Após
reuniões de concertação social que envolveram nomeadamente os sindicatos do
país, o governo são-tomense fixou hoje, pela primeira vez, o salário mínimo da
função pública a 1 milhão e cem mil dobras, o equivalente a 47 euros, esta
medida devendo começar a ser aplicada a partir de 2016.
Ao
felicitar-se com a adopção desta medida Aurélio Silva, presidente do sindicato
dos trabalhadores da função pública, refere contudo que subsistem grandes
desigualdades no seio do sector público. Para este dirigente sindical "há
uma injustiça a nível da distribuição salarial na função pública. Há o regime
da classe política dirigente, há outros regimes que desconhecemos, não há um
regime qualificador nacional que faça de A a Z uma distribuição
equitativa".
Para
além das discrepâncias salariais, Aurélio Silva dá conta igualmente do problema
do desequilíbrio entre o valor dos salários e o custo de vida que vai
aumentando. Na sua óptica isto cria desmotivação no seio da função pública: "fez-se
umas adaptações, mas não foi suficiente", lamenta o dirigente sindical ao
anunciar que pretende organizar um debate nacional sobre a condição dos
funcionários públicos em São Tomé e Príncipe possivelmente em finais de
Outubro, "para alterar todo o xadrez que for necessário alterar".
RFI
– foto Tela Nón
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