domingo, 5 de julho de 2015

PELA GRÉCIA, CONTRA OS CHANTAGISTAS DA UE




Faltam breves minutos para o encerramento das urnas de voto na Grécia, Página Global esteve em contacto com um eleitor grego, Anapoulos, que nos fez o ponto da situação relativamente a Atenas. Ele afirma que mais de 50 por cento dos eleitores já votaram - para validar o referendo é necessário que o mínimo de 40 por cento votem. Declarou ainda que está otimista acerca da vitória do OXI (o não), que "mesmo por uma curta margem sairá vencedor". Aliás, Anapoulos é defensor do OXI (NÃO) e tem por convicção que após o resultado desta votação ser conhecido e o OXI vencer nada de muito pior pode acontecer na Grécia. "Será até muito mais salutar para a nossa economia abandonar o euro e regressar ao dracma. Levará alguns anos a restabelecermos a normalidade mas será muito mais fácil para todos os gregos que há cinco anos andam a sobreviver miseravelmente às ordens da União Europeia."

Sobre a Grécia reservamos para mais tarde a informação e declarações de interesse que considerarmos podermos trazer aqui ao Página Global. Por agora traremos algumas curtas informações que possam suscitar interesse. As fontes estarão devidamente identificadas no final das compilações. Se desejar ampliar as fotos deverá clicar na pretendida.

Redação PG



Assessor de Samaras usa foto de 2013 para insinuar fraude no referendo

Terminada a campanha, alguns apoiantes do ‘SIM’ tentam agora questionar a validade do referendo. É o caso de George Mouroutis, assessor do ex-primeiro-ministro da Nova Democracia, que “denunciou” os milhares de eleitores que o ‘Não’ estava a trazer da Turquia. Quem viu a foto desconfiou dela por as pessoas estarem tão agasalhadas. Logo em seguida, foi encontrada uma foto semelhante, tirada na mesma altura, em 2013. As acusações de falsificação levaram o assessor de Samaras a apagar o tweet sem pedir desculpa.

InfoGrécia



Jerónimo acusa UE de querer obrigar povo da Grécia a "ajoelhar"

Sábado à noite, em Viana do Castelo, o líder do PCP fez questão de dizer que os gregos já pagaram a crise com os salários, as pensões, os serviços de saúde e a proteção social.

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou a União Europeia de querer "mandar na Grécia" e obrigar o povo daquele país a "ajoelhar", manifestando solidariedade para com os trabalhadores daquele país.

Falando em Viana do Castelo sábado à noite, num jantar de apresentação de Ilda Figueiredo como cabeça-de-lista da CDU às eleições legislativas por aquele círculo, Jerónimo de Sousa sublinhou que o povo da Grécia "já pagou com 'língua de palmo' nos seus salários, nas pensões, nos serviços de saúde e na proteção social".

"Querem agora obrigar um povo a ajoelhar, querem obrigar um povo a humilhar-se, dizendo 'não aceitamos as vossas propostas, porque queremos continuar a cortar nos salários, queremos continuar a cortar nas reformas e nas pensões. Queremos mandar na Grécia'. É esta a solidariedade, é este o princípio da coesão?", questionou.

Por isso, disse que, "independentemente do resultado" do referendo de domingo na Grécia, a solidariedade da CDU é com os trabalhadores e o povo daquele país e não com a União Europeia, "que já mostrou a sua verdadeira face".

Lusa, em TSF





Emigrantes gregos regressam ao país para votar

Milhares de cidadãos gregos que vivem fora do país mobilizaram-se nos últimos dias para viajar para a Grécia e poderem votar no referendo deste domingo. Houve até quem antecipasse a viagem de férias.

Segundo o "El Pais", as companhias aéreas agendaram voos adicionais e encareceram o preço dos bilhetes na sequência da forte procura por parte dos emigrantes gregos que pretendiam regressar ao país para votar no referendo.

Konstantinos Dimitriou, um gestor que trabalha em Singapura, embarcou num voo no sábado e fez uma viagem de 19 horas para chegar a Atenas a tempo de votar "Sim" e aceitar o acordo dos credores internacionais que negoceiam com o governo de Alexis Tsipras. "Todas as oportunidades que tive para melhorar a vida ocorreram em grande parte devido à relação da Grécia com a Europa", sublinhou, citado pela edição online do jornal espanhol.

O padrinho de casamento de Konstantinos também viajou desde Nova Iorque (Estados Unidos) para votar em Atenas, assim como dois amigos do gestor que vivem em Dublin (Irlanda) e na Suécia.

Mas o custo da viagem não está ao alcance de todas as bolsas. Um voo de última hora entre Nova Iorque e Atenas ronda os 1300 euros em classe económica e a partir de 5000 euros em classes superiores. E como o referendo só foi marcado há uma semana não houve hipótese de aproveitar promoções.

Endy Zemenides, diretor do conselho de líderes greco-americanos, revelou que muitos gregos a residir nos Estados Unidos aproveitaram o facto de nesta época de férias ser costume viajarem ao seu país natal e anteciparam a viagem (e as férias) para poderem votar.

Jornal de Notícias





Bandeira grega subiu ao Castelo de São Jorge

As ações de solidariedade com a Grécia prosseguem por toda a Europa. Este domingo, um grupo de ativistas do movimento “Eu Não me Vendo” colocou a bandeira da Grécia no cimo do Castelo de São Jorge, em Lisboa.

InfoGrécia




Se o "não" vencer Grécia terá de arranjar uma nova moeda

A convicção foi manifestada pelo presidente do Parlamento Europeu numa entrevista a uma rádio alemã. O governo grego, por seu turno, continua a insistir numa mensagem de esperança para a Europa

O presidente do Parlamento Europeu diz que a Grécia vai ter de arranjar uma nova moeda caso o "não" vença o referendo deste domingo.

Durante uma entrevista à rádio alemã Deutschlandfunk , Martin Schulz lembrou que a partir do momento em que é introduzida uma nova moeda, o país tem de sair da zona euro. Por isso, o presidente do Parlamento europeu diz acreditar que os gregos vão votar sim no referendo.

As declarações de Martin Schulz surgem no mesmo dia em que o ministro das Finanças grego diz que moeda única e democracia são compatíveis.

Depois de vota em Atenas, Yanis Varoufakis transmitiu hoje uma mensagem europeísta ao afirmar que o referendo pode demonstrar que "a moeda única e a democracia são compatíveis entre si".

O ministro, que foi votar na companhia do seu pai, classificou a tarefa de hoje dos gregos como "um momento sagrado, um momento de esperança para a Europa", no qual se demonstra que "a moeda única e a democracia podem coexistir".

Nos últimos dias, Yanis Varoufakis deixou claro repetidamente que, se não vencer o 'Não' no referendo, se demite imediatamente.

TSF - Publicado hoje às 16:34

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