segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Brasil. DILMA FALA SOBRE AMEAÇA À DEMOCRACIA EM ENTREVISTA À CNN



Em entrevista concedida à emissora norte-americana CNN, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que as tentativas da oposição de abertura de um processo de impeachment representam uma ameaça à democracia brasileira.

Dilma lamentou que a polarização política das eleições de 2014 tenha continuado com a mesma intensidade após sua vitória, indicando falta de maturidade nas relações da oposição com o governo.

– Temos que ter muito cuidado com isso porque ainda temos uma democracia, eu diria, adolescente – disse a presidenta na entrevista que foi exibida neste domingo pela emissora norte-americana e gravada no final de setembro, durante a passagem da presidenta por Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU.

A entrevista ressaltou a história de luta da presidenta contra a ditadura e os anos em que foi presa e torturada. Dilma salientou que se considera parte da trajetória do Brasil da ditadura à democracia, enfatizando que o importante foi sair de experiências duras como a tortura “sem ódio”.

Sobre a economia, Dilma enfatizou que o “maior valor que nós conquistamos nesse período foi transformar o Brasil numa economia de classe média com um grande mercado consumidor”. Ela salientou que na última década 36 milhões de brasileiros saíram da pobreza e 40 milhões ascenderam à classe média.

Dilma voltou a afirmar que a crise econômica que passa o país é uma travessia que embora seja uma “experiência dolorosa”, a crise deve ser usada para avançar nas reformas que serão decisivas para o crescimento.

Durante viagem oficial à Finlândia, neste mês, a presidenta Dilma Rousseff disse que o seu governo não está envolvido em esquema de corrupção e evitou comentar declaração feita na segunda-feira pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de que o governo brasileiro está envolvido no maior escândalo de corrupção no mundo.

– Primeiro, não vou comentar palavras do presidente da Câmara. Segundo, meu governo não está envolvido em nenhum escândalo de corrupção. Não é o meu governo que está sendo acusado atualmente – disse em entrevista coletiva na Finlândia.

Ao ser questionada se a Petrobras é uma empresa de seu governo, a presidenta respondeu que “não é a empresa Petrobras que está envolvida no escândalo. São pessoas que praticaram corrupção e elas estão presas”.

Para ela, o objetivo da oposição é inviabilizar a ação do governo, mas essa ação não será inviabilizada “faça ela quantos pedidos de impeachment fizer”.

Correio do Brasil com Vermelho – de Brasília

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