser prejudicado. Pediu-me para ir falar com ele à prisão e tentar convencê-lo a mudar o depoimento que tinha feito." Sócrates em queda livre e, desta vez, sem romper o segredo de justiça. Mais notícias sobre a Operação Marquês surgiram ontem no Observador que anunciou a morte de Bart, o cão do juiz Carlos Alexandre, envenenado às mãos de quem também não queria mais likes.
OUTRAS NOTÍCIAS
Eu quero um like! Outro seguidor. Uma partilha. Um retweet. Ser favorito. E não sou o único. As redes sociais instalaram a cultura da validação. Quem, entre nós, não quer mais seguidores, muitos likes, muitos retweets e outras tantas partilhas? Quero dizer, eu recomendo-me e agora vamos a votos! Não vos maço mais: hoje queremos que nos validem, recomendem e gostem de nós. Estamos longe da afirmação sonhadora do Maio de 68, da Internacional Situacionista ou do punk rock que entre meados de 60 e 80 fizeram vingar o direito à diferença. Hoje só queremos o direito à igualdade. E vem isto a propósito do artigo de Francisco Assis publicado ontem no Público com o título “A coragem de desagradar”, sobre a lista VIP e o acesso às contribuições fiscais que tanta tinta fez correr, depois dos artigos da revista "Visão". É de um “escasso amor pela liberdade”, diz, e de uma “doentia tendência para a confusão entre o valor primacial da igualdade e a sua forma degenerada que constitui o igualitarismo, vertiginosa atração por um discurso moralista de baixíssima qualificação ética” que afinal se trata.
É esse vórtice ordinário que continua a vir plasmado na capa de alguns jornais: “Lista negra dos devedores dispara nos últimos meses” ( Jornal de Notícias) ou “Milhões do Futebol nas Contas Secretas” (Correio da Manhã, sobre Sócrates e direitos televisivos). Eu cá vou pelo meu camarada Nicolau Santos que me assegura ser a primeira linha do Inferno ocupada por abstencionistas. Pois bem: sou pelo direito à diferença.
Talvez por isso, tenho um diabinho pousado no ombroesquerdo que me diz ter que falar da queda do avião da GermanWings. Andreas Lubitz, 28 anos, não disse nada mas arfava enquanto conduziu, durante oito minutos, o Airbus 320 com mais 149 pessoas a bordo contra o solo dos Alpes franceses. É o que se ouve na gravação captada no cockpit, já depois de o comandante ter sido deixado de fora para que o co-piloto despenhasse o avião e destruísse tudo o que ia com ele. Coragem de desagradar, também, mas sem que saibamos encontrar-lhe o sentido. Oito minutos em queda livre com o piloto e, por fim, os passageiros, a rogar clemência não revelaram até agora qualquer dever de lealdade. Nada, nem o terrorismo nos salva de entender. Quantos seguidores, quantos likes?
Já em Évora, a advogada de Carlos Santos Silva, o amigo de José Sócrates que também se encontra detido por fraude fiscal e branqueamento de capitais, acusou António José Morais de estar a pressionar a mulher do seu patrocinado para que este altere o seu depoimento, agora de maneira a comprometer o ex-primeiro-ministro. António José Morais, que entretanto foi constituído arguido, era professor de José Sócrates no polémico curso de Engenharia da Universidade Independente. Foi a revista Sábado que deu conta desta possível alteração na estratégia de defesa de Carlos Santos Silva que, até hoje tem corroborado os depoimentos de Sócrates. Na versão do ex-professor foi, porém, a mulher de Santos Silva quem demonstrou interesse nessa mudança: "Disse-me que não estava a gostar da estratégia de defesa que estava a ser seguida, que o marido estava a ser prejudicado. Pediu-me para ir falar com ele à prisão e tentar convencê-lo a mudar o depoimento que tinha feito." Sócrates em queda livre e, desta vez, sem romper o segredo de justiça. Mais notícias sobre a Operação Marquês surgiram ontem no Observador que anunciou a morte de Bart, o cão do juiz Carlos Alexandre, envenenado às mãos de quem também não queria mais likes.
OUTRAS NOTÍCIAS
Teixeira dos Santos no Montepio. A notícia é da SIC, mais tarde repetida noutros órgãos de informação. O ex-ministro das Finanças de José Sócrates será o próximo presidente executivo da instituição, substituindo Tomás Correia, que passa a dirigir o conselho geral de supervisão. A indicação de Teixeira dos Santos sucede depois da separação da gestão da caixa económica e da associação mutualista, de acordo com o Jornal de Negócios. Outros diriam ser o banco bom e o banco mau.
Amanhã, a Revista do Expresso divulga em rigoroso exclusivo a última sessão fotográfica de Herberto Helder. O poeta abriu as portas da sua casa, em Cascais, ao fotógrafo Alfredo Cunha, um mês antes de morrer; ou, para sermos mais rigorosos: foi no dia 19 de fevereiro de 2015 que Herberto Helder se deixou fotografar, algo que não sucedia há muito. Manuel Alberto Valente, o editor dos seus últimos livros, o jornalista Luís Pedro Nunes e Alfredo Cunha estiveram então com Herberto Helder para uma curta sessão que não durou mais de 15 minutos e na qual o Poeta se fazia acompanhar pela sua mulher, Olga. São essas imagens que o Expresso divulga na edição em papel de amanhã (e também na sua edição digital), junto com textos de Clara Ferreira Alves, Tolentino Mendonça, Pedro Mexia e Ana Cristina Leonardo. Uma entrevista em Paris a Sebastião Salgado, por Jorge Calado, nas vésperas da abertura da sua exposição na Cordoaria Nacional também faz parte desta edição da Revista E.
A fama de Mariana Mortágua chegou ao Bloomberg. A deputada do Bloco de Esquerda, que se tem distinguido na Comissão Parlamentar Interbancária que investiga o caso BES pelo seu empenho e argúcia tem sido elogiada amiúde nos meios portugueses. Agora chegou à imprensa internacional e logo a um bastião da comunicação social dedicada à informação financeira e económica (isto é, ao capitalismo). Além da dureza das questões que coloca a quem vai testemunhar à Comissão, no Bloomberg destaca-se também o vestuário desportivo de Mariana, que diz ser vista a deambular em torno do Parlamento calçada com ténis Converse All Star. A filha de Camilo Mortágua, militante da LUAR e amigo de José Afonso, fez crescer a audiência do Canal Parlamento. Dados da auditora GfK citados no artigo do Bloomberg dizem que os índices subiram 45% nos dois primeiros meses deste ano face ao período homólogo de 2014. Um dos seus vídeos conta mais de 200 mil visualizações no YouTube e a sua página no Facebook já não aceita mais amigos.
A ERC demonstrou dúvidas sobre a nomeação de Daniel Deusdado para diretor de programas da RTP. A equipa apresentada pela nova gestão (Gonçalo Reis, Nuno Artur Silva e Cristina Vaz Tomé) propôs novos elementos para (quase) todas as direções mas o nome de Deusdado está a gerar alguma controvérsia, segundo o Público, por ser proprietário, com a sua mulher, de duas produtoras, a Farol de Ideias e a Pequeno Farol. A mesma questão surgiu com Nuno Artur Silva, que tinha uma participação nas Produções Fictícias, mas este acabou por a vender depois de aceitar o cargo na RTP. No caso de Deusdado, tal é mais complicado pois a sua mulher também é proprietária da produtora, o que é agravado pelo regime de bens que adotaram no casamento. É a possibilidade de favorecer as suas produtoras que preocupa a ERC.
O Papa Francisco vai visitar Barack Obama no próximo mês de setembro. A vista do Sumo Pontífice à Casa Branca foi ontem anunciada. Ambos conversarão, a 23 desse mês, sobre os "valores que partilham" disse fonte da Casa Branca ao revelar a visita que levará Francisco aos Estados Unidos da América. O Papa também irá ao Congresso, além de visitar Nova Iorque e Filadélfia naquela que é a sua primeira viagem aos EUA durante o seu pontificado.
FRASES
"Convidei-vos para anunciar que nós terminámos a nossa carreira, depois de longos anos e de muitos sucessos e também insucessos. Já chorei muito, já ri muito, mas principalmente rimos muito. Vivemos juntos grandes momentos". Naide Gomes em conferência de imprensa, ao lado do seu treinador Abreu Matos. Só faltou uma medalha olímpica.
"Não tenho qualquer razão para não ter confiança no senhor secretário de Estado". Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças, no Parlamento, enquanto defendia Paulo Núncio a propósito do imbróglio da Lista VIP.
O QUE ANDO A LER
As memórias de Kim Gordon, a baixista dos Sonic Youth, que entretanto implodiram, depois de o casal que formava com o guitarrista Thurston Moore se ter separado com estrondo (e ruído, claro) nos meandros da música popular. Não, esta não é mais uma biografia rock devidamente transformada
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