O
Governo angolano aprovou um investimento privado para a prospeção de metais
raros e preciosos nas províncias do Huambo e do Bié, no centro do país, que se
poderá prolongar por sete anos.
A
informação consta de um despacho assinado pelo ministro das Geologia e Minas de
Angola, Francisco Queiroz, de 06 de maio e ao qual a Lusa teve hoje acesso,
documento que autoriza o contrato de investimento celebrado pela concessionária
nacional para o setor mineiro, Ferrangol, e os investidores privados da Ozango
Minerais.
A
atividade de prospeção será desenvolvida numa superfície aproximada de 3.670
quilómetros quadrados, entre os municípios da Caála, Longonjo, Katabola e
Ukama, nas províncias do Huambo e do Bié.
Uma
vez concluída a fase de prospeção e avaliação, que decorrerá num período de
entre cinco a sete anos, seguir-se-á, caso haja interesse do grupo privado e
autorização do Estado, a fase de exploração, cujos direitos mineiros poderão
permitir a atividade até 35 anos, estabelece o mesmo despacho.
A
implementação do Programa de Diversificação da Indústria Mineira, recorda o
documento, insere-se nas prioridades de governação em Angola até 2017, numa
altura em que as receitas angolanas continuam centradas no setor do petróleo.
Em
setembro último, numa entrevista à agência Lusa, em Luanda, o ministro da
Geologia e Minas afirmou que a produção industrial de ouro e outros metais
preciosos no país, atualmente com projetos em fase de prospeção, deverá
arrancar depois de 2017.
De
acordo com Francisco Queiroz, o levantamento geológico-mineiro que está em
curso em todo o país vai também permitir obter "muita informação"
sobre localização potencial de ouro em Angola.
"O
ouro será seguramente um dos minerais que vai surgir no mapa geológico de
Angola, entre outros", apontou, admitindo que o país tem o objetivo de se
tornar "num dos principais" produtores no continente africano.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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