Missão
sem precedentes prevê envio de navios e aviões de guerra à costa líbia.
Traficantes de pessoas serão monitorados, e suas embarcações, destruídas.
Aprovação do Conselho de Segurança da ONU é necessária.
Ministros
europeus de Defesa e do Exterior se reúnem nesta segunda-feira (18/05) em
Bruxelas para finalizar os detalhes da operação militar para combater o tráfico
de imigrantes no Mar Mediterrâneo.
A
ambiciosa missão da União Europeia terá início já em junho e prevê o envio de
navios de guerras e aviões para a costa da Líbia, ponto de partida da grande
maioria dos navios abarrotados de refugiados.
Segundo
autoridades europeias, a operação militar terá várias fases. No início, serão
utilizados todos os instrumentos disponíveis, como satélites de reconhecimento
para identificar as atividades dos contrabandistas na Líbia. Em seguida, para
evitar o transporte de imigrantes, os navios serão confiscados e destruídos.
Antes
da reunião, a ministra alemã de Defesa, Ursula von der Leyen, afirmou que a
maior prioridade é "o resgate de imigrantes em perigo no mar". Ela
frisou que espera progresso significativos para resolver o problema após o
encontro.
Entretanto,
a UE depende da autorização do Conselho de Segurança da ONU para poder por em
prática a missão militar contra os traficantes de pessoas. Segundo o
secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, a organização está pronta para
ajudar.
Stoltenberg
alertou também que combatentes do grupo terrorista "Estado Islâmico"
(EI) podem se esconder entre os migrantes para chegar à Europa.
A
operação se chamará UE Navfor Med e terá sede em Roma. Segundo a
agência de notícias AFP, o líder deve ser o contra-almirante italiano Enrico
Credendino. Vários países europeus, como Espanha, Alemanha, França, Itália e
Reino Unido, prometeram enviar navios de guerra para o programa.
A
operação faz parte de um programa mais amplo da UE para combater o tráfico de
migrantes, anunciado na semana passada pelo presidente da Comissão Europeia,
Jean-Claude Juncker.
A
medida prevê ainda cotas obrigatórias de distribuição de refugiados entre os 28
países-membros do bloco. A proposta provocou protestos em países como Polônia,
Hungria e República Checa. O Reino Unido e a Espanha rejeitam as cotas.
Nos
últimos 18 meses, mais de 5 mil migrantes morreram ao tentar chegar à Europa
através do Mediterrâneo. A maioria deles fugia da violência na Síria.
Deutsche Welle - CN/afp/dpa/epd/rtr
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