O
ex-presidente cubano Fidel Castro afirma que a Rússia e a China constituem
"um escudo poderoso da paz e segurança mundial" que pode contribuir
para travar os perigos que ameaçam os seres humanos, num artigo divulgado hoje.
No
texto intitulado ‘O nosso direito a ser marxistas-leninistas’, publicado em
meios oficiais cubanos, Castro aborda temas como a comemoração na Rússia do
70.º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazi, as guerras mundiais do
século passado, o papel soviético na Segunda Guerra Mundial e os problemas de
sobrevivência que a humanidade enfrenta.
O
líder da revolução cubana refere a "sólida aliança" entre os povos da
Rússia e da China e sustenta: "Ambos os países com a sua estreita
colaboração, a sua avançada ciência e os seus poderosos exércitos e valentes
soldados constituem um escudo poderoso da paz e segurança mundial, para que a
vida da nossa espécie possa ser preservada".
Preocupado
com o crescimento populacional e com ameaças como "a falta de água e de
alimentos para milhares de milhões de pessoas num curto espaço de tempo",
Fidel defende que "a saúde física e mental e o espírito de solidariedade
são normas que devem prevalecer ou o destino do ser humano (...) estará perdido
para sempre".
Castro
considera ainda que milhões de cientistas "poderiam (...) aumentar as
possibilidades de sobrevivência da espécie humana, já ameaçada",
lamentando que apenas se fale da chegada à Europa Ocidental de "um rio de
migrantes africanos, do continente colonizado pelos europeus durante centenas
de anos".
Numa
altura em que o seu irmão o presidente Raul Castro se encontra na Rússia para
assistir às celebrações dos 70 anos da vitória na Segunda Guerra Mundial, Fidel
exprime a propósito "profunda admiração pelo heroico povo soviético que
prestou à humanidade um serviço colossal".
"Os
27 milhões de soviéticos que morreram na Grande Guerra Patriótica (como é
designado na Rússia o período da Segunda Guerra Mundial desde a invasão da URSS
pelos nazis em junho de 1941) morreram também pela humanidade e pelo direito a
pensar e ser socialista, ser marxista-leninista, ser comunista e sair da pré-história",
assinala.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
Sem comentários:
Enviar um comentário