sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Angola. FORÇAS ARMADAS SEMPRE ATENTAS



Domingos Mucuta, Lubango – Jornal de Angola

O chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas Angolanas, Geraldo Sachipengo Nunda, exortou ontem, no Lubango,  todos os oficiais das Forças Armadas Angolanas para um maior empenho na materialização das orientações, decisões e acções inscritas nos planos e programas para o ano de instrução 2016-2017.

Geraldo Sachipengo Nunda falava no enceramento do encontro de dirigentes das Forças Armadas que, desde o dia 15 deste mês, analisa  a situação das Forças Armadas Angolanas, o grau de cumprimento dos planos, programas e dos documentos reitores do ano findo, bem como definir novas estratégias para o período seguinte. O encontro, disse Geraldo Sachipengo Nunda, atingiu os objectivos preconizados, numa altura em que está prestes a terminar mais um ano de preparação operativa, combativa e de educação patriótica.

Geraldo Sachipengo Nunda afirmou que a reunião encontrou modelos flexíveis de organização com vista a articular de forma eficientes e eficaz a reedificação das FAA, de acordo com as possibilidades do país, dentro do espírito das directivas do Comandante-em-Chefe. “Apelamos ao empenho de todos os oficiais superiores e efectivos na execução das nossas decisões. A pátria aos seus filhos não implora, ordena. Comandante-em-Chefe ordene, que nós estamos prontos para cumprir”, disse Geraldo Sachipengo Nunda.

Os resultados do processo de planeamento da reunião de dirigentes, aliado aos fundamentos da directiva sobre a reedificação das Forças Armadas Angolanas, vão ser apresentados ao Comandante-em-Chefe José Eduardo dos Santos. Na abertura do encontro, o general Geraldo Sachipengo Nunda disse que as Forças Armadas Angolanas precisam de muito rigor na gestão e prestação de contas e reduzir ao máximos as actividades que envolvem custos elevados, para responder a política de austeridade económica.

O general de exército disse que os recursos disponíveis nas Forças Armadas Angolanas devem ser canalizados para a criação de condições técnicas, infra-estruturais e humanas para a recuperação, preparação e manutenção da técnica de combate dos seus três ramos, Exército, Força Aérea Nacional e Marinha de Guerra.

Produção agropecuária

As Forças Armadas Angolanas também devem promover a produção agropecuária em todas as regiões, junto das unidades. Nessas actividades, disse Geraldo Sachipengo Nunda, vão ser empregues os soltados e oficiais, cuja idade não responde aos padrões universais do serviço militar activo, para que a segurança nacional não fique comprometida.

Sem revelar a extensão de terra disponível para o efeito, Geraldo Sachipengo Nunda sublinhou que a agropecuária deve desempenhar um papel relevante no processo de segurança alimentar das tropas, para responder ao contexto económico e financeiro que o país enfrenta. “Vamos transformar a crise actual, que é mundial, numa oportunidade para a inovação e criatividade. Com engenho, mestria e arte, façamos tudo para sairmos da crise mais confiantes, fortes e com sabedoria”, exortou Geraldo Sachipengo Nunda.

Outros desafios do Estado-Maior das Forças Armadas Angolanas são a reactivação, em breve, das fábricas e oficinas existentes no país para a produção de vários equipamentos e materiais militares de consumo corrente. As Forças Armadas Angolanas, informou Geraldo Sachipengo Nunda, desenvolvem esforços para começar a fabricar tudo o que é possível nas oficinas existentes no país, como parte das estratégias de contornar os efeitos da crise económica e financeira.

Geraldo Sachipengo Nunda disse que vão ser criadas condições nas regiões militares para fabricar beliches, porta-carregadores, bandoleiras, caixões, mesas, cadeiras e armários para o apetrechamentos das casernas.

Os dirigentes militares definiram estratégias para diminuir o número de deserções nas Forças Armadas Angolana, através do controlo absoluto, universal e em tempo real dos efectivos. O alcance deste objectivo passa por promover a formação de quadros competentes, o registo dos efectivos, a promoção por mérito e a melhoria permanente das condições de vida e de trabalho  das tropas. 

O Estado-Maior-General das Forças Armadas Angolanas vai intensificar o trabalho de educação patriótica e jurídica no seio das tropas para elevar os níveis de patriotismo dos oficiais, que constitui a base  da cultura dos valores da lealdade, da disponibilidade absoluta do militar, do sentido de responsabilidade e da disciplina.

Geraldo Sachipengo Nunda disse que o processo de rejuvenescimento dos efectivos deve ser realizado  com os melhores jovens da sociedade. “Só devem ser admitidos aqueles que são saudáveis e com as qualificações estabelecidas pelas direcções das Forças Armadas”, defendeu o chefe do Estado-Maior~General.

Geraldo Sachipengo Nunda disse querer o envolvimento dos militares nas campanhas de vacinação como acontece com 470 cadetes que participam na campanha de luta contra a febre-amarela, nas acções de busca e salvamento, na fiscalização marítima, na desminagem, e no apoio às populações.

Foto: Arimateia Batista

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