quinta-feira, 3 de setembro de 2015

AS “REVOLUÇÕES MADE IN CIA” E AS MORTES DE MIGRANTES




Estas mortes não são acidentes, são crimes. Os imigrantes são forçados a esta realidade devido à política imperialista da OTAN, dos EUA e da UE

Diário Liberdade - Via Jornal GGN – Carta Maior

União Europeia - LBI-QI - A cena de um menino de dois anos morto por afogamento na costa turca chocou o mundo. Desgraçadamente ele é “apenas” um dos milhares de mortos que perdem a vida nas viagens de imigrantes desesperados para a Europa.

Contudo, estes não são acidentes, são crimes. Os imigrantes e os refugiados são forçados a esta realidade devido à política imperialista da OTAN, dos EUA e da UE, pela agressividade e intervenção na Líbia, Iraque, Mali, Iêmen, vendidas ao mundo como “revoluções”, assim como pelas políticas das transnacionais e pelo saque de recursos naturais na África e Oriente Médio, pela destruição e manipulação das economias dos países e, finalmente, pela política da União Europeia e seus governos contra os trabalhadores imigrantes.

A maioria vem da Líbia, Síria, Mali, Iraque, Afeganistão e do norte da África, países que foram ou são alvo das intervenções militares imperialistas ou da ação de grupos terroristas patrocinados pelas potências capitalistas, como o Estado Islâmico (EI). É o chamado “efeito bumerangue” que agora se volta contra os países europeus. Os dirigentes dos governos imperialistas reunidos em Bruxelas decidiram que vão usar drones para bombardear embarcações ancoradas nos portos da Líbia e que sejam capazes de transportar imigrantes até a costa da Itália e Grécia. A política anti-imigração do imperialismo é bem clara.

Anteriormente, os imigrantes foram utilizados como mão-de-obra barata a fim de rebaixar os salários nos países imperialistas e quebrar a resistência da classe operária desses países. Agora, com o aprofundamento da crise capitalista, que está elevando a níveis altíssimos o desemprego, a burguesia imperialista descarta os estrangeiros para explorar os seus próprios operários. De acordo com dados da ONU cerca de 2,5 mil imigrantes se afogaram no mar Mediterrâneo neste ano vítimas dos muitos barcos superlotados que tentam chegar à costa da Itália e da Grécia.

O fluxo de pessoas desesperadas que parte da Síria, Líbia e do norte da África na tentativa de alcançar a Europa já é muito maior que o registrado no mesmo período do ano passado. Números recentes mostram que milhares de pessoas estão usando uma rota perigosa através dos Bálcãs para chegar à Alemanha e a outros países do norte da União Europeia. Na última semana, novas tragédias voltaram a expor ao mundo a gravidade do problema. Mais de 300 mil imigrantes já arriscaram suas vidas tentando atravessar o Mediterrâneo neste ano. Em todo o ano passado, foram 219 mil pessoas.

Dois barcos com cerca de 500 imigrantes afundaram após deixar Zuwara, na Líbia, em 27 de agosto. Corpos de ao menos 71 pessoas, que podem ser imigrantes sírios, foram descobertos em um caminhão abandonado na Áustria, também em 27 de agosto. Naufrágio nos arredores da ilha de Lampedusa, na Itália, matou cerca de 800 pessoas em 19 de abril. Ao menos 300 imigrantes se afogaram ao tentar atravessar as águas agitadas do Mediterrâneo em fevereiro.

Desde a LBI denunciamos a política assassina do imperialismo ianque e europeu e de seus governos contra os imigrantes que fogem dos efeitos da barbárie capitalista imposta pelas “revoluções made in CIA”. Lutamos para derrotar as agressões imperialistas contra o povo no norte da África e do Oriente Médio, pela destruição da OTAN e pela utilização dos recursos naturais para o benefício dos trabalhadores. A questão central colocada frente ao avanço da barbárie capitalista que vem deixando um rastro de morte na Europa é a necessidade de superar a agonia do capital pela via da revolução socialista.

Não há outra vereda a não ser o da violenta demolição da sociedade de classes e o da construção revolucionária de um novo modo de produção, genuinamente socialista, baseado na solidariedade e no internacionalismo!

Créditos da foto: Agência EFE

SOLIDARIEDADE JÁ! IMAGENS DA DESGRAÇA E DA DESUMANIDADE DOS DIRIGENTES DA UE








Fotos em Notícias ao Minuto

Guiné-Bissau. SITUAÇÃO DE IMPASSE “NÃO SE DEVE PROLONGAR" – Miguel Trovoada




O representante especial do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau, Miguel Trovoada, considerou hoje que a situação de impasse no país “não se deve prolongar”, insistindo no diálogo para solucionar a crise.

“Neste momento (a situação) está a conhecer um compasso de espera que começa a ser preocupante na medida em que o primeiro-ministro nomeado não conseguiu ainda formar um elenco governamental e acho que esta situação não se deve prolongar”, disse Trovoada aos jornalistas, no final de um encontro com a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, em Lisboa.

“Acho e foi o sentimento que colhi da comunidade internacional que é altura talvez de reatar o diálogo a ver se com base num consenso se pode chegar a uma plataforma de entendimento para viabilizar um Governo, as instituições e o país”, adiantou.

A Guiné-Bissau atravessa uma crise política após o Presidente, José Mário Vaz, ter demitido o Governo a 12 de agosto e ter designado como primeiro-ministro, no dia 20, Baciro Djá, vice-presidente do PAIGC.

Miguel Trovoada passou por Lisboa depois de apresentar o primeiro relatório como representante da ONU para a Guiné-Bissau ao Conselho de Segurança.

“Estou a vir do Conselho de Segurança. Há aspetos que entendi serem úteis partilhar com a senhora presidente (do parlamento português) e foi o que fiz”, disse.

Segue para Bissau na sexta-feira para “retomar o diálogo com os principais dirigentes do país” com o objetivo de se encontrar “uma saída”, adiantou.

O antigo presidente de São Tomé e Príncipe esteve reunido antes com o presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o chefe da diplomacia, Rui Machete.

Lusa, em O Democrata (gb)

Sete desaparecidos após naufrágio de navio de pesca grego na Guiné-Bissau




Sete pessoas estão dadas como desaparecidas devido ao naufrágio de um navio de pesca grego ocorrido no domingo na Zona Económica Exclusiva da Guiné-Bissau.

O naufrágio terá acontecido devido ao mau tempo e estão desaparecidos o capitão do navio, um agente de fiscalização e cinco marinheiros, adiantou Carlos Silva, presidente do Instituto Marítimo e Portuário da Guiné-Bissau.

Trata-se de dois guineenses, um cabo-verdiano, um grego, um cidadão da Mauritânia, um da Serra-Leoa e um do Senegal.

Segundo Carlos Silva, havia 19 pessoas a bordo, entre marinheiros, elementos de fiscalização e tripulantes, das quais 12 foram resgatadas com vida.

A água terá começado a entrar no navio e os elementos resgatados foram os que conseguiram saltar para um bote acoplado ao pesqueiro, tendo sido depois socorridos por uma piroga de pesca que os transportou até Dacar, no Senegal.

O naufrágio terá acontecido quando o capitão tentou fazer "uma manobra brusca" para contrariar a força do vento, acrescentou Carlos Silva.

Jornal de Notícias

PM são-tomense defende reforço da cooperação entre os países do Golfo da Guiné




O primeiro-ministro são-tomense defendeu hoje em São Tomé a necessidade de reforçar a cooperação entre os países do Golfo da Guiné para "vencer a pirataria e o roubo de petróleo" nos países da região.

Patrice Trovoada, que falava aos jornalistas no regresso de Abuja, onde participou numa reunião sobre a segurança no Golfo da Guiné, reconheceu que os atos de pirataria na região têm diminuído, mas manifestou-se preocupado com o volume de petróleo que tem sido roubado na Nigéria.

"Os números apontam para cerca de 50 mil barris de petróleo roubados por dia na Nigéria. Esse crude 'oil' sai da Nigéria camuflado para outros mercados e isso implica outros tipos de medidas, outro tipo de controlo", disse.

Patrice Trovoada defende, por isso, a necessidade de "operacionalizar a cooperação" entre os estados membros do Golfo da Guiné.

"Eu creio que é importante que haja encontros, debates, fóruns, troca de informações, pois existe já um certo número de instrumentos e o que é preciso é operacionalizar um pouco mais essa cooperação no golfo da Guiné", defendeu.

O chefe do governo são-tomense diz que tornar mais operativa a cooperação permitirá "vencer quer a pirataria, quer o roubo de crude 'oil', sobretudo na Nigéria e para prevenir que não surja outras formas de conflitos ou de atos de terrorismo perto de São Tomé e Príncipe".

Reconhece, contudo que "os atos de pirataria têm baixado", que alguns focos têm vindo "um pouco mais do lado do Togo, mas é verdade também que a qualquer momento o nível de pirataria pode aumentar".

O governante são-tomense garante que existem três instituições que colaboram a nível africano para o combate a pirataria marítima e outros tipos de crimes, nomeadamente a Comunidade dos Estados da África Central, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, e a Comissão do golfo da Guiné são suficientes, e "o que faz falta é maior coordenação e provavelmente um pouco mais de vontade política de sermos pró-ativos".

Lusa, em Notícias ao Minuto

PARADA MILITAR EM PEQUIM ELEVA ORGULHO CHINÊS




Pequim, 03 set (Lusa) - Os 12.000 soldados chineses e o armamento de topo que esta manhã desfilaram no centro de Pequim, em comemoração da vitória da China na II Guerra Mundial, parecem ter despertado na plateia um sentimento comum: orgulho.

"Sinto-me entusiasmado e orgulhoso. A China desempenhou um papel crucial na luta mundial contra o fascismo", disse à agência Lusa Zhensong, funcionário público de 40 anos residente em Pequim.

Zhensong fez parte de uma plateia restrita e constituída na maioria por veteranos de guerra, jornalistas e representantes dos 56 grupos étnicos chineses, visto que os acessos ao 'palco' do desfile estavam hoje cortados e eram alvo de vigilância apertada.

À medida que dezenas de novos mísseis balísticos rolavam na "Changan", a larga artéria que passa no topo norte da Praça Tiananmen, Zhen explicava: "Ao fim de 70 anos de desenvolvimento, a China poderá contribuir mais ativamente para a paz mundial".

As palavras coincidem com as do Presidente chinês, Xi Jinping, num discurso feito minutos antes: "Nós, os chineses, amamos a paz. Não importa o quão fortes nos tornemos, nunca vamos procurar a hegemonia ou expansão".

Acompanhado da mulher, Peng Liyuan, Xi Jinping recebeu 30 chefes de Estado nos jardins de Zhongnanhai, o Kremlin chinês, situado ao lado do antigo Palácio Imperial.

O último a saudar o líder chinês foi o Presidente russo Vladimir Putin, arrancando fortes aplausos entre o público.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, assim como o anterior chanceler alemão Gerhard Schroeder também estiveram presentes, numa lista marcada pela ausência de chefes de Estado das principais potências ocidentais.

Em 2014, no contexto de uma renovada tensão nas relações sino-japonesas, o Governo chinês instituiu o 3 de setembro como Dia Nacional da Vitória da China na Guerra de Resistência contra a Agressão Japonesa, mas só este ano foi elevado a feriado nacional.

A data assinala a rendição do Japão, ato realizado a bordo de um navio norte-americano no dia 02 de setembro de 1945.

Segundo estimativas chinesas, a ocupação japonesa, de 1937 a 1945, causou cerca de 35 milhões de mortos entre a população civil e os militares.

"A vitória total sobre o Japão restaurou o 'status' da China como uma grande potência global", concluiu Xi Jinping, na tribuna de Tiananmen, onde em 1949 Mao Zedong anunciou a fundação da República Popular da China.

JOYP // VM

China exibe novos mísseis "destruidores de porta-aviões" em desfile militar




Pequim, 03 set (Lusa) -- A China exibiu hoje mais de uma dezena de novos mísseis balísticos descritos pela imprensa oficial como "destruidores de porta-aviões", no grande desfile militar realizado em Pequim, segundo imagens difundidas na televisão.

Os mísseis balísticos de médio alcance DF-21D, que analistas estimam que possam ser eficazes contra os porta-aviões norte-americanos no Pacífico, desfilaram esta manhã na Praça de Tiannamen, em Pequim.

O novo armamento do exército chinês tem, nos últimos anos, suscitado especulação nos circuitos militares sobre a sua capacidade de alterar as relações de força no oceano Pacífico, tradicionalmente vigiado pela sétima frota dos Estados Unidos.

Esta manhã 12.000 soldados chineses e estrangeiros marcharam pela principal avenida de Pequim, Chang An, num desfile militar sem precedentes para comemorar a vitória frente ao Japão na II Guerra Mundial.

Em 2014, o Governo chinês instituiu o 03 de setembro como "Dia Nacional da Vitória da China na Guerra de Resistência contra a Agressão Japonesa", este ano elevado a feriado nacional, quando coincide com os 70 anos do final da guerra.

FV (ISG) // FV

Chefe do Governo de Macau diz que austeridade visa "despesas supérfluas"




Macau, China, 02 set (Lusa) -- O chefe do Governo de Macau sublinhou hoje que os cortes orçamentais previstos pelas medidas de austeridade se centram em despesas "não necessárias" e garantiu não serem afetadas as "obras públicas, benefícios e regalias da sociedade".

Fernando Chui Sai On falava aos jornalistas no aeroporto de Macau antes de partir para Pequim, onde vai assistir às cerimónias do 70.º aniversário da vitória sobre a invasão japonesa.

As medidas de austeridade, que visam a poupança de 1.400 milhões de patacas (cerca de 155,5 milhões de euros) foram anunciadas na terça-feira depois de conhecidas as receitas dos casinos em agosto, que registaram uma quebra de 35,5% para 18.623 milhões de patacas (2.069 milhões de euros).

Também a secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, comentou hoje o novo plano de ajustes, indicando que os cortes vão incidir apenas sobre "despesas desnecessárias", como deslocações ao exterior.

"Vamos tentar poupar mais as nossas receitas. Claro que a gestão rigorosa das finanças públicas é uma tarefa muito importante e um princípio geral, básico, que temos de seguir durante a governação. Não vamos cortar, cortar. Vamos controlar as despesas", disse, citada pela Rádio Macau.

A frota de veículos da Administração, por exemplo, não sofrerá cortes por não ser considerada uma fonte excessiva de despesas -- dados dos Serviços de Finanças disponibilizados à rádio dão conta de 3.894 veículos.

Também na terça-feira, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, garantiu que as áreas afetas à sua tutela - a saúde, educação, segurança social e cultura - não vão sofrer cortes.

As receitas dos casinos de Macau estão em queda homóloga há 15 meses e entre janeiro e agosto acumularam 158.882 milhões de patacas (17.653,5 milhões de patacas), menos 36,5% do que no mesmo período de 2014.

O secretário da Economia e Finanças, Lionel Leong, tinha anunciado que o Governo assumia cortes na despesa caso as receitas caíssem abaixo de uma média mensal de 20.000 milhões de patacas (2.222 milhões de euros), o que se verificou no final de agosto.

Apesar dos cortes, Chui Sai On reafirmou que a saúde financeira de Macau "continua bem" e disse que a "população pode estar descansada", embora tenha reforçado a necessidade de poupanças, na qual todos os serviços devem colaborar.

Macau, acrescentou o chefe do Governo, deve afirmar-se como centro mundial de turismo e lazer, promovendo medidas e políticas que permitam atrair mais visitantes da China e de outros pontos do globo e por mais tempo.

As medidas de austeridade anunciadas por Lionel Leong implicam que todos os serviços públicos e organismos especiais devem congelar 5% das despesas orçamentadas para a aquisição de "artigos para o funcionamento diário dos serviços ou de bens consumíveis", e 10% do orçamento para investimento (sem incluir o Plano de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração, o chamado PIDDA).

A Secretaria de Economia e Finanças impõe também que qualquer organismo que tenha registado um saldo excedente no seu primeiro orçamento suplementar veja esse valor deduzido ao montante de subsídios solicitado.

JCS (ISG) // VM

Rede de Ensino do Português na Ásia reúne-se em Macau




Macau, China, 02 set (Lusa) - O Instituto Português do Oriente (IPOR) é palco, em setembro, do Encontro de Pontos de Rede de Ensino de Língua Portuguesa na Ásia, "uma ação estratégica" na promoção do português na região, defendeu o diretor do IPOR, João Neves.

"O IPOR volta a conferir, por recomendação dos seus associados, uma dimensão regional à sua ação, na coordenação de projetos de promoção da língua portuguesa e vamos, nesse sentido, reunir em Macau representantes da rede de Ensino de Português no Estrangeiro da Coreia do Sul, Índia, Indonésia, China, Tailândia e Vietname", explicou João Neves.

Para o diretor do IPOR, este encontro, que decorre entre 10 e 12 de setembro, é, desde logo, "extremamente importante para uma partilha de experiências e de abordagens ao ensino da língua e da cultura" e, por outro lado, uma "forma de conhecimento das realidades de cada contexto que é fundamental para a definição de uma estratégia colaborativa em torno da formação em língua portuguesa".

O encontro de Macau tem, assim, como principais objetivos "partilhar reflexões e experiências de ensino de português como língua estrangeira nos diferentes contextos e, sobretudo, promover a criação de uma rede que coloque em interação agentes de promoção do português nestes países, focada no desenvolvimento de projetos e atividades colaborativas", disse.

João Neves acrescentou também que esta intervenção do IPOR, que conta com a colaboração do Camões, se insere no "compromisso assumido pela instituição e os seus associados de procurar fornecer contributos ao reforço do papel de Macau como plataforma para o ensino do Português na região Ásia-Pacífico e âncora para redes de colaboração envolvendo diferentes atores regionais".

JCS // VM

Governo timorense prepara comemoração dos 500 anos da chegada de portugueses




Díli, 03 set (Lusa) - O Governo timorense analisou esta semana o programa de atividades proposto para a comemoração no final deste ano, do 500.º aniversário da "Afirmação da Identidade Timorense", que marca a chegada de navegadores portugueses ao território.

Uma proposta do programa foi apresentada esta semana pelo ministro da Administração Estatal e presidente da comissão organizadora dos festejos, Dionísio Babo, com o Governo a explicar que se vão centrar no mês de novembro e, em particular no enclave de Oe-Cusse, onde primeiro chegaram os portugueses.

A proposta foi analisada na reunião de terça-feira do Conselho de Ministros, tendo sido preparada pela comissão organizadora que foi criada, por decreto governamental, a 14 de abril último.

Segundo explica o Governo em comunicado - sem detalhar para já qualquer informação da agenda de atividades - as cerimónias "pretendem dignificar a história e o processo de construção da identidade timorense, bem como valorizar a democracia, a política e a unidade nacional".

Está a ser prevista uma agenda de atividades para recordar a "abordagem histórica, cultural e intelectual" do aniversário.

A resolução que cria a comissão organizadora recorda que as comemorações terão o seu ponto alto no dia 28 de novembro, data que marca ainda o 40º aniversário da declaração da independência de Timor-Leste.

"Esta comemoração, recorde-se, tem como ponto de partida assinalar a chegada dos navegadores e missionários portugueses a Lifau, Oe-Cusse Ambeno, e representa um marco histórico na afirmação da nova identidade timorense e na construção de Timor-Leste", explica o Governo.

ASP // FV

Execução orçamental de Timor-Leste era de 42% no final de agosto




Díli, 03 set (Lusa) - A execução orçamental real (pagamentos efetivamente realizados) das contas públicas timorenses era no final de agosto de 42%, sendo especialmente reduzida no que se refere ao capital de desenvolvimento e a bens e serviços.

Dados do Portal da Transparência, onde se detalham os gastos e receitas do Estado timorenses, confirmam que no final de agosto o Governo tinha um valor de execução real total de 658,86 milhões de dólares, ou 42% do orçamento anual total de 1,57 mil milhões.

A este valor já realmente pago somam-se compromissos de 253 milhões e obrigações de 196,1 milhões de dólares.

A execução total, que soma pagamentos já efetuados e obrigações (contratadas mas ainda não pagas) é de cerca de 854,96 milhões de dólares ou 54,5% do orçamento total.

Os dados correspondem ao período dos primeiros oito meses do ano, equivalente a 66% do calendário.

Os dados confirmam o elevado valor que o Estado já tinha por pagar no final de agosto (196 milhões de dólares), sendo especialmente elevado no que toca a fornecedores de bens e serviços (98,16 milhões de dólares) e ao componente de capital de desenvolvimento (66,6 milhões de dólares).

A execução é mais baixa no componente orçamental de capital de desenvolvimento (35,1% em termos de obrigações e pagamentos e 18,2% em termos de pagamentos reais).

No que toca à receita, a execução no final de agosto era de 59,6%, com os cofres públicos a registarem entradas totais de cerca de 101,65 milhões de dólares de um valor total orçamentado de 170,37 milhões.
ASP // FV

Timor-Leste inicia sexta-feira período de "desluto nacional"




Díli, 03 set (Lusa) - Timor-Leste inicia na sexta-feira - 16.º aniversário do anúncio dos resultados do referendo de autodeterminação timorense de 30 de agosto de 1999 - um período de "desluto nacional" marcado por cerimónias tradicionais de reconciliação e reflexão.

O período, que será assinalado com cerimónias em todo o país pretende, segundo explica o Governo, "consciencializar todos os timorenses da importância do papel atual de cada um no processo de construção do Estado de Timor-Leste".

Quer ainda, sublinha, "o reconhecimento do passado como uma memória revivida e respeitada, bem como legado e herança".

"Com o desluto nacional - semelhante ao desluto cultural - procura-se descarregar os ?pesos' que os timorenses carregaram durante 24 anos de ocupação, passando a honrar os que morreram em defesa dos seus ideais, a autodeterminação de Timor-Leste", refere.

Dionisio Babo, ministro da Administração Estatal, apresentou este semana ao Governo detalhes sobre as cerimónias do período que começa na sexta-feira e decorre até 31 de dezembro.

Segundo explica o Governo no seu portal informativo na internet, durante o período de "desluto nacional" vão-se realizar, em todo o país, "eventos comemorativos de homenagem aos heróis, guerrilheiros e população em geral, durante o processo de autodeterminação".

O período incluirá "o Dia dos Heróis, com o lançamento da primeira pedra para a construção do Monumento Nacional aos Sacrificados da Guerra".

"Ao longo deste período serão realizadas cerimónias tradicionais e campanhas públicas, com vista a consciencializar todos os timorenses da importância do papel de cada um no processo de construção do Estado, na atualidade", explica o Governo.

As comemorações começam com uma missa na Catedral de Díli, na sexta-feira, estando prevista a abertura oficial para o Palácio do Governo durante a tarde, com um "comunicado oficial ao país pelos fundadores da nação, uma celebração tradicional e a distribuição dos símbolos do luto nacional".

O Governo considera o dia 04 de setembro, um momento que marca "uma nova fase na história e afirmação da identidade timorenses" tendo, desde aí, os timorenses procurado "pôr termo à violência, à opressão, ao baixar das armas em prol da paz, da ordem e estabilidade de Timor-Leste.

"A comemoração do dia 04 de setembro tem como principal enfoque fortificar o espírito de determinação, coragem e esforço do povo de Timor-Leste - o principal ator - em desenvolver o seu país, assente em valores democráticos e na unidade nacional", explica.

A ideia, refere o Governo, é apadrinhada pelos principais líderes nacionais, incluindo Rui Araújo (primeiro-ministro), Mari Alkatiri (presidente da Região Administrativa Especial de Oecusse), Xanana Gusmão (ministro do Planeamento e Investimento Estratégico), Adriano do Nascimento (vice Presidente do Parlamento Nacional de Timor Leste), Lu-olo, ex-presidente do Parlamento e Norberto Andrade (bispo da Diocese de Maliana).

"Apesar de passados 13 anos de construção da Nação e do Estado de Timor-Leste, os quais permitiram registar progressos positivos, aos níveis social, económico e político, o povo ainda continua a viver e sentir o passado, pelo que tem condicionado o processo de desenvolvimento do país", explica.

"Pretende-se com o desluto nacional finalizar o período de sentimento de tristeza, sofrimento, revolta e de perda dos entes queridos durante a ocupação indonésia, passando-se para uma fase de superação, aceitação e paz, trilhando o caminho da evolução, do progresso e do desenvolvimento", explica.

Os líderes timorenses querem assim contextualizar o contributo de todos, "com orgulho nacional", para uma fase de construção e de desenvolvimento do Estado.

ASP // FV

Nyusi é simples, acessível, humilde, “ainda não insultou ninguém” e “é uma pessoa normal”



Adérito Caldeira –Verdade (mz)

O professor Carlos Nuno Castel-Branco, uma das vozes mais críticas à governação de Armando Guebuza - que lhe valeu o julgamento em curso por alegada injúria ao antigo Chefe de Estado -, avalia positivamente os primeiros sete meses do Presidente Filipe Jacinto Nyusi, que considera mais simples, mais acessível, humilde, com um discurso político melhor e “ainda não insultou ninguém”.

“O discurso político melhorou substancialmente, o novo Presidente da República (Filipe Nyusi) tem estado a afirmar várias vezes que é o Presidente de todos os moçambicanos e ainda não insultou ninguém”, declarou o académico no término da primeira sessão do seu julgamento por ter escrito, entre outras críticas, que Armando Guebuza estava fora de controlo.

Castel-Branco acrescentou que Nyusi “tem estado a demonstrar que é uma pessoa normal”, citando como exemplos ter jogado futebol, sem grande aparato, na abertura dos Jogos Escolares na cidade de Pemba, e também o pedido de desculpas que o novo inquilino da Ponta Vermelha apresentou aos passageiros de um voo comercial que teve a partida atrasada para transportar o Presidente.

“No sentido do trato, no sentido da facilidade de contacto, na acessibilidade, na simplicidade da pessoa, na humildade da pessoa a mudança é tão grande que às vezes parece que é difícil ouvir falar de outras coisas. Agora isso não são os problemas do país”, afirmou o professor.

Relativamente aos problemas de Moçambique Carlos Nuno Castel-Branco reconhece que levam tempo a ser resolvidos pois são “grandes, profundos e estruturais”, herdados dos governos anteriores, mas o Presidente Nyusi já reconhece a existência deles e assume o desejo de os resolver.

“Nós estamos muito preocupados com a questão da guerra, que não está a ter progresso, pelo menos visível que nós saibamos. O próprio Presidente já falou da questão da dívida pública, e já falou com preocupação, isso é um sinal positivo, já não há uma negação do assunto. Já não há negação nem insulto da pessoa que fala, pelo contrário o Presidente já reconheceu haver um problema e que tem de ser resolvido” afirmou o economista que aponta que “umas das dificuldades que ele (Filipe Nyusi) vai ter neste período é começar a implementar o seu programa de governação”.

Moçambique. ACORDO DE PAZ ENTRE GOVERNO E RENAMO FALHOU




O Acordo de Cessação das Hostilidades Militares entre o Governo moçambicano e a Renamo, principal partido de oposição, completa um ano no próximo sábado, sem ter conseguido o seu principal objetivo, o desarmamento do braço militar do movimento.

Quando o ex-chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, e o líder da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), Afonso Dhlakama, rubricaram o entendimento, para encerrar mais de ano e meio de confrontos militares no centro do país, criou-se a expetativa de que nesta altura estaria definitivamente arrumado o contencioso deixado pelo Acordo Geral de Paz de 1992, que permitiu que o principal partido de oposição mantivesse um contingente armado.

Um ano após o pacto, não só a Renamo mantém o seu braço armado, devido a divergências com o Governo sobre as condições para a desmobilização da sua ala militar, como tentou alargar a presença dos seus homens armados para a província de Gaza, sul do país, criando pânico entre a população local.

Com os confrontos militares confinados à província de Sofala, antes da assinatura do acordo, recentemente têm sido relatados combates entre a Renamo e as Forças de Defesa e Segurança moçambicanas na província de Tete, rica em carvão, no centro do país, e que levou à fuga de populações para o vizinho Malaui.

Na semana passada, Afonso Dhlakama anunciou a reativação de uma base no distrito de Murrumbala, província da Zambézia, centro do país, para supostamente garantir a proteção da população local.

A falta de avanços, já admitida pelas duas partes, nas negociações que se seguiram ao Acordo de Cessação das Hostilidades Militares, levou o Governo moçambicano a acabar com a Equipa da Missão de Observação das Hostilidades Militares (EMOCHM), obrigando ao regresso de peritos estrangeiros destacados para a missão.

No primeiro ano de vigência do acordo, também se assistiu ao regresso de um tom mais desafiador por parte do líder da Renamo, que tem ameaçado tomar o poder pela força nas seis províncias onde reivindica vitória nas eleições gerais de 15 de outubro do ano passado, como meio de forçar a criação de autarquias provinciais nessas regiões.

As questões económicas, um dos pontos enfatizados pela Renamo para o desencadeamento do processo negocial com o Governo, encalharam mal começou a sua discussão, devido à recusa do Governo de aceitar a exigência do principal partido de oposição de nomear gestores para empresas e institutos públicos.

Outro ponto ainda não concluído prende-se com a despartidarização do Estado, uma vez que, apesar de as delegações das duas partes terem chegado a acordo sobre a sua pertinência, o executivo moçambicano recusou que o documento fosse submetido com a sua assinatura para aprovação pela Assembleia da República.

Simbólica mas eloquente sobre a falta de confiança no sucesso das negociações previstas pelo Acordo de Cessação das Hostilidades Militares foi a retirada das viaturas que o Governo havia afetado aos membros da delegação da Renamo nas negociações, merecendo logo o repúdio de Afonso Dhalakama, que entretanto decidiu suspender a participação do movimento no processo negocial.

Apesar da inércia que se tem verificado, as negociações de longo-prazo permitiram a aprovação de um novo pacote eleitoral imposto pela Renamo e a consequente realização das eleições gerais a 15 de outubro e a aprovação de uma lei de amnistia para autores de crimes relacionados com a tensão militar vivida na altura.

Dhlakama e o novo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, avistaram-se duas vezes no início do ano, numa tentativa de serenar a tensão política, mas a proposta de criação de autarquias provinciais a governar pela Renamo, como forma de acatar os resultados das últimas eleições, foi rejeitada pela maioria da Frelimo no parlamento.

Em agosto, Nyusi voltou a convidar o líder da Renamo para um encontro, já rejeitado por Dhlakama, para quem não há nada a conversar sem que o Governo cumpra as suas obrigações decorrentes dos acordos já existentes.

Lusa, em Notícias ao Minuto

RENAMO ANUNCIA INSTALAÇÃO DE QUARTEL NO CENTRO DE MOÇAMBIQUE




A Renamo, principal partido de oposição em Moçambique, anunciou hoje ter instalado um quartel em Morrumbala, província da Zambézia, para treinar o exército e a polícia e garantir a proteção da população no centro e norte do país.

"Ontem [quarta-feira], dia 02 de setembro, foi concretizada a montagem do quartel de Morrumbala, cumprindo assim a decisão daqueles que lutaram pela democracia e pelo bem-estar do povo moçambicano", afirmou em Maputo, durante uma conferência de imprensa, o porta-voz da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), António Muchanga.

O porta-voz da Renamo adiantou que o quartel vai formar o exército e a polícia das seis províncias do centro e norte do país onde a Renamo ameaça governar à força por reivindicar vitória nas eleições gerais de 15 de outubro passado.

"A decisão de montagem do quartel de Morrumbala não é do presidente do partido [Afonso Dhlakama], mas dos próprios veteranos da luta pela democracia e o presidente Dhlakama aderiu a esta decisão como forma de evitar que houvesse cisão no seio do partido, o que seria perigoso para a democracia", declarou António Muchanga.

O porta-voz da Renamo escusou-se a entrar em pormenores sobre o quartel, não explicando se o movimento tem homens e material de guerra no local.

Moçambique vive momentos de incerteza, devido às ameaças de Afonso Dhlakama de governar à força nas seis províncias em que reivindica vitória nas eleições gerais de 15 de outubro do ano passado, depois de ver o seu projeto de criação de autarquias provinciais rejeitado pela maioria da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), partido no poder, na Assembleia da República.

Na semana passada, Afonso Dhlakama rejeitou uma proposta de um encontro feita pelo chefe de Estado para uma discussão sobre a paz, acusando o Governo de violar o Acordo Geral de Paz de 1992 e o Acordo de Cessação das Hostilidades Militares assinado entre a Renamo e o executivo moçambicano no ano passado.

Em agosto, o líder da Renamo ordenou à delegação do seu partido para suspender a participação nas negociações de longo-prazo com o Governo, argumentando com falta de seriedade por parte do executivo.

As Forças de Defesa e Segurança moçambicanas e o braço militar da Renamo estiveram envolvidos em confrontos no centro do país, entre 2013 e 2014, no culminar da tensão política inicialmente provocada pelo diferendo em torno do pacote eleitoral.

Lusa, em Notícias ao Minuto

CAÇA FURTIVA É AMEAÇA MUNDIAL – ministra angolana apela a soluções para estancar o fenómeno



Lourenço Bule, Menongue – Jornal de Angola

A ministra do Ambiente, Fátima Jardim, pediu ontem aos membros da Associação de Procuradores de África (APA) reunidos em Menongue, Cuando Cubango, a adopção de medidas que viabilizem os governos de cada país a encontrarem soluções para estancar o fenómeno da caça furtiva e fazer uma gestão racional e sustentável da biodiversidade.

Fátima Jardim, que falou na abertura da “Conferência internacional sobre a caça furtiva e os seus efeitos nefastos para o continente africano - medidas eficazes para a responsabilização dos infractores”, salientou que se assiste no mundo inteiro à proliferação de casos de caça ilegal, particularmente em Angola, onde as zonas transfronteiriças e de conservação animal têm sido sistematicamente atingidas por este mal.

Fátima Jardim realçou que o encontro “é de capital importância”, tendo em atenção o momento actual que se vive ao longo dos 87 mil metros quadrados do território do Cuando Cubango, integrados num dos maiores projectos de conservação ambiental do mundo, de onde chegam todos os dias relatos da destruição da fauna e da flora, um negócio que tem causado enormes prejuízos nos diferentes Estados da região.

A ministra do Ambiente chamou a atenção dos governos atingidos por este fenómeno para realizarem estudos aprofundados com a sociedade civil, envolvendo as comunidades rurais, para que se possa pôr cobro aos problemas da caça furtiva, que está entre as cinco actividades ilegais mais lucrativas do mundo, com o registo de prejuízos acima dos 23 mil milhões de dólares por ano. 

Segundo estudos, a China, Tailândia, os países europeus e os Estados Unidos são as partes do mundo que mais impulsionam o tráfico de animais, sobretudo a partir do continente africano, onde em cada 15 minutos um elefante é abatido. Na Ásia um troféu de marfim chega a custar 18 mil dólares. A realização da conferência internacional sobre a caça furtiva e os seus efeitos nefastos para o continente africano, frisou Fátima Jardim, representa um marco importante para a região na busca de uma visão e acção comuns para a participação, com valiosos contributos, na estratégia comum africana contra a caça furtiva, que deve ser aprovada pelos Chefes de Estado e de Governo da União Africana. Fátima Jardim realçou que o país, há 40 anos, herdou 6,5 por cento do território nacional como áreas de conservação e actualmente o Governo alargou mais 2,5 por cento para atingir as metas globais. A perspectiva é que até 2020 pelo menos 20 por cento do país possa ser transformada em zona de conservação.

A ministra informou que 30 mil espécies da fauna e flora selvagem no mundo estão em vias de extinção e através do regulamento da convenção foi restringido o comércio das espécies que estão em risco. Apelou a todos os países a adoptarem medidas para o cuidado das espécies em risco de extinção.

Abate de animais 

O governador do Cuando Cubango, Higino Carneiro, disse que a província vive diariamente o drama da caça furtiva, com o abate indiscriminado de animais selvagens, com destaque para  elefantes, hipopótamos, rinocerontes e búfalos.

Para Higino Carneiro, pela importância que o Governo confere à conservação da natureza e protecção da biodiversidade, urge a necessidade de se buscarem sinergias que permitam o maior controlo dos recursos faunísticos, com a implantação de destacamentos de fiscais e a sua formação contínua.

O governador frisou que a construção de uma escola de formação de fiscais ambientais, de interesse regional, representa uma das acções que concorrem para a prevenção e protecção da fauna do país.

Angola. A POPULAÇÃO E A SAÚDE PÚBLICA



Jornal de Angola, editorial

Os grandes problemas do país devem ser permanentemente abordados pelos diversos sectores da sociedade, que devem dar as suas contribuições para que haja soluções para as situações que sejam prejudiciais às comunidades em geral.

A sociedade não deve estar alheia aos problemas que acontecem no seu seio, devendo as comunidades ser interventivas no que concerne à busca de vias que possam ajudar a resolvê-los. É sabido que a malária é um dos grandes problemas que temos no país. Conhecemos todos as causas daquela doença que mata muita gente. É hora agora de os poderes públicos e a sociedade actuarem em parceria para lutarmos contra uma doença que ceifa muitas vidas humanas.

Há notícias tristes sobre a morte de muitas pessoas por malária nos nossos hospitais, mas há também boas notícias em relação ao esforço que tem sido feito para se reduzir o número de mortes. Ficámos a saber que o número de mortes por malária em Angola reduziu para seis mil em 2014, contra os 20 mil no ano de 2000.

Filomeno Fortes, coordenador do Programa Nacional de Combate à Malária disse à imprensa que a perspectiva é que a malária deixe de ser um problema de saúde pública até 2030. Aquele especialista afirmou que o combate à malária deve ser encarado em três vertentes fundamentais, como a melhoria do diagnóstico e tratamento precoce dos casos que se manifestam, a melhoria do meio ambiente e das condições sociais da população e maior colaboração das comunidades e das famílias.

Filomeno Fortes foi mais claro e disse que "temos de assumir que o combate à malária começa na família e exige a mudança de comportamentos em relação à sustentabilidade do ambiente. 

A notícia da redução substancial de mortes em Angola por malária deve incentivar-nos a continuar a lutar pela erradicação de uma doença que pode ser definitivamente eliminada se todos os esforços forem empreendidos no sentido de se melhorar por exemplo o saneamento básico. 

É confortante saber que as nossas autoridades estão a trabalhar intensamente para que a malária deixe de ser dentro de poucos anos um problema de saúde pública. As nossas autoridades estão apostadas em criar as condições necessárias para se erradicar a doença. 

Mas as nossas autoridades não devem trabalhar sem o apoio da sociedade. Elas precisam da colaboração permanente das comunidades. O combate à malária é um assunto que diz respeito ao Estado e também às populações. É verdade que o Estado tem de realizar os necessários investimentos para que as causas da doença sejam eliminadas, mas é também certo que as populações têm de adoptar condutas que contribuam para diminuir os focos causadores da malária, como o lixo. 

Ainda bem que já há estratégias para o combate à malária em todo o nosso país e as nossas autoridades sanitárias sabem o que devem fazer para que seja estancada a propagação da doença. O nível de repercussão da malária pelas comunidades justifica uma intervenção de grande dimensão, sendo pois de louvar as acções que têm sido levadas a cabo no quadro do programa de combate à doença. 

São visíveis os esforços das nossas autoridades que vão no sentido de se resolverem os grandes problemas de saúde pública. As autoridades têm consciência de que a saúde das populações é uma prioridade, pelo que tudo têm feito para que em todo o país se reduza ao mínimo as mortes por malária. Que as administrações municipais desempenhem um papel mais activo na sensibilização das populações para aderirem ao combate à malária. Fala-se hoje muito da importância dos municípios e, de facto, estes podem contribuir decisivamente para dar soluções a muitos problemas da sociedade, inclusive os que têm a ver com a saúde pública. O coordenador do Programa Nacional de Combate à Malária apelou a um esforço adicional para se erradicar a doença, pois acredita-se que é possível acabar com a malária no nosso país. 

Referindo-se à redução de mortes por malária no país, Filomeno Fortes disse que "constatamos que o país fez efectivamente progressos se pensarmos que no ano 2000 a nossa população era estimada em 12 milhões de habitantes e actualmente estamos com 24,4 milhões".

Estamos no bom caminho no combate à malária, sendo entretanto necessário que a luta contra a doença continue a ser feita com intensidade e muita organização e coordenação, na medida em que se trata de um processo que requer esforços multidisciplinares.

O combate à malária é mais um desafio que temos todos nós, angolanos, de enfrentar, e não temos outra alternativa senão trabalharmos para que o país se liberte de uma doença que ceifa vidas de muitas crianças e de muitos adultos. O combate à malária é uma das questões centrais das políticas públicas orientadas para a criação de boa qualidade de vida das nossas populações. A missão para a erradicação da malária pode ser difícil, mas não impossível.

AS DINÂMICAS DA PAZ (6)



Rui Peralta, Luanda

Angola: a Paz e o Estado Democrático de Direito

Observe-se um exemplo: Angola. O país sofreu 5 séculos de colonização, marcadas por um longo processo de resistência popular anticolonial, que culmina a 4 de Fevereiro de 1961 com a proclamação da luta armada de libertação nacional contra o colonial-fascismo, que conduziu o país á independência, aos 11 de Novembro de 1975, por sua vez início de uma nova guerra de defesa da soberania e da integridade territorial, que desembocou, na década de 90, num processo de guerra interna de desestabilização, que prolongou-se até ao início do seculo XXI. Resistência, Guerra de Libertação nacional, guerra de defesa da soberania, guerra provocada por desestabilização (e originadora de um processo de acumulação de capital que revelar-se-ia um obstáculo ao desenvolvimento, por razões que analisaremos mais á frente) e, finalmente, o processo de Paz. Em todos estes processos as dinâmicas internas e externas cruzaram-se de forma permanente.

A proclamação da independência foi um desses momentos de dinâmicas cruzadas. A defesa da independência nacional assentou numa opção socialista de desenvolvimento (uma via não capitalista de desenvolvimento). Essa opção foi, objectivamente, a única que viabilizou a soberania nacional, manteve a unidade e a integridade territorial. Qualquer outra opção que fosse decidida na época teria conduzido o país ao neocolonialismo e á submissão. O contexto externo não era propício a opções consensuais, mas também as dinâmicas sociais internas, com tensões fortes acumuladas durante a guerra de libertação nacional contra o colonialismo e transportadas para o interior do movimento de libertação nacional, não permitiam que fossem possíveis situações de compromisso. Socialismo ou neocolonialismo eram as opções que se apresentaram. A independência nacional e a soberania popular apenas podiam ser mantidas pela opção socialista.

No plano externo esta opção era condicionada pelos dois blocos concorrentes: o “bloco socialista”, em torno da URSS e o “bloco ocidental, capitalista”, em torno dos USA. O não alinhamento obrigava a um alinhamento com o bloco socialista e não havia margens para uma política “desalinhada” em relação aos dois blocos.

Por sua vez a guerra e o seu desenrolar impediram o livre desenvolvimento das dinâmicas internas e estas desenvolveram-se nos subterrâneo e nos corredores do aparelho político e militar. Com o desenvolvimento das dinâmicas externas, onde passaram a ser notórios os efeitos dos novos mecanismos de acumulação e reprodução de capital, tornando desnecessários os mecanismos da concorrência entre “socialismo real e economia de mercado”, que tinham dominado os processos de desenvolvimento da economia-mundo após a II Guerra Mundial, tornaram-se possíveis e necessários consensos, apenas possíveis num processo de Paz.

Este processo sofre um impulso quando em 1991, a Assembleia do Povo consagra, através da aplicação da Lei nº 12/91, a democracia multipartidária, os garantes dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos e a “economia de mercado”, medidas aprofundadas, posteriormente, pela Lei da Revisão Constitucional nº 23/92. Foi, assim, implementado, um modelo institucional, que tinha como objectivo a conquista da Paz e que permitisse novas premissas de desenvolvimento. Esta implementação estava, no plano interno, intimamente ligada á necessidade que as novas camadas geradas durante a guerra tinham de se autonomizar em relação ao aparelho politico mas, obviamente, sem perder a sua influência no seio do aparelho. Por outro lado, o próprio aparelho político concluiu que a situação de guerra não conduziria o país a lado algum. A situação tinha de alterar-se para tornar possível a sua existência como aparelho política, mas também como garantia da independência nacional. Apenas a Paz poderia garantir uma nova politica que iniciasse uma era de desenvolvimento económico e social. Esta necessidade interna cruzava-se com as dinâmicas externas na economia mundial. Os anteriores processos de acumulação (interno e externo) tinham concluído a sua função. Novos processos de acumulação e de reprodução avistavam-se no horizonte. E estes apenas podiam desenvolver-se em situações de Paz e estabilidade…

(continua)

A UE ESTÁ REPLETA DE DIRIGENTES QUE QUASE NADA DEVEM AO FASCISMO




Passado o período de férias (em Agosto os leitores do PG caem para níveis muito baixos) as visitas ao PG começam a recuperar. Recorremos, como antes, ao Expresso Curto para deixar que a atualização dos que nos visitam se cumpra com mais esta compilação, que anteriormente nos deixou convencidos de agradar aos que nos lêem. Vamos ver se a preferência se mantém. Desfrute. Hoje é o diretor-adjunto do Expresso, Miguel Cadete, quem nos serve o Expresso Curto. Sorva devagar. Saboreie e envergonhe-se por aquilo que a UE anda a fazer e a não fazer aos migrantes, aos foragidos das guerras. A UE está repleta de dirigentes que quase nada devem ao fascismo. Nem ao humanismo. Tem dúvidas? Então não se distraia com aquilo que dizem mas sim com o que fazem e não fazem mas deviam fazer. Está nas nossas mãos, nos votos, escorraçar esta cambada, recuperar as liberdades, os direitos, a democracia, o respeito pela humanidade, por outros povos que precisam de ser apoiados, recebidos com a dignidade que merecem.

Redação PG

Bom dia, este é o seu Expresso Curto

Miguel Cadete, diretor-adjunto – Expresso Curto

Uma imagem vale mais do que mil refugiados mortos?

Há uma fotografia que hoje está na primeira página de dezenas de jornais que se publicam na Europa. Está também em centenas de home pages de sites de informação de todo o mundo. E já apareceu ou vai aparecer em milhares de notícias que passarão na televisão É a de Aylan Kurdi, um menino sírio de três anos, que jaz morto e arrefece, a ser carregado nos braços de um militar, na praia de Bodrum, na Turquia. A imagem é insuportável. E faz “estremecer a consciência da Europa” como se pode ler na manchete do “El País”. Aylan, tal como o resto da sua família, tentava chegar à ilha grega de Kos. Ao todo eram 16, os que desta vez naufragaram a tentar chegar às fronteiras da Europa.

A história é “insuportável” porque, infelizmente, não é nova. Há muito que os jornais e as redes sociais estão cheias de imagens deste “naufrágio da humanidade” (uma “hashtag” que por estes dias percorre o mundo) mas que demonstram que a livre circulação de mercadorias e capitais é bem mais fácil do que a de pessoas. Não é “lá longe”. Acontece mesmo aqui ao lado, em Melilla, Espanha,onde foram construídos os primeiros muros, ou em Lampedusa, Itália, onde a governadora Giusi Nicoli, há dois anos, já perguntava:“quão grande deve ser o cemitério da minha ilha?” Ou na Grécia e na Bulgária. Em Calais, em França. Ou na Hungria, na Ucrânia e na Estónia onde rapidamente se se meteram mãos à obra para a construção de barreiras que tentam impedir que cidadãos passem de uns países para os outros. Alguém se esqueceu que a Terra é redonda? João Santos Duarte esteve lá, na Hungria, e produziu este excelente trabalho multimédia para quem gosta de ver (e ouvir) para crer.

Nem todos se esqueceram de que a Terra é redonda: Angela Merkel, a chanceler alemã a que gostávamos de desenhar bigodinhos à Hitler ou dizer que era filha de um pastor alemão, demonstrou preocupação com as vagas de migrações que, na Europa, são as maiores desde a II Guerra Mundial. Em sentido exatamente oposto, David Cameron, o primeiro-ministro britânico que se prepara para visitar Portugal, já disse que o seu país “não devia receber mais refugiados do Médio Oriente”. Os firmes opositores de uma e os garbosos apoiantes do outro bem que se podiam esconder. Passos Coelho, por seu lado, declarou ontem que “temos a responsabilidade ética e moral de sermos solidários com aqueles que nos procuram, articulando melhor as nossas respostas”.

Mas nas instâncias europeias, a discussão do assunto não mereceu grande pressa. A reunião foi marcada para 14 de setembro o que mostra à saciedade o desinteresse, ou a desumanidade, pelo que se está a passar. A questão pode, no entanto, ser outra e escapar no meio de tantos discursos empenhadíssimos de ativismo. E se o tema “ético e moral” andar de mãos dadas com o problema demográfico. E se os refugiados fossem uma excelente oportunidade para resolver o problema da insustentabilidade dos sistemas de segurança social. Poderão os sírios e líbios que hoje procuram outra vida pagar as pensões de reforma dos europeus? Serão eles quem vai reconstruir a Europa?

Esse desacerto das contas públicas portuguesas é um dos temas da entrevista a Mário Centeno que o Expresso publica no próximo sábado. O líder do grupo de economistas que construiu o cenário macroeconómico que serve de base ao programa do PS considera que os valores estimados para o défice no primeiro semestre do ano, entre 4,4% e 5,4%, “impõem sobre o défice no segundo semestre um esforço absolutamente titânico para se cumprir os 2,7%” que estão inscritos no Orçamento de Estado. Esforço que “não é verosímil dado o que temos estado a observar na execução orçamental, nem em termos de despesa, nem em termos de receita”, acrescenta Centeno num excerto desta entrevista de Pedro Santos Guerreiros e Sónia Lourenço que já se pode ler na edição de ontem do Expresso Diário.

Um risco que pode ser agravado com o resultado da venda do Novo Banco. O fim das negociações com os chineses da Angbang, os que davam mais pelo “banco bom” do BES, pode ditar um novo agravamento das contas do Orçamento do Estado. Algo que, para já, não preocupa Pires de Lima. O ministro da Economia faz fé na competência do governador de Banco de Portugal na condução das negociações para a venda do Novo Banco que neste momento trata o assunto com os também chineses da Fosun. O “Diário de Notícias” diz na primeira páginas que a Fosun não vai subir a proposta já apresentada mas Pires de Lima disse ontem, logo após serem conhecidas as previsões da UTAO estar “muito confiante de que no final do ano as nossas contas externas estão positivas e apresentaremos um défice inferior a 3%. O objetivo é 2,7%.”

A Comissão Europeia não está contudo preocupada com o risco de Portugal não cumprir, já este ano, o Pacto de Estabilidade que estes números do défice adiantados pela UTAO (Unidade Técnica de Apoio Orçamental). Os olhos não estarão postos nesta derrapagem orçamental, o que pode ser uma ajuda ao atual executivo, pelo menos até à apresentação do orçamento para 2016. Isto é, em Outubro. Ou seja, já depois de ser conhecido o vencedor das eleições de 4 de outubro e, num mundo perfeito, já ter sido empossado um novo executivo.

Quem também não atribuiu grande mérito ao Governo de Portugal, neste caso na condução do problema da dívida, é João Vieira Pereira. A estabilidade do mercado de dívida e o regresso de Portugal aos mercados, diz em coluna de opinião também no Expresso Diário, não é tanto obra de Pedro (Passos Coelho) mas de Mário (Draghi).Uma façanha em que o protagonista, ou verdadeiro herói, terá sido o anónimo contribuinte português.

A ver se não morremos na praia.

OUTRAS NOTÍCIAS

O Expresso lança amanhã dois novos serviços especialmente dedicados às eleições legislativas. Para saber tudo o que se passa e aceder a informação em primeira mão no WhatsApp basta enviar uma mensagem com a palavra “subscrever” para o número 96 628 1213. É preciso criar um novo contacto no telemóvel com este número. No Snapchat, encontre-nos como Snap-Expresso. As surpresas serão muitas. Vai uma selfie com o PM?

A última sondagem sobre as eleições na Grécia, marcadas para 20 de setembro, dão a Nova Democracia, apesar de uma vantagem mínima sobre o Syriza, como vencedora. Os resultados da sondagem, produzida pela GOP e ontem divulgada, dão 25% ao partido de Alexis Tsipras, que pela primeira vez perde a liderança. A Nova Democracia alcança 25%.

Rui Rio só será candidato se a coligação vencer as eleições. Em artigo assinado pelo próprio e ontem publicado no “Jornal de Notícias”, o ex-presidente da Câmara do Porto, dizia que a decisão de avançar dependia de “dados diretamente relacionados com o interesse do país”. Porém, a edição de hoje do “Diário de Notícias” dá o passo seguinte e garante que, caso António Costa e o PS vençam as eleições, Rio deixará o caminho aberto a Marcelo Rebelo de Sousa.

Começa hoje o festival de cinema de Veneza. Jorge Leitão Ramos, crítico do Expresso, já lá está e destaca a estreia de “Everest”, um filme com Jake Gyllenhaal, Keira Knithley e Josh Brolin. O drama e a tragédia de uma história verídica, sucedida em 1996, em que o verdadeiro protagonista é a maior montanha do mundo. Na verdade, é um filme de uma “major”, produzido com muitos efeitos especiais, que está a marcar o primeiro dia desta 72ª Mostra Internacional de Arte Cinematográfica. “Montanha”, primeira longa-metragem do português João Salaviza, vai passar na Semana da Crítica.

Taylor Swift, uma das protagonistas dos MTV Awards, está a ser acusada de racismo. O vídeo-clip de “Wildest Dreams”, que estreou domingo durante a transmissão dos prémios daquele canal de televisão, apresenta uma Africa colonial, sem negros, à maneira dos anos 50. O vídeo já conta com mais de 14 milhões de visualizações no YouTube foi descrito no blogue Jezebel, um dos mais influentes nos EUA, como um encontro entre Hollywood de outros tempos e “Africa Minha”. A tensão racial foi permanente ao longo de toda a cerimónia de entrega de prémios, ficando para a história a desavença entre Miley Cyrus e Nicki Minaj e a promessa de Kanye West se candidatar a presidente.

A época de transferências terminou mas a imprensa da especialidade ainda anda às voltas com quem saiu, entrou ou, talvez ainda mais importante, com quem permanece nos principais clubes portugueses. “A Bola” diz que já há acordo entre o Sporting e André Carrilho para a renovação do seu contrato até 2020. O “Record” adianta que o Benfica recusou uma proposta de dez milhões de euros para vender Luisão ao Chelsea de Mourinho. E “O Jogo” dá como garantido o regresso de Casillas à baliza da seleção de Espanha. Caso De Gea, que viu a sua transferência frustrada num rocambolesco processo, não seja titular no Manchester United, o selecionador Del Bosque já garantiu que não o chamava.

Xi Jinping, o Presidente da China, anunciou hoje que irá reduzir em 300 mil os efetivos das forças armadas. O anúncio foi feito em Pequim, durante a celebração do 70º aniversário do fim da II Guerra Mundial. Na China existem atualmente mais de dois milhões de militares, mas o esforço de modernização em curso implica a substituição de meios terrestres por outros especializados em ações no ar ou no mar. Foi apresentado um novo míssil para destruir porta-aviões. Mas na Praça de Tiananmen, Xi Jinping tentou descansar os países vizinhos anunciando este novo caminho pacifista.Não referiu a crise económica por que passa a China neste momento, nem como irá reintegrar os 300 mil militares que irão ser dispensados. Depois do seu discurso, teve início uma parada militar que, observadores citados pelo “New York Times” classificaram como pura demonstração do poderio militar chinês.

Pedro Camacho será o novo diretor de informação da Lusa. Diretor da “Visão” até há meses, Pedro Camacho irá suceder a Fernando Paula de Brito, a quem foi anunciada a destituição pela presidente da Lusa, Teresa Marques. Soaram críticas ao timing desta nomeação mas Pedro Camacho, que assume funções em Outubro, disse ao Expresso que “se a decisão só fosse tomada após as eleições, também viria a conversa do costume sobre as mudanças de direções quando muda o Governo”. Os diretores-adjuntos, Nuno Simas e Ricardo Jorge Pinto, seguiram Fernando Paula de Brito e apresentaram também a sua demissão.

Uma clínica especializada no tratamento de doentes seropositivos revelou a identidade de 780 clientes. Na newsletter que regularmente envia para os seus doentes, a 56 Dean Street os seus nomes e emails não vieram escondidos como de costume por não terem sido incluídos no campo Bcc. A identidade de 780 clientes da clínica, que diz ser uma das mais movimentadas da Europa no tratamento de doentes com HIV, foi revelada na newsletter mensal enviada terça-feira. Ouvido pelo “Guardian”, um dos doentes que viu a sua identidade ficar desprotegida confessou ter encontrado na lista o nome de amigos que desconhecia serem seropositivos. No Reino Unido, as indemnizações por violação dos deveres de sigilo podem chegar ao meio milhão de libras, mais de 650 mil euros.

FRASES

“Sejam chineses ou alemães, estamos contra”. Jerónimo de Sousasobre a investida de capital estrangeiro

“Ele é diferente daquilo que as pessoas pensam. É bom tipo. Espero concorrer contra ele um destes dias”. Donald Trump sobre Kanye West

“O rapaz tem de se recompor. Ele é um manhoso, sempre com um sorriso na cara... A Grécia não merece ter um primeiro-ministro destes”. Vangelis Meimarakis, novo líder da Nova Democracia que entretanto deixou de usar gravata, sobre Alexis Tsipras

“Este programa deve ser estendido se não houver melhorias suficientes na inflação, consistentes com o cumprimento do objetivo de médio prazo de estabilidade de preços”. Nota do FMI sobre o programa de compara de dívida pública do BCE

O QUE EU ANDO A OUVIR E A LER

Alguns dos nomes que na sexta e no sábado se apresentarão no último de todos os festivais. A época já vai longa, e há quem diga que são demais os eventos do género, mas o Festival F convocou para os dias 4 e 5 de setembro, na Vila Adentro, em Faro, alguns dos mais novos e distintos representantes da música e da literatura portuguesa. A seleção inclui António Zambujo e Dulce Maria Cardoso, Deolinda e Afonso Cruz, Carlão e Sandro Willian Junqueira, Linda Martini ou Valter Hugo Mãe.

Ao todo são sete espaços espalhados pelo casco velho da capital do Algarve que, aparentemente, se dispõem a cumprir uma das funções, por vezes esquecida, dos festivais. Criar surpresa e encontrar o que não se esperava, de preferência pelos melhores motivos.

Não acredito ser possível, por estes dias, estar a par de tudo o que é editado devido à profusão de referências que, por conta da tecnologia, chegam ao mercado constantemente. Ou mesmo que não cheguem. Esta é por isso uma excelente oportunidade para ouvir, além dos citados, Deolinda, Manel Cruz, David Fonseca, Norberto Lobo, Márcia, PAUS, D’Alva, Mazgani e mais um punhado de nomes emergentes que se mantêm empenhados em fazer música pop em Portugal.

Se gravar um disco, ou fazer um festival, nunca foi tão fácil, é nestes acontecimentos que o inesperado sucede. Porque, para lá de toda a tecnologia, aqui não há mediação. É tudo em direto.

Tenha um bom dia! E prepare-se para o fim de semana condignamente.

Amanhã cá estará o Henrique Monteiro para lhe servir uma bica escaldada. No Expresso online todas as notícias serão atualizadas em permanência e, mais logo, lá pelas 18h, é publicado o Expresso Diário.

Mais lidas da semana