Numa
comunicação ao país, o Presidente da República adiantou que o novo governo a
ser formado deve ser "estável e duradouro", lembrou que este é
"o tempo do compromisso" e recusa substituir-se aos partidos.
O
Presidente da República anunciou esta terça que encarregou o líder do PSD de
desenvolver diligências para avaliar as possibilidades da constituição de uma
"solução governativa que assegure a estabilidade política e a
governabilidade do país".
"Tendo
em conta os resultados das eleições para a Assembleia da República, em que
nenhuma força política obteve uma maioria de mandatos no Parlamento,
encarreguei o Dr. Pedro Passos Coelho de desenvolver diligências com vista a
avaliar as possibilidades de constituir uma solução governativa que assegure a
estabilidade política e a governabilidade do país", afirmou o chefe de
Estado, numa comunicação ao país.
Lembrando
os "complexos desafios" que o país enfrenta, Cavaco Silva apontou
algumas condições a cumprir pelo novo Governo, considerando que deverá dar
garantias firmes de que respeitará os compromissos internacionais assumidos
pelo Estado e as grandes opções estratégicas adotadas pelo país "desde a instauração
do regime democrático e sufragadas, nestas eleições, pela esmagadora maioria
dos cidadãos".
Cavaco
Silva defendeu que é fundamental que o novo governo seja "estável e
duradouro" e reiterou que não se substituirá aos partidos no processo de
formação do Governo.
"Portugal
necessita, neste momento da nossa história, de um governo com solidez e
estabilidade. Este é o tempo do compromisso. O país tem à sua frente um novo
ciclo político, em que a cultura do diálogo e da negociação deve estar sempre
presente", afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva.
Na
curta comunicação ao país que fez esta noite, Cavaco Silva disse confiar que
"as forças partidárias vão colocar em primeiro lugar o superior interesse
de Portugal" e insistiu que é fundamental que, depois das escolhas feitas
no domingo pelos portugueses nas eleições legislativas - que deram a vitória à
coligação PSD/CDS-PP - "seja agora formado um governo estável e
duradouro".
TSF
com Lusa
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