Em
entrevista concedida à emissora norte-americana CNN, a presidenta Dilma
Rousseff afirmou que as tentativas da oposição de abertura de um processo de
impeachment representam uma ameaça à democracia brasileira.
Dilma
lamentou que a polarização política das eleições de 2014 tenha continuado com a
mesma intensidade após sua vitória, indicando falta de maturidade nas relações
da oposição com o governo.
–
Temos que ter muito cuidado com isso porque ainda temos uma democracia, eu
diria, adolescente – disse a presidenta na entrevista que foi exibida neste
domingo pela emissora norte-americana e gravada no final de setembro, durante a
passagem da presidenta por Nova York para participar da Assembleia Geral da
ONU.
A
entrevista ressaltou a história de luta da presidenta contra a ditadura e os
anos em que foi presa e torturada. Dilma salientou que se considera parte da
trajetória do Brasil da ditadura à democracia, enfatizando que o importante foi
sair de experiências duras como a tortura “sem ódio”.
Sobre
a economia, Dilma enfatizou que o “maior valor que nós conquistamos nesse
período foi transformar o Brasil numa economia de classe média com um grande
mercado consumidor”. Ela salientou que na última década 36 milhões de
brasileiros saíram da pobreza e 40 milhões ascenderam à classe média.
Dilma
voltou a afirmar que a crise
econômica que passa o país é uma travessia que embora seja uma
“experiência dolorosa”, a crise deve ser usada para avançar nas reformas que
serão decisivas para o crescimento.
Durante
viagem oficial à Finlândia, neste mês, a presidenta Dilma Rousseff disse que o
seu governo não está envolvido em esquema de corrupção e evitou comentar
declaração feita na segunda-feira pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de
que o governo brasileiro está envolvido no maior escândalo de corrupção no
mundo.
–
Primeiro, não vou comentar palavras do presidente da Câmara. Segundo, meu
governo não está envolvido em nenhum escândalo de corrupção. Não é o meu
governo que está sendo acusado atualmente – disse em entrevista coletiva na
Finlândia.
Ao
ser questionada se a Petrobras é uma empresa de seu governo, a presidenta
respondeu que “não é a empresa Petrobras que está envolvida no escândalo. São
pessoas que praticaram corrupção e elas estão presas”.
Para
ela, o objetivo da oposição é inviabilizar a ação do governo, mas essa ação não
será inviabilizada “faça ela quantos pedidos de impeachment fizer”.
Correio
do Brasil com Vermelho – de Brasília
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