Mário Motta, Lisboa
Faz
eco na comunicação social, também no Expresso. A lábia de Passos Coelho, a sua
medonha hipocrisia, a sua perigosidade na chefia de um governo, está patente e à
vista dos portugueses que tenham os cinco alqueires bem medidos. Repare-se o
que ele disse ontem à noite em Vila Real: “Só conseguiremos realmente atingir os nossos objetivos se não andarmos a dividir o país”, disse esta noite o líder
do PSD, em Vila Real”.
É
preciso ter lata e todo o descaramento do mundo para proferir estas palavras. Passos tem sido o que mais tem dividido os portugueses e Portugal. Dividiu o país
vendendo em preços de saldos empresas estratégicas. Tem vendido ao desbarato
tudo que consegue e lhe dá na real gana. Dividiu os portugueses ainda mais, aumentando
o fosso entre pobres e ricos, entre novos e velhos, entre trabalhadores do
setor público e do privado, etc., etc., etc. O rol é extenso.
Vem
agora fazer-se de esquecido daquilo que dividiu para reinar e faz uma declaração
destas, sem pejo. O homem, este político, é um salafrário de alto calibre. Um
individuo extremamente perigoso, que nunca devia ter sido eleito para arrasar
ainda mais Portugal, para o dividir e vender ao desbarato, encorpando um
traidor à Pátria numa aura de absoluto mentiroso-mor de um bando que tem vindo
a chefiar ao longo destes últimos quase quatro anos.
Fazendo
o balanço do desempenho do cargo que Passos Coelho assumiu ao longo deste
período tão doloroso para os portugueses, rememorando as suas declarações, as
suas enormes mentiras, a sua demonstrada preferência pela proteção denodada aos
banqueiros e a outros seus comparsas de caráter duvidoso (Dias Loureiro p.ex.),
entre tantas do imenso rol, não será admissível que os portugueses o reelejam e
se disponham a andar a penar por mais quatro anos, vendo Passos e a sua trupe a
desbaratar o que resta de valor em Portugal, levando-nos a fugir, a emigrar,
para sobrevivermos.
Aos
velhos e mais debilitados socialmente e na saúde restou morrerem aos magotes em
hospitais sem condições e apinhados de doentes nos corredores e por tudo que
era sítio e onde coubesse uma cama. A isso devia chamar-se assassínio coletivo –
talvez para reduzir as verbas destinadas às reformas. Quem perdeu os seus entes
queridos jamais se esquecerá disto. Não por acaso, ao ministro da Saúde, Paulo
Macedo, foi-lhe destinado o epíteto de Doutor Morte. E a Passos, principal
responsável de tais políticas pró-mortes, que epíteto lhe caberá?
É
certo que Paulo Portas e Cavaco Silva não são melhores pestes que Passos,
contudo não são tão insistentemente descarados, doentios e perigosos.
Vade
retro!
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