"Em
breve, este Governo empossado será substituído"
O
XX Governo Constitucional tomou posse esta sexta-feira no Palácio da Ajuda, em
Lisboa.
O
líder da bancada parlamentar do PS, Carlos César comentou o facto de a
coligação Portugal à Frente (PàF) ter assumido funções esta sexta-feira.
"O
PS tem consciência da situação que o país hoje atravessa. E, por isso, não pode
deixar de subscrever algumas considerações feitas pelo Presidente da República.
Desde logo o reconhecimento das fragilidades económicas, sociais e financeiras
que o nosso país atravessa que contrastam com a propaganda eleitoral da
Direita", afirma.
Carlos
César diz ainda concordar com o discurso de Cavaco Silva quanto aos
compromissos europeus. "Não deixamos também de subscrever a ideia no que
concerne à necessidade do Governo que vier a ser constituído estar em
compromisso com os ideais europeus", assegura.
"O
nosso país sem estabilidade não tem governabilidade", garante.
Para
o socialista, "o Governo que hoje foi empossado tem um potencial de
instabilidade e tem o vírus da sua incapacidade de promoção de uma maioria
parlamentar".
Relativamente
ao acordo que o PS tem vindo a discutir com a Esquerda (PCP e Bloco de Esquerda),
Carlos César explica que as negociações ainda estão a decorrer. "Temos
vindo a trabalhar na existência de um acordo que garanta uma maioria
estável".
"Aquilo
que hoje posso dizer é que os esforços que temos vindo a desenvolver estão a
caminhar bem. Em breve, este Governo empossado será substituído. Muito em breve
teremos condições para recuperar a estabilidade política", admite.
"O
PS não deixa o país sem governo e portanto, se este governo for derrubado será
substituído por uma alternativa", remata.
Notícias
ao Minuto
Cavaco
fez "um louvor ao governo santo"
Presidente
da República apelou ao diálogo do PSD/CDS com os restantes partidos.
Marisa
Matias foi muito crítica em relação ao discurso do Presidente da República na
cerimónia de tomada de posse do novo Governo.
A
candidata à Presidência da República pelo Bloco de Esquerda assumiu que “o
Presidente tem toda a legitimidade formal e política para dar posse a Passos
Coelho, mas mais uma vez aproveitou esta ocasião para fazer um louvor ao
governo santo”.
Desta
forma, entende a bloquista que a função do “árbitro da democracia em Portugal,
como é o caso do Presidente, seria perfeitamente dispensável”.
“Lamento
que o Presidente tenha feito um discurso de costas voltadas para o país e os
problemas concretos que os portugueses vivem”, acrescentou Marisa Matias,
frisando que “a rejeição ou aprovação” deste Executivo não está nas mãos do
chefe de Estado mas da Assembleia da República.
Notícias
ao Minuto
Cavaco
promove "discussão política alheada da realidade"
Para
o líder parlamentar do PCP, as palavras de Passos Coelho no seu discurso de
tomada de posse mostram que, quando o Governo cair, este tenciona culpar a
Esquerda pelo seu fracasso.
João
Oliveira que o discurso de Cavaco Silva durante a tomada de posse do novo
Governo provam que a forma com que o Presidente da República encara as
necessidades dos portugueses são uma "falácia".
"É
cada vez mais clara a extensão e dimensão da responsabilidade [de Cavaco] pela
instabilidade que criou no país ao decidir indigitar Passos Coelho para formar
Governo", apontou o líder parlamentar do PCP.
"Aquilo
que é preciso é uma solução que corresponda aos problemas dos portugueses e
retire o país do afundamento em que se encontra", o que não pode ser dado
por um Governo de Direita sem maioria absoluta, considera João Oliveira.
"Também remeter
para uma referência em abstrato sobre compromissos internacionais [...] é
procurar fazer uma discussão política alheada da realidade do pais",
disse em declarações aos jornalistas no Parlamento.
Quanto
ao discurso do primeiro-ministro hoje empossado prova que "a propaganda
que o PSD e CDS quanto recuperação do país afinal era uma propaganda
mentirosa" e que, "perante a seria probabilidade do fracasso"
deste Governo, "Passos Coelho começa já a preparar a responsabilização de
outros".
João
Oliveira garante ainda que as negociações com o PS prosseguem
sem "instabilidade nenhuma", mas diz que o seu partido não quer
iludir ninguém quanto as suas "diferenças de perspetiva" com
Partido Socialista.
Questionado
sobre uma eventual preferência sobre uma moção de rejeição autónoma do PCP ou
em conjunto com outras forças políticas, o líder parlamentar comunista disse
apenas que "A durabilidade de qualquer solução governativa resulta das
opções políticas que sejam feitas".
Notícias
ao Minuto
Os
Verdes acusam Cavaco de permanecer em "negação"
O
partido Os Verdes acusou hoje o Presidente da República de permanecer em
"negação" face ao resultado das últimas legislativas, reforçando os
ecologistas a ideia de que "existem condições" para ser formado um
executivo da iniciativa do PS.
"O
Governo hoje empossado é um Governo que não tem condições para fazer passar um
programa na Assembleia da República e, por isso, caso todos os partidos assumam
as suas responsabilidades, este executivo será inviabilizado nos próximos dias
9 e 10 de novembro, dias para os quais está agendada a discussão do programa do
Governo, sujeito a moções de rejeição já anunciadas", dizem Os Verdes em
nota enviada às redações.
Face
ao discurso hoje proferido por Cavaco, os ecologistas consideram que o
Presidente da República "continua em estado de negação no que respeita ao
resultado eleitoral que levou o PSD e o CDS a perderem a maioria"
parlamentar.
"Por
mais que o Presidente da República não se conforme com esta nova correlação de
forças políticas entre os 230 deputados, a verdade é que ela existe e
inevitavelmente determinará a XIII legislatura", prossegue o partido
ecologista.
E
continua a nota: "O PEV reafirma que existem condições para se formar um
Governo da iniciativa do PS e para se criarem políticas em Portugal que
contrariem o ciclo de empobrecimento, de precariedade e de desinvestimento
fomentado pelo anterior Governo, políticas positivas para as quais os Verdes
farão questão de dar o seu contributo, como é sua responsabilidade e
compromisso sempre assumido".
Pedro
Passos Coelho foi hoje empossado primeiro-ministro do XX Governo
Constitucional, pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, durante uma
cerimónia no Palácio da Ajuda, em Lisboa. Na cerimónia, o Presidente da
República afirmou que o executivo de Pedro Passos Coelho tem plena legitimidade
constitucional, reiterando que em 40 anos de democracia a responsabilidade de
governar sempre coube a quem ganhou as eleições.
Nos
próximos dias 9 e 10, o Governo apresentará o seu programa à Assembleia da
República. PS, PCP e BE anunciaram a intenção de apresentar moções de rejeição
que, a serem aprovadas, implicam a demissão do Governo.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
"Daqui
a 15 dias és tu", disse Mesquita Nunes a João Galamba
PS
foi representado na tomada de posse do novo Executivo por João Galamba.
Nos
momentos que antecederam a cerimónia de tomada de posse do novo Governo, Adolfo
Mesquita Nunes cumprimentou o socialista João Galamba à entrada do Palácio da
Ajuda, em Lisboa.
O
breve cumprimento entre ambos foi presenciado por uma jornalista da RTP, que
reproduziu a frase dita pelo secretário de Estado do Turismo ao líder da
bancada do PS.
“Daqui
a 15 dias és tu que subirás esta escadaria”, terá dito Mesquita Nunes a João
Galamba.
Perante
a divulgação desta informação, fonte do CDS reagiu assegurando que a frase terá
sido formulada em forma de pergunta: “Daqui a 15 dias és tu que subirás esta
escadaria?”. Fica a dúvida.
Notícias
ao Minuto
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