A
Assembleia Nacional Popular (ANP) da Guiné-Bissau vai reunir esta segunda-feira
a partir das 10:00 (11:00 de Lisboa) numa sessão extraordinária para discutir a
situação política do país, disse ontem à Lusa fonte parlamentar.
O
Parlamento guineense já se encontrava de férias, mas o presidente do órgão,
Cipriano Cassamá, convocou a sessão após uma reunião da Comissão Permanente da
ANP.
A
discussão acerca da situação política do país é o único ponto da ordem de
trabalhos.
O
Presidente da República, José Mário Vaz, demitiu no dia 12 o Governo de
Domingos Simões Pereira (presidente do PAIGC) e escolheu na quinta-feira Baciro
Djá como primeiro-ministro.
Apesar
de não ter sido indicado pelo partido que venceu as últimas eleições, o PAIGC,
Vaz justificou a nomeação com o facto de Baciro Djá ser vice-presidente daquela
força política e ter sido diretor da campanha eleitoral em 2014, o que
considera fazer dele um profundo conhecedor das promessas eleitorais.
Baciro
Djá também acompanhou a campanha de José Mário Vaz, chefe de Estado eleito
igualmente pelo PAIGC nas eleições presidenciais gerais (legislativas e
presidenciais) de 2014.
O
partido, bem como diversas organizações da sociedade civil, consideram as decisões
de José Mário Vaz inconstitucionais e pretendem avançar com ações judiciais
para destituir o Presidente da República.
No
encontro de sexta-feira, a Comissão Permanente da ANP condenou igualmente a
nomeação e posse do novo primeiro-ministro.
A
bancada do PAIGC tem maioria no Parlamento, com 57 dos 102 deputados.
O
Partido da Renovação Social (PRS) tem 41 parlamentares, o Partido da
Convergência Democrática (PCD) elegeu dois deputados, o Partido da Nova Democracia
(PND) tem um lugar, assim como o União para a Mudança (UM).
Durante
as consultas do Presidente às forças partidárias antes de demitir o Governo,
todas apelaram ao diálogo para evitar uma crise política.
LFO/MB
// APN – Lusa, com atualização PG
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