Pelo
menos uma pessoa morreu num ataque da Renamo, maior partido de oposição, a um
posto de controlo rodoviário na Gorongosa, centro de Moçambique, disse à Lusa
fonte da polícia.
"Os
homens armados da Renamo [Resistência Nacional Moçambicana] atacaram o nosso
posto e as forças de defesa responderam de imediato", disse à Lusa a
oficial de imprensa do comando da Polícia da República de Moçambique (PRM) na
província de Sofala, Sididi Paulo, acrescentando que um dos membros do maior
partido de oposição foi morto durante a troca de tiros.
O
administrador de Gorongosa, Manuel Jamaca, citado hoje à tarde pela Rádio
Moçambique, disse que as forças de defesa e segurança também registaram um
morto em consequência da troca de tiros, mas esta baixa não é confirmada pela
oficial de imprensa.
À
semelhança dos incidentes registados nos últimos dias, descreveu Sididi Paulo,
o novo ataque aconteceu durante a madrugada, às 01:05 locais de hoje (23:05 de
terça-feira em Lisboa), quando homens armados da Renamo atacaram um posto de
controlo rodoviário à entrada da vila de Gorongosa.
"A
situação agora está calma e as forças de defesa e segurança estão no
local", afirmou Sididi Paulo, salientando que, devido à hora do incidente,
as populações que vivem no local não correram "grandes riscos".
Nos
últimos meses, Moçambique tem conhecido um agravamento da violência política,
com relatos de confrontos entre o braço militar da Renamo e as forças de defesa
e segurança, além de acusações mútuas de raptos e assassínios de militantes dos
dois lados.
Na
passada semana, foram também atribuídos à Renamo ataques a viaturas civis nas
principais estradas do centro de Moçambique.
Afonso
Dhlakama, que reapareceu numa base da Renamo na Gorongosa na quinta-feira, não
era visto em público desde 09 de outubro, quando a polícia cercou a sua
residência na Beira, alegadamente numa operação de recolha de armas, no
terceiro incidente grave em menos de um mês envolvendo a comitiva do líder da
oposição.
No
dia 20 de janeiro, o secretário-geral da Renamo, Manuel Bissopo, foi baleado
por desconhecidos no bairro da Ponta Gea, centro da Beira, província de Sofala,
centro de Moçambique, e o seu guarda-costas morreu no local, num caso que
continua por esclarecer.
Apesar
da disponibilidade para negociar manifestada pelo Presidente moçambicano,
Filipe Nyusi, o líder da Renamo diz que só dialogará depois de tomar o poder em
seis províncias do norte e centro do país, onde o seu movimento reivindica
vitória nas eleições gerais de 2014.
EYAC
(HB/AYAC) // VM - Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário